Domingo, 2 de Agosto de 2009

O PSI RESPONDE :: O SEXO ANAL


 

Existem uma infinidade de perguntas relativamente ao sexo anal. Hoje fica uma questão posta por um leitor, que poderá coincidir com a dúvida de muita gente. Quem quiser colocar uma questão ao PSI(cólogo) do Blog Ser Gay, só tem que enviar um email para blogsergay@hotmail.com. A confidencialidade é garantida.


LEITOR:
O sexo anal com frequência alarga o musculo anal? Ouvi histórias que às vezes fazem cirurgias para reconstruí-lo. É verdade ou mito? (...)
 

O PSI RESPONDE:
Como qualquer músculo, o anal perderá as suas características ao longo da vida. A altura em que as consequências do sexo possam ser negativas estará talvez na terceira idade. No entanto, em raros casos pode acontecer mais cedo. Se isso acontecer, há sim uma cirurgia capaz de melhorar muito a situação.
Não se deve preocupar com isso.
Sugiro que aproveite mais a sua vida eque a disfrute

O psi

 

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publicado por cristms às 18:27
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Terça-feira, 28 de Abril de 2009

O PSI RESPONDE XVIII - CIRCUNCISÃO

Hoje publico uma dúvida, aliás mais do que uma, posta por um leitor que nos escreveu.

Como sempre publico também a resposta do nosso querido PSI que amavelmente responde às questões dos leitores do blog.

 

LEITOR:

Desta vez, quero vos perguntar algumas coisas sobre sexologia. (não sei se registam as pessoas,mas tenho 18 anos, virgem e gay)
E eu tenho um problema, que não é problema nenhum. Que é o meu pénis, que sofre de uma fimose (não sei se é assim que se chama), logo fui operado, e como já devem saber o glande do meu pénis não está coberto pela pele.
As questões são as seguintes:
-O meu pénis é mais sensível do que o normal?
-Será que ejacula mais rapido?
-Doi ao penetrar, isto é, sexo anal?

 

O PSI RESPONDE:

 

Olá
 
Praz-me muito responder-lhe às suas questões, felicitando-o pela circuncisão. Isto porque:
1- o seu pénis é sim mais sensível agora que tem a glande a descoberto, no entanto isto,
2- traz-lhe muito mais prazer que se estivesse coberta, pois quando a glande esta coberta, nem sempre se chega a descobrir totalmente aquando da penetração, nunca sentido o mesmo prazer do que se estivesse totalmente descoberta.
3- Não lhe traz dor rigorosamente nenhuma. Antes pelo contrário, o seu  prazer será sentido em maior proporção. Quanto a ejacular mais cedo, nada tem a ver com a cirurgia, mas sim com o nível de excitação em que se encontrar.
 
Abraço e disponha sempre 

 

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sinto-me: em forma!
publicado por cristms às 22:11
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Quarta-feira, 8 de Abril de 2009

O PSI RESPONDE XVII - Amor?

Bem, quem tem ou já teve relacionamentos, sejam heteros ou gays, já deve ter percebido (pelo menos é essa a minha opinião!) que manter uma relação estável e que nos preencha é dos maiores desafios... Os desentendimentos surgem, os objectivos por vezes não coincidem, a maturidade dos membros do casal é diferente, blá blá blá whiskas saquetas!! :)

Hoje, trago a público uma dessas situações que me chegou, para o PSI (e que o PSI gentilmente respondeu), ao email do blog (blogsergay@hotmail.com), sobre as dúvidas que um dos membros de um casal gay tem acerca do seu relacionamento... Serve de exemplo, mas obviamente cada caso é um caso, ainda assim pode ser interessante...

 

O LEITOR:

Olá, recorro ao email do Blog Ser Gay,visto não ter amigos no meio gay, por opção pessoal, e espero ter algum feedback para me poder orientar...
Namoro há um tempo considerável.
Ainda não me assumi á família, mas tenciono fazê-lo (...), o meu namorado nada me diz a respeito. Respeitarei a opção dele, mas como é possível conjugar isto com o facto de ele dizer que quer um dia viver comigo?Que enfrenta todos por mim? Esconde-me na despensa para a mãe não me ver?
É um namorado generoso (...) mas esquece datas, não faz um esforço por se lembrar dos meus tal como eu faço com os dele...
Tudo é levado para a parvoíce e brincadeiras(...). Não quero ser namorado de jantares saídas e praia, quero ser namorado de afectos, de grandes passos.Não não sou infantil, acredito no amor entre duas pessoas, verdadeiro contra tudo e todos, não sei é o que fazer...
Ele diz que me ama, mas na prática... :(
 
 

O PSI RESPONDE:

 

Caro Leitor
 
A situação que está a viver com o namorado é difícil de analisar pela falta de dados importantes. A idade que vocês têm, pode ser uma das causas da postura dele. Isto porque ele pode não ter a mesma maturidade que o leitor. Mesmo que a idade seja a mesma ou próxima, a maturidade que ele não parecer ter não se encontra ainda perto da sua. Mas outros factores estarão por detrás desses comportamentos dele, como a ambiente familiar em que foi criado e educado.
 
