Já abordei este assunto várias vezes aqui no blog, e não me parece demais voltar a tocar nele... Isto, porque recebi hoje um link através do messenger, de um conhecido, que me mostrou uma página onde se encontra literalmente exposta uma conversa supostamente pessoal tida no conhecido e amplamente usado Messenger. Estas conversas, que agora podem facilmente ser guardadas em histórico podem vir a tornar-se embaraçosas ou até mesmo prejudiciais quando não sabemos qual a verdadeira intenção de quem está do lado de lá. É sabido que com a proliferação de chats e aplicações de conversas instantaneas, o risco que corremos ao dizer ou fazer determinadas coisas pode no futuro vir a comprometer-nos. Este é um exemplo de isso mesmo, e acho que nos deve motivar a reflectir sobre o assunto. O link de que falo, para quem é mais curioso é: http://www.viriatoweb.com/modules.php?name=Forums&file=viewtopic&t=9 :)
Aí está, já à venda, o novo trabalho da nossa Mariza, ao qual deu o nome "Transparente"... Já o temos e digo-vos que as nossas expectativas estavam bem altas, mas a rapariga esteve mais uma vez à altura... É um disco delicioso, em que os violinos vieram acrescentar uma nova harmonia às suas músicas... A música nº7 do albúm, que lhe dá o nome, mistura ainda instrumentos de percussão que dão um tom muito transparente à música... Já a canção "Fado Português de nós" é um hino às nossas tradições, ao nosso fado! E a nº12? Bem... Só ouvindo mesmo! :)
Não deixem de ver a transparência deste novo álbum, verão que não se arrependerão!
É impossível ficar indiferente ao novo género de programas de entretenimento que se iniciaram, primeiro na TVI com o programa "Fiel ou Infiel" todas as Sextas-feiras e depois na SIC com o programa Juras de Amor, também nas Sexta-feiras, mas num horário (mais) nobre. Mas bom, falando desses programas, o que se pode dizer é que ambos têm como objectivo testar até onde vai o Amor da nossa cara metade a pedido de um dos membros do casal. Na TVI o programa inicia-se por volta das 11 horas da noite, com bolinha vermelha... É forjada uma situação em que normalmente o testado procura emprego sendo aproveitada esta oportunidade para criar uma entrevista muito atrevida. A TVI mostra (apenas) os casos com sucesso, e tenta (através do apresentador brasileiro), criar cenas verdadeiramente deploráveis, mau gosto e por vezes violentas. Tenho em rela cao a este, sérias dúvidas que as cenas sejam verdadeiras, pois sabendo que uma televisão precisa de autorização para publicar imagens de uma pessoa, não me parece, que alguém no seu perfeito juízo deixasse expôr as cenas de sedução, a menos que haja muito dinheiro metido na história. Já o programa da SIC, "Juras de Amor", é menos preverso e mais bem disposto... Embora seja forjada uma situação que poderá levar a cara metade testada a deslizar, não são criadas cenas de "convite para cama" como no da TVI, tendo por vezes até situações cómicas. Até agora a SIC, ao contrário da TVI, tem mostrado os casos com final feliz...
CONCLUSÃO: Se para mais não servirem este tipo de programas, penso que ao menos poderão criar na nossa cabeça a dúvida se aquilo que damos como certo (a fidelidade da nossa cara metade, a confiança, o amor...) poderão na verdade não ser assim tão certas... Mas fica o conselho que qualquer um pode (e deve) ir fazendo os seus próprios testes de fidelidade em casa, e não é preciso ter muita imaginação.
E cá está o segundo post que pretende tirar uma "fotografia" a algo que eu ache merecer ou ser interessante... Desta vez, o anús (rabo, cu ou o que lhe queiram chamar), é o foco deste post... E porquê o anús? Bem, como se sabe, o sexo anal é um tipo de prática implícita numa relação homossexual, embora ela seja prática para casais homo e heterossexuais. Mas nem todos percebem como se pode através do anús, ter algum tipo de prazer, sendo este o canal de saída de excrementos... Pois bem, espero que ao ler este post essa dúvida fique dissipada!
Li, numa pesquisa que fiz na internet, a seguinte frase: "Homem também sente prazer anal sem ser necessariamente gay". Esta frase levanta várias questões, as quais irei, como no post anterior (desta série) tentar dividir por temas...
