Ah pois é!
Depois de um grande interregno desde a última peça que apresentamos, surge este Sábado a primeira apresentação ao público da nossa nova peça, "A Ratoeira", de Agatha Christie e encenada por Susana Branco. Não sendo ainda a versão final, irá com certeza abrir o apetite a todos os que assistirem.
Sendo obviamente um suspeito a falar, penso que merece a pena a deslocação até à SMUP, na Parede (Cascais).
A apresentação está integrada na IX Mostra de Teatro Amador de Cascais e a entrada é livre.
Esperamos lá por todos!!!
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Ontem, no intervalo de um dos ensaios do teatro, viemos alguns apanhar ar e outros fumar, e uma rapariga (ainda novita por aqueles lados) diz para um rapaz (também ele recém chegado): "Preciso de pedir um favor ao teu namorado!". Naquele momento, penso não ter conseguido disfarçar, pois olhei para o rapaz de imediato e pensei "Também és gay!"... Eles continuaram a conversar, mas é sempre bom e de assinalar esta aparente(ou não) normalidade com que já se vai assumindo as coisas...
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Hoje, publico, em estreia mundial, um excerto de um documentário que o lindo preparou, com a minha ajuda, sobre os bastidores da peça Um Sonho de Uma Noite de Verão, que apresentamos em 2007/2008. É lindo, e é uma partilha com todos do que se vive antes de a porta se abrir ao público.
Enjoy it!
Tive o imenso prazer de ir assistir a duas peças apresentadas pelas Companhia Teatral do Chiado, "As Vampiras Lésbicas de Sodoma" e "As Obras Completas de William Shakespeare em 97 minutos". Há muito que ouvia falar nas peças e há muito que tinhamos vontade de as ir ver, e a oportunidade surgiu agora. A primeira, as Vampiras, fiquei fascinado pela originalidade e pelo à vontade dos actores, sem preconceitos, e sem vergonha de não aguentar um riso em plena cena... A interactividade com o pública é tónica dominante e resulta na perfeição, então as Obras Completas são uma verdadeira apoteose de situações pensadas e muitas outras improvisadas que obrigam o espectador mais "trombudo" a largar uma gargalhada. .Certo é que os já 11 anos de apresentação da peça, para além de serem a prova da imensa qualidade da peça/encenação, ajudam os actores a estarem mais libertos e espontâneos. Queria deixar a minha homenagem ao actor Simão Rubim, que integra o elenco desde o início e que sem qualquer dúvida é a estrela da companhia. Simpático, óptimo actor e com um humor espontâneo e hilariante, mostra toda a sua capacidade no palco a representar, e também (como fez nas Obras Completas) a conversar com o público onde cada resposta dá origem a uma piada/crítica muito bem apanhadas. Eu adoro este tipo de humor, o espontâneo, é onde só quem tem a estrelinha consegue e sabe brilhar. Adorei o Simão, não desfazendo obviamente das outras também excelente interpretações. Agora falta ver a "Bíblia - Toda a Palavra de Deus (d'uma assentada)", e é muito provável que não a percamos, tão bem impressionados que ficamos.
Aconselho a quem como eu gosta de teatro, mas que desconfia das comédias, que vá ver uma destas peças e vão ver que vale a pena!
No próximo Sábado, pelas 16:30, na SMUP da Parede, vai estar no palco quiçá a última apresentação de "Um Sonho de Uma Noite De Verão", do William Shackespeare, com um elenco de luxo, no qual me incluo (ehehehe), com encenação de Pedro Mendes. Já o disse várias vezes, mas volto a dizer que vale bem a pena irem até lá. Acresce que sábado é entrada livre (embora eu não concorde muito com entradas livres!) no âmbito da VII Mostra de Teatro Amador do Concelho de Cascais.
Aproveito para divulgar o novo site da nossa Companhia de Teatro, que está um mimo. Visitem em http://smup.com.sapo.pt, e lá podem ver tudo tudo tudo...
Fica o convite.
Esperamos por vocês.
PS: Embora seja entrada livre podem reservar através do email smupalenses@gmail.com
Sem tempo para nada, não posso deixar de lembrar que no próximo fim de semana (Sexta e Sábado) serão apresentadas as últimas duas sessões do "Um Sonho de Uma Noite de Verão", na SMUP da Parede (Cascais), onde o je também é actor... Vale muito a pena, o bilhete é simbólico e a qualidade do espectáculo é bastante satisfatória (para não dizer excelente!!!). Ainda há alguns lugares vagos, portanto reservem o quanto antes para o email smupalenses@gmail.com .