Seria importante conversarem sobre o assunto e o leitor ser fixo nas suas convicções e decisões quanto à vossa relação e ao que pretende dele, usando o confronto dos objectivos, estipulando-os e afirmando-lhe que ira tomar outras decisões e atitudes caso ele não demonstre o que o leitor quer. Mas tenha atenção que deve ter maturidade e consciência para seguir em frente, pois as consequências poderão não ser as que espera.
 
Esta é apenas uma sugestão. Mas melhor que um psicólogo, só o leitor conhece todos os pormenores da relação.
Abraço
O Psi
 

 

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sinto-me: de férias!!!
publicado por cristms às 18:39
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Terça-feira, 10 de Março de 2009

O PSI RESPONDE XVI - Experiências (des)agradáveis!

A nossa primeira experiência (homos)sexaual nem sempre corre bem, acontece com heteros e obviamente com gays também. E para quem ainda não sabe, há por aí muito boa gente à procura de sexo fácil, com virgens, pessoas inexperientes, para apenas e somente obterem destes prazer e nada mais... O que o outro sente pouco importa. O relato deste leitor retrata a experiência vivida que comprova isso mesmo. O PSIcólogo do blog, continua como sempre, disponível para responder às questões que nos cheguem através do email BlogSerGay@hotmail.com, mantendo sempre o anonimato.

 

LEITOR:

 

Sou um leitor assiduo do seu blog e obrigado pelo seu trabalho q muitas vezes me faz perceber q não estou sozinho! Peço-lhe q ao ler esta mensagem ponha as questões morais de lado (fidelidades... etc de parte). Deixo-lhe aqui o meu testemunho e uma das questões q me abalam tds os dias.
 
Tenho 27 anos,  antes de mais devo dizer q sou Bisexual, facto q apenas "descobri" há apenas 1 ano e 2 meses ! Nessa altura o relacionamento que ainda tenho com a minha parceira, estava deveras entediante no campo sexual... comecei então a procurar alguém (fem) no chat do teletexto da sic. Fui abordado por um tipo q me despertou a atenção... mas por estranho q pareça comecei a fantasiar sobre ser penetrado e por estar com alguém. Muito a medo acabei por aceder a essa pessoa e marquei um blind date pedindo-lhe apenas para ser cuidadoso e ter calma. Fomos de carro até uma mata e muito a medo e td a tremer comecei a tocar-lhe o pênis, ele puxou-me e fiz pela primeira vez sexo oral a um homem... senti uma ansiedade brutal e comecei a tremer ainda mais e a sentir o coração a bater a 1000/h... foi então q ele me disse vira-te! Virei-me e senti o meu anus a ser tocado... ele esperou e perg... posso? Eu apenas disse sim com a cabeça! Foi então q o senti dentro de mim e com a dor pedi para ele parar!!! PÁRA PÁRA!!! Porém ele não parou e começou a ser bruto ao maximo... No final sai dali e nunca mais o quix ver na vida! Depois desta experiencia estive 3 meses sem sequer pensar em repetir a experiência.
Claro q a curiosidade levou-me a procurar alguem mas desta vez cm mais cuidado! Voltei a recorrer ao teletexto da Sic para encontrar alguem e foi ai q conheci um rapaz fantastico e muito meigo, versatil mas q procurava um relacionamento emocional e sexual claro! Entre nós existia uma quimica brutal mas devido ao facto de eu ter um relacionamento ele acabou por seguir o seu caminho naturalmente deixando-me algo vazio. No entanto deixou-me o mais importante, q foi o facto de me ter tirado qlq tipo de duvida em relação à minha natureza.
 
Isto td para lhe deixar duas perg se me quiz resp claro!
 
1 - As experiências q tive foram tds como passivo e adorei tds menos a 1ª. Apesar de adorar e da ejaculação acontecer devido à estimulação da prostata, não consigo ter uma erecção. Será q há maneira de dar a volta a esta situação? Isto pq gostava de experimentar a faceta de versatil!
 
2 - Obviamente q devido ao facto de ter uma parceira q adoro, sinto-me dividido e por vezes com peso na consciência, como tal não posso ter um relacionamento com alguem do mesmo sexo, até pq sou bi-sexual e essa é mesmo a minha natureza! Devido a estes factos não conheço ninguém q partilhe das minhas escolhas sexuais nem tão pouco sei como procurar alguem sem ser pela net ou pelo chat da sic. Será q me pode dizer como e onde procurar alguém?
 
Obrigado pela atenção e desc a confusão mental! 


 

O PSI RESPONDE:

Ola
 
Agradeço a atenção e partilha da sua experiência.Respondendo directamente às suas duas questões: 
1- Quando diz não ter erecção, refere-se em que altura da relação? Desde que inicia o contacto fisico com um homem? Desde os preliminares? Apenas quando é penetrado? Para o poder ajudar nessa questão terá de ser um pouco mais explícito na mesma. Pois muitos são os homens gays versáteis, que quando são penetrados não têm erecção, mas quando eles vão penetrar têm-na normalmente.
 
2- Infelizmente no nosso país e sociedade não existem locais específicos ou associações específicas para podermos ir ao encontro de pessoas semelhantes a nós. è claro que há os bares e discotecas, mas não me parece adequado passarmos a noite a questionar a quem nos rodeia se é bi ou gay.... Resta-lhe mesmo a net e os chat. Embora na net consiga encontrar sites de encontros virados para a bissexualidade, assim como salas de chat da mesma tendência.
 