CONSTITUIÇÃO Chama-se anús é o orifício, sendo a extremidade externa do recto. Este é circunscrito por um músculo circular (esfincter anal). O canal anal liga o anús ao cólon (intestino grosso) e que proporciona a penetração. A figura pode ilucidar o que acabo de descrever.
SEXO ANAL O sexo anal pode proporcionar verdadeiros momentos de prazer, tanto ao homem como à mulher. É talvez uma das práticas mais temidas, devido ao medo de sentir dor. Existem, como já referi, formas de atenuar ou eliminar totalmente a dor e disfrutar do prazer que este tipo de penetração proporciona. É sabido que o homem (principalmente os heteros) tem extrema vergonha em assumir que gostariam de experimentar, ou no caso de terem parceira, que esta proporcione este tipo de prazer através da introdução do dedo no anús. Existem imensas posições para a penetração anal, devendo o casal achar a posição que mais favoreça ambos.
QUAL A ORIGEM DO PRAZER? O prazer é provocado pela estimulação da próstata. Esta encontra-se um pouco acima da anus. Ao haver uma penetração, o pénis ao exercer pressão sobre a parede do recto, esta estimula a face posterior da próstata. Esta. como se pode ver na figura assemelha-se a uma pequena almôndega. É portanto um ponto, que poderá provocar um orgasmo ao homem, e que só através da penetração poderá ser conseguido. CUIDADOS A TER ANTES DE SEXO ANAL 1. Asseio. Tomar banho antes da relação pode ajudar a deixá-los mais relaxados e à vontade, criando um clima estimulante de intimidade, além disso, o asseio proporciona maior segurança contra contaminações; 2. Unhas. Mantenha as unhas limpas e aparadas; · Lubrificação. Use gel lubrificante, isso evita dor e ferimentos; 3. PRESERVATIVO. USE SEMPRE! A fricção do pénis no recto pode provocar leves arranhões, e isso facilita a contaminação por bactérias, causando sérias doenças; 4. Onde encontrar? Os lubrificantes são vendidos em sexy shops e algumas farmácias. Alguns já contém anestésico.
Falo desta vez de algo que nos atinge a todos e nos aflige, a SAÚDE. Neste tema tão vasto, vou focar-me na nossa classe médica, a propósito do assunto abordado no programa "Amores" que ontem vi na TV, com o Júlio Machado Vaz e Grabiela Moita. Dizia a Gabriela que é completamente inadmissível que um profissional da saúde aborde a sexualidade dos seus pacientes com uma pergunta do tipo "Tem namorada?". Esta curta e simples pergunta denota em si um preconceito e uma tendência (natural) em abordarmos e partirmos do pressuposto que quem está à nossa frente é heterossexual... Nada mais errado, e daí concordar plenamente com a opinião da Gabriela... Para quem é homossexual e por algum motivo tem alguma dificuldade em assumir esse facto, o pior que pode acontecer é alguém, em quem ele gostaria de confiar, partir de um príncipio tão descriminatório... Dizia ainda a Gabriela, que a culpa não é apenas dos profissionais de saúde, que a formação que recebem na faculdade, não foca a forma de como deve o profissional abordar um determinado tema, neste caso a sexualidade, com o seu paciente e a forma como deve conduzir o diálogo... Continuo a concordar plenamente!