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Sim, hoje foi a ultima apresentação de "A Dúvida", no Teatro Maria Matos, em reposição, e felizmente tive o prazer de ir ver (mesmo a tempo!!!!)... Para além da vontade de ir ao teatro (coisa que não fazia há bastante tempo), tinha imensa curiosidade de ver esta peça em espícifico, com muito boa crítica, e com o (bonito) Diogo Infante e a (querida) Eunice Munõz como cabeças de cartaz. Para além disto tudo foi a minha primeira vez a ver a Eunice em palco, e como actor (amador), é sempre bom ver alguém com tanta experência ao vivo e em directo! Quanto a ela, gostei, embora o papel pouco exigente (a meu ver) não deu para tirar grandes conclusões... Quanto ao Diogo Infante idem aspas... Quanto ao argumento gostei muito! Toda a acção se desenrola sobre a possibilidade de um padre manter relações homossexuais com os seus pupilos e a certeza absoluta de uma freira, directora da escola, de que o padre mantém essas relações. A dúvida presiste desde o primeiro minuto até ao último...
É impossível de não nos revermos numa situação que tenha causado Dúvida, da forma como ela é apresentada, ou seja, uma certeza absoluta, mais tarde ou mais cedo é inconscientemente posta em causa por nós, e mesmo não o querendo, a Dúvida faz-nos estremecer e querer continuar a acreditar sem qualquer dúvida. Será possível???
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O sucesso do "Sonho de Uma Noite de Verão" - em cena na SMUP (Parede-Cascais) - é tanto que já tivemos que agendar mais duas sessões: dia 2 e 3 de Novembro!
É uma oportunidade única, a um preço único, com uma qualidade única!!!
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Pois é, depois de quase um ano a trabalhar neste projecto, está a chegar a hora da estreia... Já há cartaz e já se estão a aceitar reservas. A estreia será dia 12 de Outubro (já está esgotada), estendendo-se as exibições até dia 27 de Outubro, todas as Sextas e Sábados, na S.M.U.P. (Parede).
Obviamente quero convidar todos a irem ver a peça, porque me parece que vale a pena, embora eu . A entrada são 3 euros e o espectáculo começa as 21h30m, sendo impossível entrar na sala depois desta hora.
Quem tiver interessado pode e deve fazer reserva, e convidar os amigos e familiares para um serão no teatro!
Para enooooooooooooooorme pena minha, não irei estar na estreia da peça, mas a partir do dia 20 já estarei no palco!
Vamos lá, tudo a reservar!!!
O cartaz e informações podem ser vistos AQUI
Venham assistir a este sonho...
Fui esta semana ver a "Folia" em cena nos singulares jardins da bela Quinta da Regaleira (Sintra). A peça está a cargo da companhia "Tapafuros" , encenada pelo Rui Mário, que nos leva numa viagem à noite, onde o público é ele próprio chamado a intervir. Para além dos cenários (naturais) da quinta que tomam outro encanto à noite com os jogos de luzes, a peça na minha opinião está muito bem conseguida conseguindo prender a atenção de quem assiste desde o primeiro minuto até às danças finais da boda. Os actores fazem muito bem o seu papel, no entanto gostaria de destacar o papel de Carla Dias que está de facto com uma grande performance. São 16€ muito bem empregues, na minha opinião, e só está em cena até ao próximo dia 8.
É de aproveitar!
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Hoje fomos ver "A gaivota" em cena no espaço das aguncheiras, propriedade de São José Lapa e sua filha, onde ao ar livre e com um cenário muito giro, nos convidam a "viajar" ao som das suas representações...
Não vou dizer que gostei... Lamento... De facto não gostei de quase nada do que vi... Não quero com isto estar a deitar abaixo, nada disso, mas de facto é-me complicado encontrar pontos positivos na representação a que assisti hoje... São José esteve bem, sobressaiu, mas também não seria complicado no meio de tanta - vou evitar dizer medíocridade - apatia do resto do elenco... Hoje a sua filha não esteve em cena, portanto fico sem poder avaliar o desempenho dela, mas a sua substituta ou colega com quem alternam o papel foi de facto quem mais me deixou desapontado. Estou longe de me considerar um bom actor, mas acho sinceramente que tanto eu como a maioria dos meus colegas da nossa companhia de teatro amador faríamos melhor figura que a maioria do elenco da peça... Confesso que tive pena, até porque o facto de a peça ser apresentada ao ar livre permite ao espectador uma experiência muito mais rica... Mas... Sugiro ao elenco que trabalhe mais para arrebatar o espectador, que sinta mais o que está a fazer e que não se limite a despejar (o belo) texto e ainda por cima não conseguir passar por cima das inevitáveis brancas que houve hoje e que há todos os dias... A entrada são 5 euros e por isso não se pode considerar que se perca muito a ir ver a peça, nem que seja para criticar...