Sempre ao dispor
O psi
 

 

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publicado por cristms às 09:53
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Sexta-feira, 20 de Fevereiro de 2009

O PSI RESPONDE XV - O amigo Zé

Hoje partilho a história do Zé, que poderá ser muito bem a história de tantos outros zés deste país e por esse mundo fora. O PSIcólogo do blog, continua de serviço e a responder às perguntas que lhe vão chegando através do email blogsergay@hotmail.com. A confidencialidade é garantida.

Vejamos então a história do Zé...

 

LEITOR

Zé, rapaz sensivel e com alguns tiques, sempre foi apelidado de "o zé?? ahh o paneleiro", coisa que fez a adolescencia parecer feia, mas nem de todo o foi, a vontade de zésentir prazer pensando em homens foi desde sempre muito vincada. Sites porno gay, fantasias gay, sim, o zé era gay, so que nao queria admitir, pois até se sentia apaixonado por umas miudas. O tempo passou e aos 18 anos, o zé pensou que queria um melhor amigo, mal sabia que queria era um namorado, lutou por conhecer rapazes para conquista los, e pelos menos 5 que hetero seriam lhe, se prostaram sobre o ze, pelos encantos e pela dedicação, contudo nunca existiu contacto sexual, nem constatação da realidade, zé continuava a pensar que eram melhores amigos, mas esquecia se que exigia o que se exige de um namoro. Passando a frente, que a historia é longa..
Zé estava na faculdade, virgem tanto de mulheres como de homens, faltara lhe sempre a coragem para ter relações com um homem. Ora um dia, alguem lhe pergunta as horas junto da maquina de cafe, zé responde, e o estranho afasta se para o piso inferior, mas zé ficou interessado, entao dirigiu se tambem para o piso inferior e num departamento onde estava o estranho, meteu se na conversa, e ate que ambos decidem ir embora, contudo, zé sedutor afirma "ah tenho de ir a casa de banho" ao que o estranho diz "tambem vou". Já na casa de Banho, a conversa puxa a massagens no pescoço, quando alguem entra, e atrapalhados zé e o estranho afastam se, mal  o alguem entra na divisoria da wc, zé encosta o estranho contra a parede, o que resulta numa curte na casa de banho, e num orgasmo rapido, atraves de uma ajuda de mãos.
Zé ficou radiante, situação engracada. Mas ficou por ali.
A história é grande, Sr, PSI, caso nao tenha tempo agora é melhor ler depois. eheh.
Zé apos este seu encontro decidiu que ia perder a virgindade com um homem, e a um dos seus contactos do msn que ate era de perto, Zé revelou a sua entidade, combinou um cafe, e acabou por ser passivo nessa noite. Sinceramente, Zé esperava mais qualquer coisa.
Enyão decidiu procurar um passivo, e agora a historia complica.
Um desconhecido da net, que queria muito dar prazer a Zé, e nem se quer pretendia usar protecção, mas Zé usou, mas Zé com o entusiasmo do prazer de ser activo, acabou por atingir o orgasmo em pleno acto, ora quando retirou, verificou, em panico que a sua protecção estava rota!!!
PANICO! Zé nao dormiu, nao comeu, chorou, pois devido à pressao do passivo em faze-lo sem protecção e pela conversa desse mesmo passivo, era certo que algo estava errado, SIDA talvez, certamente, Zé morreu em desgosto nos dias seguintes, isolou se, chorou, ate que teve de desabafar com a mae, vez analises uma duas e tres vezes, a ultima apos 5 meses do contacto, NEGATIVO! Os médicos disseram que tava tudo bem, para esquecer, mas Zé nao esquece, e em 1 ano e meio apenas foi passivo por 5 minutos nao conseguindo continuar a pensar no que passara. 1 ano e meio de brincadeiras com as maos com um amigo, esse mesmo amigo que o levou a ser passivo por 5 mim.
Zé, obviamente está traumatizado!!
Mas a história, agora é outra, na luta pelo seu melhor amigo, Zé encontrou o amor!
O que ao inicio era amizade, para Zé é agora amor! arde por dentro e por fora!
Mas o amigo de Zé é Hetero! lá está! mas um Hetero estranho, um Hetero que diz adoro te, que diz nao te vou perder, que da beijos na face de Zé, que passa noites abracado ao Zé, namorados?! sim, o zé acha que sim, mas quando beijou o amigo a resposta foi a pior "tão, zé!!" mas o amigo continua a estar com o Zé como se tudo fosse um namoro, telefonam um ao outro, partilham noites e noites, mas o estranho é que o amigo nao quer passar de amigo...
Zé está confuso, porque ama o amigo, mas o amigo apesar de parecer que gosta do Zé nao quer avançar para alem do ja tanto que partilham, desde noites passadas juntos, abracados, de massagens com oleos, de beijos na face, de frases e mais frases de carinho!
Zé continua sem saber o que fazer!
Primeira Questão:
Terá, o Zé, motivos para pensar que está contaminado (certamente que a resposta será: vá mas é fazer novas analises) talvez sim
Segunda Questão:
O amigo está a descobrir se? ou é maluco?
 