E ainda a propósito disso, e por total acaso, hoje (infelizmente) tive de dirigir-me a um centro de saúde da minha área de trabalho, devido a dores intensas nas costas. Confesso que tenho sempre algum receio, como acho acontecer com a maioria das pessoas deste país, da forma como irei ser atendido e quem me irá saír na "rifa". Lá fui, e devo dizer que em pouco mais de 10 minutos estava a ser atendido... Conto-vos agora como foi esta consulta com a Drª. Margarida Rodrigues: (EU) - Bom dia... (ELA) - Bom dia! Sente-se... Que idade tem? (EU) - Tenho 28 anos... (ELA) - Não está inscrito neste centro porquê? (EU) - Ainda não me inscrevi, e esta não é a minha área de residência... (ELA) - Não tem médico de família? (EU) - Não... Já tive mas agora não tenho! (ELA) - Mas tem de arranjar... Onde está inscrito? (EU) - Estou inscrito na aldeia onde vivi... (ELA) - Mas veja lá, tem de se inscever e arranjar médico de família! (EU) - Sim... (ELA) - Do que se queixa? (EU) - Tenho dores nas costas... (Ela começa a escrever de imediato...) (ELA) -Mas é local ou estende-se ao resto do corpo? (EU) - É local... (ELA) - Quer injecção? (Fiquei preplexo com a pergunta...) (EU) - Desculpe? (ELA) - Quer injecção? (EU) - Não estou a entender... (ELA) - Então, não veio aqui para levar uma injecção para as dores? (Não consegui disfarçar a minha preplexidade... Fiquei de queixo caído...) (EU) - Eu vim aqui para saber o que tenho nas costas... (Responde ela empurrando um papel na minha direcção...) (ELA) - Ahhh. Mas aqui não se faz análise do problema. Terá de fazer isso no seu médico de família... Muito obrigado e as melhoras, tem aí a receita. (Olho para o receituário, e tinha quatro caixas de sabe-se lá o quê para ir comprar, e saí) (EU) - Bom dia... Ouve-se muitas histórias destas, mas quando somos nós próprios dá-nos que pensar... Falava a Gabriela (e muito bem) da falta de formação da abordagem do paciente relativamente à sua sexualidade... Pois neste caso, nem sequer houve formação pessoal ou profissional (ou pelo menos a médica não aplicou de todo) para me receber... Poderia pelo menos ter encenado algum interesse pelo meu caso, observando ou apalpando as minhas costas... Mas não, é estes profissionais que temos, e infelizmente a ideia que fica é que apenas uma minoria não poderá ser incluída neste saco... E não me venham com a história que recebem mal, ou que têm más condições de trabalho... Este caso que presenciei hoje foi pura e simplesmente um "estar a borrifar-se" para a pessoa que estava ali sentada... E isto, é para mim, uma questão de personalidade, bom senso e educação. Esqueci-me (como se devem esquecer a maioria dos portugueses) que eu tenho o direito a ser assistido, porque pago impostos para isso mesmo, e que embora isto seja o normal no nosso país não nos podemos esquecer nunca que este não é de todo o tratamento merecido por qualquer paciente! Por isto mesmo, devia ter deixada esta minha indignação no Livro Amarelo, mas não me lembrei.. Fica aqui o registo! :)
Este foi o segundo bar gay que conheci... Um bar muito conhecido de Lisboa, devido aos seus conhecidos e bons shows de transformismo... Esta é aliás, em minha opinião, a única razão para ter algum prazer naquele bar... É óbvio que a maioria procura outros prazeres, neste bar de Lisboa, bem pertinho do Príncipe Real...
Mas bem, começando pelo início... Quando entramos, ficamos imediatamente num pequeno hall de entrada, onde a porteira dá a senha de consumo... Passando a porta que dá acesso ao bar própriamente dito, e a primeira sensação com que ficamos é que o bar é um pouco escuro e muito pequeno... Esta sensação prolonga-se por toda a noite, pois não é apenas uma sensação, é uma realidade! Do lado direito ao canto, está um pequeno patamar mais alto onde mais tarde serão feitos os shows... De resto não há muito para dizer, apenas que a partir das duas horas, mais coisa menos coisa, começa a encher a casa... Enche, enche e enche... E então dá-se início a um outro show, que dura durante toda a noite, que é um outro factor de sucesso do bar: os apalpões e engatanços, quase que como uma consequência natural de estar toda a gente bem apertadinha.
Eu não aconselho muito este bar, não gosto... Apenas os shows de transformismo são realmente uma boa razão para passar por lá! :))
Oh pá, como eu gostaria que aquilo que vou contar fosse tão diferente...
Estou neste momento deitado sem o meu lindo ao lado... Para lá da parede que tenho nas minhas costas, dormem o meu pai e a minha mãe... Entendem?
Entretanto falo com o meu mais que tudo no messenger e rebatemos mais uma vez os factos e os sentimentos que fazem com que não estejamos juntos esta noite, e a verdade é que não existe qualquer avanço neste campo.