:-s
Acabo de vir do Teatro Aberto em Lisboa, onde na "Sala Vermelha" se encontra em cena a peça "Pequenos Crimes Conjugais" interpretada pelos conhecidos actores Rita Salema e Paulo Pires.
Primeiro, adorei a sala, moderna, aconchegante onde o espaço cénico se posiciona entre as cadeiras do público (lado direito e esquerdo). Confere-nos uma proximidade muito grande à cena, e isso ajuda a deixar-nos envolver pela peça.
Quanto à peça em si, gostei bastante. O texto está muito bem conseguido e conta a história de um casal onde o marido supostamente fica amnésico e regressa a casa pela mão de sua esposa, da qual também supostamente não se recordava... Com o desenrolar dos acontecimentos, percebe-se que afinal a mulher que tenta trazer as memórias de volta á cabeça do marido, usa memórias inventadas, e ele se calhar também afinal não está amnésico... É um história muito engraçada onde se calhar a maioria dos casais poderá numa certa altura rever-se... A duração das relações transforma por vezes o Amor em algo que não o era no início, e que pode levar a questioná-lo permanentemente com jogos, mentirinhas, acomodação ou a continuação da relação, seja ela o que for...
Bom para reflectir, com uma excelente interpretação de Rita Salema e uma interpretação média de Paulo Pires. No geral merece bem os 15 euros.
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Como já aqui o disse várias vezes, sou agora um actor amador... Todas as semanas há ensaios, e para mim, o que acontece apenas uma vez por semana, deveria repetir-se quase todos os dias... Sempre senti o palco com um local onde me sinto bem, onde sou feliz... Os ensaios, ou melhor, o nosso encenador, tem procurado criar e provocar em nós, nos exercícios feitos para trabalhar determinadas áreas (concentração, abstracção, improvisação, desinibição), como por exemplo o toque, outro tipo de sensações... O conseguirmos tocar o outro sem medo, sem complexo... Abraçar, beijar, acarinhar o outro... Sem distinção se é mulher ou homem... Confesso que para mim tem sido uma das partes mais complicadas, o toque no outro homem. Claro que o toque no outro homem, no homem que não conheço bem ou que é colega, é diferente do toque no meu lindo por exemplo... Se se tratar de tocar numa mulher não tenho qualquer tipo de problema, mas tocar num homem é diferente. Dei por mim a perguntar se não seria de eu ser gay, e por esse facto entender ou sentir o toque no outro de forma diferente de um homem hetero... Mas não é preciso pensar muito para concluirmos que esse toque não se vê no dia a dia... Tirando "aquele abraço" mais sentido que se dá em diversas ocasiões, ou o abraço de camaradagem, não se vê muitos outros tipos de toque entre homens (obviamente que não incluo aqui casais gay)... Alguma vez viram na praia um homem amigo ou familiar, que não gay, por creme noutro homem? Isso nunca acontece, ou raramente acontece...
Num destes ensaios, numa sessão de relaxamento e descontracção, o nosso encenador pôs-nos em fila, de olhos fechados, a tocar no colega da frente... O objectivo era massajar por todo o corpo... Ao colega que ficou à minha frente pouco consegui fazer, parecia que os dedos se imobilizavam... Fiz umas tímidas massagens na parte lombar, mas não lhe consegui massajar a cabeça, ou então descer e massajar as nádegas por exemplo! De repente, o encenador, chega-se a mim, tal e qual fizeram com todos os outros, e agarra-me no couro cabeludo com força, e tenta com o movimento rápido das suas mãos massajar o resto do corpo... Foi uma sensação muito estranha... Não foi o ficar excitado com aquilo, mas foi o toque, o toque invlugar que me fez "estremecer"...
Hoje o encenador voltou à carga, e pôs-nos a interagir uns com os outros, e a dançar "Slows"... Homens com mulheres, mulheres com mulheres e homens com homens! Eu também dancei com um colega, abraçados, agarrados... Que coisa estranha aquela... Foi preciso abstrair-me um pouco (para não dizer muito) para conseguir...
De facto, com a foto que escolhi pretendi passar essa ideia, a de que por vezes, abraçar o outro é como abraçar um tigre: algo quase impossível, que nos mete medo, que é raro mas que pode saber muito bem e tornar-se num momento único!