Nota: A relação com o amigo dura à 5 meses, com bastantes beijos roubados à força, os quais o amigo reclama, mas continua a dizer que o Zé o faz feliz, e que não tem ninguem como ele!
 
Fico à espera de algum apoio, porque os amigos que sabem, dizem que talvez o amigo esteja a aproveitar-se do facto de Zé o fazer sentir bem, numa atitude de egoismo, outros dizem que o amigo está a sair do armario, e se continua a querer passar noites sozinho com o Zé é porque está interessado!
 
O bom da História é que Zé vive bem com a sua Sexualidade, já tendo dito aos amigos em quem mais confia e até a propria mãe!
 
Zé, é feliz com o amigo, muito feliz, e sente um amor que nao tem fim, Zé apenas tem medo que o amigo nunca se assuma, aí Zé vai sofrer ainda mais!
 

 

O PSI RESPONDE:

 

 

 
O Zé até pode ser feliz na "relação" que mantém com o "amigo", mas um dia certamente vai querer mais, se não houve já momentos destes. será que esse amigo que parece estar a tentar sair do armario, alguma vez vai sair? Será que um dia esse amigo sairá da vida do Zé e seguira percursop com uma mulher? cabe ao Zé correr o risco. O que vai na cabeça do amigo, so ele mesmo sabe. e o Zé só poderá saber aquilo que ele lhe diz (sendo verdade ou não) Mas algo é certo: o amigo tem a sua sexualidade definida e dela faz parte o gosto pelos homens ou não aceitaria nem permitiria uma seguda vez os "beios roubados" quanto mais os seguintes, assim como não dormiria abraçado a si.

Quais as intenções desse amigo? Só mesmo ele sabe. Como lhe disse e volto a repetir: cabe ao Zé ponderar todas as consequências dessa relação e decidir se quer correr riscos. Mas não se esqueça que TODAS, mas todas as relações correm e têm riscos.
 
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sinto-me: amigo do zé!
publicado por cristms às 00:40
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Terça-feira, 3 de Fevereiro de 2009

O PSI RESPONDE XIV - Adolescência...

Cada vez mais recebo no email do blog dúvidas postas por rapazes e raparigas cada vez mais jovens. É com certeza uma nova geração, mais informada, mais aberta, e também com mais ferramentas à disposição para procurar informação. Este blog, não pretendendo ser um "quiosque de informações", acaba ao fim deste tempo todo por ter imensa informação não só através dos posts, mas principalmente pelos milhares de comentários que já fazem parte do blog. A rubrica "O PSI RESPONDE" tem-se mostrado como mais um instrumento à disposição de quem precise dele, e portanto continua disponível o email do blog (blogsergay@hotmail.com) disponível para porem questões ao nosso PSIcólogo, um amigo que tem sido de uma disponibilidade admirável! Portanto, aproveitem e mandem as vossas dúvidas,como fez o leitor, de 15 anos de idade, de quem hoje vou publicar o email (mantendo SEMPRE o anonimato). Penso ser um retrato das dúvidas que muitos adolescentes têm e por isso consider-o muito útil. Espero que ajude.

Leitor

 

Olá. Sou um rapaz de Lisboa, tenho 15 anos e este ano foi sobretudo de reflexão. Finalmente disse para mim próprio: "Sou homossexual". No entanto, não revelei esse meu grande segredo à minha família, e não estou infeliz com isso. Estou até feliz...acho que isso não vai contribuir para a minha felicidade mas sim para a minha infelicidade. Alguma homofobia paira no ar da minha casa :).

À medida que o tempo vai passando, cada vez fico mais interessado em ter relações sexuais com homens, não querendo assumir um compromisso...Mas isso acho que acontece devido à minha personalidade. Odeio estar dependente.

Nestes últimos dias, tenho estado atento aos rapazes e homens que vou encontrando na rua e nos transportes públicos. Certas pessoas provocam uma tensão sexual enorme em mim apenas com um olhar e gosto de fazer o mesmo com essas pessoas.
Acho que ninguém desconfia da minha homossexualidade. Sou um rapaz com uma voz máscula e visto-me de forma masculina, além disso, desperto algum interesse em certas raparigas. Ás vezes, gosto de brincar com esses rapazes e homens, da rua e dos transportes públicos...Eles ficam constrangidos ao verem que um rapaz aparentemente hetero e atraente está olhar fixamente para eles como quem está a dizer: "se estivesse-mos os dois sozinhos, devorava-te...".

Mas por vezes pergunto-me: "E se eu estiver apenas a fantasiar? E se nenhum desses homens e rapazes for gay e não sentir aquilo que sinto ao trocar olhares com eles?"

Além disso sinto uma enorme frustração. Nunca conheci ninguém que fosse gay e que me atraísse. Como irei iniciar-me neste mundo se não conheço ninguém que faça parte dele? Onde posso encontrá-las num local seguro? Apesar de ter 15 anos sinto um enorme desejo por homens mais velhos (20-40 anos)... É normal?


O PSI RESPONDE

 

Olá
Obrigado pelo mail que de forma muito objectiva, demonstra o que vai na cabeça de muitos adolescentes.
 