Mas dentro de mim há algo que muda, sinto-o... Quando amamos alguém, esta "luta" entre a mãe e o lindo, estes dois amores tão iguais e tão diferentes, este querer e não querer, levam-me quase há loucura... Hoje de tarde, enquanto eu e a minha mãe estavamos na sala, tão pertos, e sozinhos (que vai sendo raro nestes últimos anos), senti aquilo que nos faz doer o coração: o não podermos ser nós próprios e fazermos e falarmos daquilo que nos apetece... Faço-o quase a toda a hora com o meu lindo e com os meus amigos, e agora, com ela, não posso fazer... Queria tanto partilhar com ela os momentos lindos que tenho vivido e que fazem de mim um ser muito feliz... Mas não posso...!
Tou cada vez mais farto disto... Não acho justo o lindo ser "afastado" para dar lugar a alguma família e parece que a cada dia que passa, dou um passo em direcção a um precipício que me obrigará ou a parar ou a saltar...
GGGRRRRRRR.... Ouvia ontem, a propósito disso, em "Conversas Curtas" da SIC Mulher, numa entrevista à psicóloga que faz na mesma estação um programa em conjunto com o José Machado Vaz e do qual sou fã incondicional, ela dizendo que tinha optado como sua área de investigação o facto que levava à homofobia... Dizia ela que não entendia, e daí ter decidido aprofundar o tema, como podia um coisinha tão insignificante na vida das pessoas, ou seja, o sexo da pessoa que amamos, criar sentimentos tão estranhos e incompreensíveis...
Mas bem, foi apenas mais uma situação que cada vez menos quero repetir e que cada vez mais me leva a pensar que o meu sonho pode nunca vir a realizar-se...
Mas como a esperança é a última a morrer....
Acho importante voltar a falar neste assunto, por dois motivos: Existe uma nova sondagem sobre o emprego e a descriminação que pode advir de nos assumirmos como gays neste blog na qual agradeço que deixes o teu voto e ainda porque continuo com um problema no meu emprego que já referi ha alguns dias atrás...
Gostava de saber que se quando começamos a sentir confiança nos nossos colegas de trabalho e estes partilham alguma da sua intimidade connosco, devemos ou não entrar na mesma onda e abrir o jogo relativamente à nossa orientação sexual? Porque com tanta conversa do âmbito familiar, só me restam três alternativas: 1- Contar a verdade; 2- Mentir e 3- Omitir... É óbvio que a resposta mais natural será a omissão até porque (e concordo) ninguém tem nada a ver com a nossa vida íntima, mas considero que me perguntarem como se chama a minha namorada não é só por si uma intromissão na minha vida... Mas a verdade é que esta simples pergunta me (nos) põe perante as três alternativas que referi atrás...
Qual escolher?
Há algum tempo atrás, comentei aqui no meu blog, que acho saudável ter amigos heteros e que o convívio com estes poderá ser mais "saudável" do que com amigos ou casais gays. Eu, nunca tive amigos gays, como acho que deve acontecer com muita gente... E assim continuo! O facto de ter "entrado" no mundo gay e de ter actualmente uma relação estável com o meu lindo, não significaram um aumento da minha esfera de amigos, neste caso em particular, refiro-me a amigos gays. O meu lindo por seu lado, os poucos que tinha perderam-se com o passar dos tempos. Mantemos um único amigo gay... Comentamos há uns dias atrás este facto, e chegamos à conclusão que seria saudável termos mais amigos gays... Parece que não, mas a verdade é que não custa tanto, ou pelo menos pensamos não ser tão grande frete, sairmos para sítios gays com gays que sairmos com amigos hetero. Fica sempre aquela sensação que estamos a "forçar" (isto quando começa a ser recorrente) a barra ao nosso amigo hetero... Mas a verdade é que agora torna-se complicado arranjarmos amigos homossexuais...
CONCLUSÃO: A minha conclusão e analisando os resultados, é o reforço da ideia que eu já tinha, ou seja, a maioria acha que algo vai mudar com este governo, talvez devido aos boatos que se ouviram durante a campanha eleitoral... O tempo dir-nos-á se esta maioria tinha ou não razão....
Adeus... Bem hajam a todos! Até um dia, quem sabe...