Na passada Terça-feira fomos ao teatro, para comemorar o Dia Mundial do Teatro... Os teatros (a maioria) eram à borla nesse dia e nós (e mais uns milhares) como pelintras que somos não deixamos escapar a oportunidade para voltarmos ao teatro, depois de um longo período de "jejum". Embora tivessemos tido a pretensão de ir ver a estreia de "A dúvida" em exibição do teatro Maria Matos, como já estava esgotado há mais de uma semana, escolhemos o teatro S.Luiz, que tem em exibição a peça "A tragédia de Júlio César" (clicar no link para ver as informações sobre a peça), de William Shakespeare.
Infelizmente, embora seja sempre bom ir ao teatro, pode dizer-se que esta experiência acabou por revelar-se num autêntico sacrifício para aguentarmos até ao final da peça... Foram três horas e meia, sim leram bem, três horas e meia sentados com um intervalo de dez minutos pelo meio... E na minha opinião, a peça começa de uma forma muito pouco apelativa, lenta, tediante, monótona... Acreditem que dormi poucos minutos depois de a peça começar, e não fui o único, era visível um montão de gente a dormir... Uma estopada... Depois com o avançar da peça as coisas foram animando tendo a segunda parte se revelado mais interessante que a primeira... Muitos dirão que Shackespeare é assim, mas o mérito dos bons encenadores é não deixar que uma peça se revele má e chata, porque senão não faz qualquer sentido pô-la em cena! Quantos aos actores, ninguém a destacar, interpretações de nível médio, talvez bastante prejudicadas pela rigidez do texto...
Nota (muito) positiva para o teatro, que reabriu portas em 2002, renovado, e que está muito bonito.
Já estamos a agendar uma ida ao teatro Maria Matos ver "A dúvida", e não duvido que será uma experiência melhor!
Eu e o lindo estreamos a nossa (belíssima) peça... Para o lindo foi de facto a sua primeira vez, ao contrário de mim, que já tinha feito lá na aldeia várias representações.
Correu tudo muito bem, embora o meu lindão se tenha deixado consumir pelo nervosismo... Ainda foi apenas um excerto da peça mas o público aderiu bem, tendo rido e batido bastantes palmas...
VIVA O TEATRO!!!
A peça "Beijos & Abraços" aborda esta problemática, da forma como cada um de nós vê e sente o sexo... É de facto algo que pode decidir ou condicionar muito uma relação! Na peça falam das várias vertentes mais vulgares: o puro sexo, apenas tendo como fim o prazer e o "fazer amor", em que para além do sexo, o sentimento é ingrediente integrante da receita. Cada um opta (se é que isto é uma opção) pela vertente que mais o satisfaz, mas num casal tem que obrigatóriamente haver sintonia... Na peça, a certa altura, um dos membros do casal gay, diz que ama o seu companheiro, e que o facto de ter dado uma queca no dia anterior com um outro homem, em nada interfere no sentimento e muito menos teve algum tipo de significado especial... Ou seja, foi sexo puro, momentâneo, que supostamente não deixa marcas, o que normalmente se designa por "despejar os tomates". O outro, o "traído", entende o acto como uma traição, e não compreende a atitude, pensando que já não agrada ao seu companheiro nem o consegue satisfazer... Este inclusivamente é acusado pelo "traidor" por nem sequer admitir bater uma punheta, pensando noutra pessoa ou coisa, por considerar uma traição ao seu companheiro... Será que bater uma punheta a pensar noutra pessoa que não o nosso companheiro pode ser considerado traição?
Moral da história: A abertura numa relação, o conversar e "abrir o jogo" com o companheiro, pode e deve, a meu ver, ser a chave do sucesso de uma relação sexual podendo satisfazer ambos os membros do casal... Se mesmo assim a coisa não resultar, uma consulta a um sexólogo poderá ajudar em algo... ou talvez não!
Que acham?
Fomos hoje ver a peça "Beijos & Abraços" em cena até amanhã (Domingo), e vim (devo confessar) estupefacto pela coragem daqueles actores... Foi a primeira vez que fui ver uma peça ao teatro COMUNA (em Lisboa), e a sala 1, onde decorreu o espectáculo, é bastante intimista pois põe o público bastante próximo dos actores (lado a lado)... E nesta peça, ou talvez nesta peça em particular, senti-me eu próprio algumas vezes envergonhado por presenciar de tão perto a nudez dos actores e as cenas picantes protagonizadas pelos próprios, com um silêncio total na sala! Quanto à história, é bem simples e conta-se em dois minutos, mas acho que a peça consegue plenamente passar a mensagem e envolver-nos no espírito da coisa... Quanto às interpretações, não esperava tanta ousadia e coragem. A nudez dos e das protagonistas, as cenas de sexo e a violência foram muito bem representados e portanto fiquei muito bem impressionado, e valeu de facto a pena ir ver...