Antes de mais, congratulo-te pelo teu "coming out" e pela forma como decidiste vivê-lo. Parece estar adequado à analise que fizeste do meio que te rodeia (familiar). Pelo menos por enquanto.
 
Quanto às questões que me colocas: é obvio que podes estar a fantasiar quanto às trocas de olhares nesses locais, mas fantasiar é muito bom e faz parte do processo sexual. Terás a certeza se esses homens são ou não como tu, de acordo com os olhares que eles te devolvem. Saberás muito bem perceber se um olhar de um homem para ti é com interesse homossexual ou não, pois ele olhar-te-á da mesma forma e intensidade que tu o olhas.
 
Quanto aos locais seguros onde possas encontrar pessoas como tu: o mais seguro (e ainda assim com pouca seguraça) são os bares gays. Tens a internet e os locais de engate, mas estes são ainda menos seguros. Poderás utilizar todos os que há, mas nunca te esqueças que deves fazê-lo com a maior segurança possível. Sempre com dúvida e renitência, pois nunca sabes que vais encontrar e até que ponto é alguém verdadeiro.
 
O teu interesse por homens mais velhos não é nada de anormal, pois não se desenquadram da tua faixa etária. Se falasses de homens de 50 anos.... Os que te atraem, só te poderão trazer boas experências, tanto sexuais como de maturidade.
 
Força e um abraço

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Sábado, 10 de Janeiro de 2009

O PSI RESPONDE XIII :: SEXO ANAL

Muitos, a maioria talvez, homens e mulheres, terão tido a dúvida e o receio das relações anais, visto que por ali é onde saem as fezes, e como sabemos, estas estão inundadas de bactérias e daí o corpo estar a expeli-as. Existem alguns cuidados que se podem ter e é essa dúvida que foi posta ao nosso PSI (sempre ao vosso inteiro dispor, através do email blogsergay@hotmail.com, e com anonimato garantido!) e a qual dou desta vez conhecimento:

 

O LEITOR:

Tenho (...) mais uma curiosidade, que é: no que diz respeito ao sexo anal, é mau não usar preservativo, mesmo sendo com um rapaz que confies? Eu sei que será mais fácil a adquirir doenças pois terá contacto com as feses e haverá pequenos golpes.
 
Pode parecer infantil ou até mesmo estúpido, eu no outro dia experimentei pôr os dedos no "colo rectal" (nãosei dizer de forma mais adequada xD), com um preservativo para ver se iria doer muito ou não. E eu tenho os dedos compridos, então cheguei a uma parte, no qual me pareceu serem as feses, e nao gostei da sensação! =S

 

O PSI RESPONDE:

 

 

 

Mesmo sendo um rapaz em quem confies, não deves usar o preservativo apenas por uma questão de segurança nas DST's, mas também por questões de higiene. Tal como tu experimentaste com os dedos, o que deves ter tocado foram fezes e obviamente não é um toque agradável, por isso também o teu penis estará em contacto e se usares o preservativo, poderás evitar esse contacto e posteriormente alguma bactéria que se encontra nas fezes.
Não foi de todo infantil a experiência que fizeste. Muitos são os gays que a fazem. Parece-me que faz parte da aprendizagem sexual, seja qual for a sexualidade do ser humano. E, tal com já referi, é normal que que não tenhas gostado da sensação ao toque das fezes. Supostamente não será isso que te dará prazer, ams sim a estimulação anal. E quando esta é feita, não tens necessidade de introduzir os dedos tão profundamente como fizeste.
Posso sugerir-te que se isso passar a ser um dos teus prazeres, podes efectuar sempre que quiseres ter esse tipo de "brincadeira" a realização de um clister, que não te toma mais que 20 minutos e deixa-te totalmente limpo.
 

 

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Quinta-feira, 1 de Janeiro de 2009

O PSI RESPONDE XII :: Amor ou necessidade?

Quem não teve a dúvida se o nosso companheiro nos ama ou se apenas precisa de nos ter a seu lado? A mim já surgiu muitas vezes a pergunta, obviamente que em alturas de arrufos com o lindo... Mas bem, o relato que trago desta vez, enviado para o nosso PSI (continuem a enviar as vossas questões/dúvidas para o PSIcólogo do blog, através do email blogsergay@hotmail.com. A confidencialidade é garantida!), é bem mais dramático! Deixo então o depoimento e a resposta do nosso PSI, e espero que possa ajudar pessoas que estejam na mesma situação...

 

O LEITOR: 

Prezado PSI, o que relato na linhas que se seguem aproxima-se mais de um desabafo 'sufocado'. E não , propriamente, uma pergunta. Trata-se de uma longa e dolorosa história, mas, por força da ocasião, procurarei resumir.
Em meados de 2003, quando saia de um problemático relacionamento (homossexual), fui convidado por um amigo para conhecer uma sauna gay (até então eu não havia visitado nenhuma). Talvez por estar fragilizado emocionalmente e pela falta de vivência (experiência),
fiquei, simplesmente, alucinado por um dos "massagistas" que lá "trabalhava". Não era um interesse sexual. Era algo mais... incontrolável... insuportável. Passei a frequentar 2 (3, 4) vezes aquele ambiente com o intuito de vê-lo, trocar duas ou três palavras (e sofrer MUITO quando o via em investidas para seduzir algum "cliente". Não demorou muito e o rapaz já dava sinais de interesse (?) por mim. Passei a acreditar que entre nós nascia o amor. Resultado: menos de três meses depois de minha primeira visita à tal sauna, já estávamos nos relacionando seriamente e, é claro, ele saiu do "emprego". Foi um início de relacionalmente muito difícil. Passei a descobrir informações sobre ele que minha razão orientava para um final breve, urgente. Mas meu coração... Ah! Esse parecia ver aquilo
tudo como virtudes: a) era casado com uma mulher e sustentava para a família uma identidade heterossexual; b) tinha um filho de um primeiro casamento; c) possuia alguns roubos nas costas; e d) usava drogas (todas as que conseguisse, mas principalmente CRACK. Embora eu soubesse de tudo isso, e ele sabia que eu sabia, mantinha a
mesma paixão e o mesmo carinho.
Por conta de uma aprovação em concurso, precisei mudar-me para Rio Branco (Acre). viajei sozinho, mas não demorou muito e ele conseguiu meu telefone e começou o trabalho mental para que eu enviasse as passagens para que ele viesse morar comigo. Não deu outra: veio e trouxe consigo todas as suas mazelas. Contrariando tudo o que eu
acreditava sobre mim mesmo; e contra, também, a educação que eu havia recebido de meus pais, passei a usar drogas também. No início era apenas maconha. Depois, passamos a cheirar cocaína. E, por fim, veio o inimigo-Mor: o crack. Até hj não consigo entender como fui entrar nessa roubada.
Como consequência disto, passei a faltar o trabalho (quase 01 ano empurrando atestados), acabei com a harmonia em minha família, pois eles descobriram e a partir daí, foi só sofrimento de TODOS. Ganhava, razoavelmente bem (para duas pessoas): proximadamente 6 mil. Todo esse dinheiro "virava fumaça". Passei a dever em bancos, em lojas, a
amigos, a parentes, a desconhecidos... Minha vida virou um inferno. A gota d'água foi a vinda de minha mãe até esse Estado. Quis me internar, iniciou, para nós dois, uma série de tratamentos...
Enquanto ele achava que melhorávamos, que tínhamos parado... Fingíamos tomar os remédios e continuávamos no crack. E estamos até hj. Mas há uma diferença: atualmente, eu desejo MUITO parar, e tenho fito esforços sobre-humanos para ir diminuindo... diminuindo... até, se Deus quiser, parar por completo. Ele, ao contrário, aumenta a dose a
cada dia, e com isso somente eu saio prejudicado Já não o vejo mais da mesma forma. às vezes nem quero vê-lo. Mas também não consigo me imaginar sem ele.
Diga-me algo... Preciso ouvir alguém que não esteja envolvida no drama!

 

 

 

O PSI RESPONDE:

Caro leitor
 
Ao ler a sua carta, pereboq ue tem uma noção perfeita e correcta do que se está a passar consigo. Demonstra que sabe que deve parar e como o fazer. Entendo que não tem a capacidade de o fazer sozinho. A questão que se coloca é: estará a ter a ajuda adequada? Talvez procurar ajuda de profissionais de saude mental (psicólogo) com conhecimento na área seja um passo a dar. Mas não deixa de ser relevante que antes de o fazer, saiba se pretende mesmo mudar a sua vida, se é de facto real o desejo de parar ou se é apenas porque os outros à sua volta assim querem.
 
Diz que já não o vê da mesma forma. E o que sente por ele? É o mesmo? Senão o ama, porque está com ele? será que o leitor é daquelas pessoas que gopsta de "apanhar"? Terá um lado sádico que não conhece? Se o seu esforço é verdadeiramente sobre-humano e se quer mesmo parar e se ele não quer parar (pois há já uma altura que o leitor sabe se ele quer mesmo parar) que faz ao lado dele?
 
Não me parece que o ame, mas que esteja habituado ao amor que lhe tinha (muitas vezes confundimos os sentimentos). Mas penso que enquanto não se livrar dessa pessoa, estará sempre a cair na tentação do consumo, que pelos sentimentos que pensa ter por ele, quer pela própria necessidade do vício. O amigo leitor está sempre duplamente em tentação.
 
Sempre ao dispor
 
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sinto-me: um sortudo!
publicado por cristms às 23:09
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Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2008

O PSI RESPONDE XI :: Atracção por travestis

A confusão entre quem gostamos sexualmente, sentimentalmente ou aparentemente não é tão raro quanto isso. Há muito hetero que por vezes, vê no mesmo sexo algumas coisas que por algum motivo lhe provocam um certo tipo de excitação (emocional, sexual). Isso deixa-os confusos relativamente à sua orientação sexual, ou porque de facto obtém prazer de ambos dos sexos ou porque não querem assumir a sua verdadeira orientação... A questão foi posta por um leitor ao nosso PSI (sempre ao vosso dispôr, basta enviar um email para blogsergay@hotmail.com, e a resposta é garantida e a confidencialidade também!).

Fica a pergunta/resposta... Pode ser que esclareça algumas dúvidas!