Quem não viu ainda, ainda tem amanhão, ou melhor, hoje para ir assistir, caso ainda consiga arranjar bilhetes...
PS: Não gostei das cadeiras! não são nada confortáveis...
Toda a informação sobre a peça aqui
Eu pelo menos fiquei tentado a passar no teatro da comuna, onde decorre esta peça de 10 de Novembro a 17 de Dezembro de 4ª feira a Domingo. O bilhete custa 12,5 euros e pode ligar-se os números 213420136 / 961880401 para informações e reservas.
O espectáculo é para maiores de 18 anos porque contém cenas de nu integral e de sexo explícito...
Butes lá?
Para mais informações clica aqui
Sempre admirei o José Pedro Gomes pela sua posição incorformada perante os podres da nossa sociedade, e ainda por cima fazendo com eles humor de chorar a rir... Esta peça foi apresentada já há algum tempo, depois de ele (o único actor da peça) ter (como devem ter sabido) tido uma complicação ao nível da sua saúde. Depressa (e ainda bem) recuperou e ainda mais depressa regressou aos palcos. A peça encontra-se agora em cartaz no Casino de Lisboa estando a sua exibição quase no fim. Tive a sorte de ser convidado por uma amiga e lá fomos nós ver a peça e conhecer ao mesmo tempo a nova sala de espectáculos do casino (que eu simplesmente adorei!). Quanto à peça, é de facto um mexer nos nossos estimados e quase sempre "nojentos" podres da sociedade, do início ao fim da peça. Quase chorei a rir (o que em mim é raro a ver peças e/ou filmes de comédia)... Acho que devia haver mais artistas como ele... Usarem a sua notoriedade, o seu talento, o seu "tempo de antena" para coçar onde é preciso, para acordar algumas mentes mais adormecidas. Mas infelizmente não é isso que acontece, e quase sempre, quando um artista quer animar a sala fala no Sporting ou no Benfica. Triste sina a nossa, esta de o futebol estar sempre à frente de tudo e de todos e deixarmos para segundo plano aquilo que no dia à dia nos prejudica... Desde os tachos descarados dos políticas nas administrações das empresas públicas, aos aumentos de tudo o que nos toca, ao desemprego que atinge tanta e boa gente, tudo isto fica para trás... Espera-se incansávelmente pela actividade do Governo como se apenas este foste o responsável pela mudança do país... Como disse o Zé ontem na peça, ao fim de tantos anos a tirarmos conclusões sobre tudo e sobre todos e não termos ainda chegado a lado nenhum, o melhor seria combinarmos todos e a partir de 2ª feira por exemplo, começariamos tudo do zero! E talvez aí as coisas de endireitassem...
Mas bem, vejam a peça caso ainda tenham oportunidade e vontade!
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Acabamos há pouco de chegar do renovado (e bem) teatro Maria Matos (Lisboa), agora sob direcção artística de Diogo Infante, também ele o encenador da peça em exibição até ao próximo dia 21 do corrente mês chamada "Laramie".
Como ignorante que sou, não conhecia nem me recordo da história verídica abordada nesta peça de autoria de Moisés Kaufman, que conta a morte brutal sofrida pelo jovem gay de 21 anos Matthew Shepard, na pequena cidade de Laramie, nos Estados Unidos, em Outubro de 1998. O rapaz foi encontrado morto na pequena cidade de Laramie, nos EUA, em Outubro de 1998, amarrado a uma vedação (na foto abaixo), depois de ter sido agredido violentamente por dois indivíduos por ser homossexual.
A peça conta esta história, e a forma como a população daquela pequena cidade reagiu ao acontecimento. A peça desenrola-se num cenário simples (alguns módulos pretos que são deslocados de um lado para o outro do palco e que servem de suporte aos 9 actores que protagonizam a peça e que encarnam todos eles várias personagens), fazendo uso de projectores multimédia que projectam a imagem de fundo de quase toda a peça e ainda outros dois que projectam imagens nas paredes laterais do teatro.
Adorei a peça e a generalidade das interpretações. Quanto à história não é difícil ligá-la à infeliz história passado na nossa cidade do Porto, há alguns meses atrás. Aliás, à saída da peça são entregues uns textos que tentam sensibilizar as pessoas para o drama da Gisberta, e apelando para a visita ao site da Organização Internacional de Luta contra a Homofobia.
A minha opinião vale o que vale, mas o meu conselho é para se puderem, vão ver esta peça, que acho quase impossível vos deixar indiferente!
A não perder!
Poderão ler toda a história de Matthew Shepard clicando aqui.