 

LEITOR:

Estou aquí sem saber o que sou, adoro mulheres e sou louco por travestis, quando estou com mulheres , felizmente com muitas, sei que as deixo satisfeitas , pois a minha performance é boa e nascí com um penis que pelas suas dimenções as deixa sempre admiradas ( muitas vezes me chamam piça de preto), com mulheres não recorro à prostituição, na grande maioria das vezes, gosto da conquista . Por outro lado quando posso vou ao encontro de Travestis ( Samantha Rios , Angela Dauphine e Veronica Velazquez , são as que mais me marcaram), adoro fazer de tudo com elas , sendo que começo como passivo e acabo como activo, já experimentei de tudo e gostei. senti-me atraído , quando estando á procura de casas de sexo na net, comecei a dar com páginas de travestis, reparei que me estava a excitar, fiquei espantado e baralhado (tinha 38 anos) , um ano depois deparo-me com uma Travesti (Samantha Rios) no site Desejos.net, não resistí , fui ter com ela\ele (sei lá!!!!) , foi demais entreguei-me à lixuria total , beijei-a , fiz-lhe sexo oral e deixei-me penetrar como se sempre o tivesse desejado desde miudo, depois ela retribui-me e atingí o orgasmo a penetra-la, parecia outra vez um homem. Desde esse dia e por estes ultimos 5 anos e com alguma regularidade tenho repetido esta experiencia ... afinal o que sou ??? 

 

O PSI RESPONDE:

Caro Leitor
 
Praze-me ver a forma simples e aparentemente sossegada como escreve a sua carta. E perante a sua pergunta directa, nada mais merece, que responder-lhe também de forma directa: parece ser bissexual. Mas na realidade é importante para si "ser" alguma coisa? ter um nome? ter uma definição? Não lhe parece suficiente e mais que suficiente ser um ser humano que, ao contrario de muitos, sabe o que gosta, como gosta, o que lhe da prazer? Parece-me qu eo mais importante de facto é saber disfrutar do bom que a sexualidade tem: prazer! E o leitor parece saber fazê-lo muito bem.
 
Rótulos temos muitos na sociedade. E, como muitos vinhos, são colocados rótulos em muitos que depois de provados nada bem nos sabem.
 
Parabéns

  

O LEITOR RESPONDE:

Realmente é a resposta de que precisava, parece feita por encomenda.
Sim o importante é eu estar bem no momento em que estou a disfrutar de uma situação, o rótulo pouco interessa , realmente fizeram com que eu relachasse ao fim de anos a pensar em que caminho estou, realmente estou no caminho da busca do prazer, claro que o facto de estar esclarecido não me vai fazer revelar este segredo a ninguem, pois todos nós temos o direito a ter "jardins proibidos" e estes são os meus e só meus, só os vou partilhar com quem estiver comigo em cada momento. Então o meu muito obrigado ... só uma coisa me intriga, o que significa esta atração por travestis, porque não por homens?

 

O PSI RESPONDE:

 

Caro leitor
 
Respondendo à sua pergunta porquê travestis e não homens: porque se gosta de mulheres e não de homens? porque homens e não mulheres? porque se gosta de mais velhos? porque mais novos? simplesmente porque É O QUE LHE DÁ PRAZER. E é isso que interessa. Mas repare num pormenor: um travesti tem as duas coisas num só: o feminino e o masculino. Sinta-se privilegiado por ter ambos prazeres numa só pessoa.
 
No sexo não há certo nem errado. Não há normal nem patológico. Tudo é considerado normal desde que os intervenientes se sintam confortáveis.
 
Abraço 
 
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Quinta-feira, 4 de Dezembro de 2008

O PSI RESPONDE X :: Passivo versus Tamanho

Quem normalmente assume o papel de passivo, pode assustar-se com o tamanho do pénis, ou por ele ser grande ou por ser pequeno. Há gostos para tudo, mas para quem acha que o pénis poderá não caber poderá seguir o conselho do PSI, que responde desta vez a um leitor sobre essa problemática. Continuem a mandar as vossas dúvidas para o PSI, através do email blogsergay@hotmail.com, o anonimato é garantido.

 

Leitor:

Eu acho que sempre tive atracção por pessoas do mesmo sexo mas a verdade é que não tenho muita experiencia sexual com homens.Tenho 41 anos nunca tive nada com mulheres ou seja nunca fiz sexo com mulheres mas os homens de certa maneira eu sempre gostei.Lembra-me que na minha adolescência adorava ver um corpo nu masculino e por vezes masturbava-me sempre a pensar noutros rapazes.Cresci amadureci como eu disse sexo nunca passou do mesmo  com mulheres ou seja nunca passou mesmo da masturbação.Logico é que a pessoa amadurece e vê as coisas de outra forma já a pensar em arranjar um companheiro e tal.Mas infelizmente não consegui.Passaram os 30 e estou com 41 agora acho que a idade me fez mais liberal o que antes era tímido melhorei bastante com a idade ou seja deixei totalmente de o ser.Acontece que estou inscrito em sites de conhecimento de homens e isto traz-me total satisfação é como se me realizasse (como se eu andasse a procura daquilo há muito tempo e finalmente encontrei).Agora com a internet é muito bom para conhecer pessoas tenho conhecido mesmo só pelo sexo tem sido fantastico.Apesar de continuar quase virgem na relação com homens.Não bem por medo ou qualquer outra forma(mesmo porque não tem calhado).conheci uma pessoa através de um conhecido site de encontros (mais sexuais)mas esta pessoa sinceramente não correspondeu as minhas expectativas.Agora conheci um homem novo(30 e tal anos)só o trato por meu amor etc e tal.Gosto dele tenho encontro marcado com ele no fim deste mês  para termos sexo na casa dele.Ate aí tudo bem.Mas como lhe dizer que sou virgem analmente??Eu vi o pénis dele que é grandão quando está erecto(sera que vai caber cá dentro)eu tenho um buraquinho tão pequeno.Como vou fazer??Eu não o quero perder nem posso.Como reparou sou muito passivo.Tenho mesmo experiencia de sexo oral e ao que sei gosto dá-me bastante prazer fazer e sei fazer bem.Mas tenho um certo receio:como lhe vou dizer que sou virgem no ânus??Tenho também medo porque eu acho que não vai caber.Havera alguma técnica para poder ficar mais relaxado e aquilo caber??Vejo em filmes que conseguem caber sexos verdadeiros monstros.Como lhe vou dizer que sou virgem??Será que ele vai entender?'Eu tenho uma grande vontade de ser penetrado pois é isto que eu estou a espera faz algum tempo mas não sei será que ele não vai discutir comigo??Será que vai entender??Estou com medo e confuso não sei o que fazer se pudesse que o senhor doutor me ajudasse agradecia.

O PSI RESPONDE:

Lí atentamente o seu pedido e entendo a sua ansiedade quanto à situação. Em primeiro lugar lembre-se de uma coisa: ninguém é perfeito. Ninguém mesmo. O rapaz com quem se vai encontrar também já foi  virgem e por isso não terá problemas quanto à sua virgindade. Não faça disso o problema. Quanto ao tamanho do pénis dele, ainda bem que gosta do que já viu, pois isso estimula o seu imaginário e vai ajudar à penetração, pois o desejo é grande, e quando o desejo existe, fisicamente os músculos adaptam-se com maior facilidade. Obviamente que poderá sentir algumas dores, todos sentimos no início. Mas quando as coisas são feitas com calma e descontracção vai acabar por conseguir e ter um enorme prazer, estou certo. Lembre-se também que não se trata de um encontro com intenção de apenas "esvaziar os testículos", mas de aproveitar e sentir o maior prazer que a carne pode dar, e isso tudo passa pelo toque, pelo cheiro, pelos beijos, enfim, por um vasto conjunto de estímulos que levarão à penetração.
Mais uma vez insisto em não ficar ansioso, null calmamente e sem demonstrar preocupação que "não te cheguei a dizer, mas vais ter de ter alguma paciência comigo, pois nunca fui penetrado, mas não é por isso que não te vou dar prazer" e refira também que "é claro que quero ser penetrado, ainda mais por ti, mas não faço disso o leme da minha vida". verá que com este tipo de abordagem em tom de brincadeira, ele não vai sentir nada de negativo. Pois é apenas o Sr. que está a ser negativista.

 

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sinto-me: com sonito!
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Quarta-feira, 19 de Novembro de 2008

O PSI RESPONDE IX - Saír do armário!

 "Saír do armário" continua a ser um drama para muita gente... Se disso tivesse dúvidas, os emails que recebo não me deixam ter essa ilusão. Hoje publico as dúvidas de alguns leitores, colocadas ao PSI, e que poderão reflectir o sentimento de muitos. As respostas podem ajudar! O "canal" continua aberto para quem quer colocar questões ao PSIcólogo aqui do blog SER GAY, basta para isso enviarem um email para BlogSerGay@hotmail.com. O anonimato é garantido e a resposta também!

 

Leitora :

Olá PSI =)

Eu sou uma rapariga de 16 anos, bissexual. Mas não me consigo assumir, há anos que brinco com o assunto junto dos meus amigos, mas quando algum deles me pergunta "Mas és mesmo?" eu respondo sempre "Não! Achas mesmo?" não tenho coragem, tenho a certeza que eles iriam aceitar, mas tenho medo que pensem que mudei, que não me encarem da mesma forma. 

Já em relação à famila a questão nem se coloca, não seria capaz, pelo menos nesta altura e até me foi aconselhado a não o fazer até ter 18 anos. 

Eu tenho vontade de me assumir, eu tenho orgulho do que sou, mas não aguento a ideia de poder magoar aqueles que amo, tenho medo de ser demasiado egoísta.

Se nunca me conseguir assumir, perante os meus amigos e a minha familia, vai ser injusto para comigo e para com eles não é?

 

PSI:

Os sentimentos que tem em relação ao assumir-se são perfeitamente normais. Surgem devido à educação (carregada de padrões heterossexuais) que a sociedade tem vindo a impor até os dias de hoje. 

É natural que ache que os seus amigos pensem que mudou. Não deixa de ser mentira, pois também eles mudaram. Nenhum de nós pensa como o faziamos há um ano, vamos alterando opiniões acerca das coisas. Vamos crescendo. Mas tenha a certeza que aqueles que realmente gostam de si, não vão mudar o que pensam de si, provavelmente até vão sentir-se mais próximos de si devido à confiança que lhes está a depositar. Os que mudarem, será que eram realmente seus amigos? Será que a sua sexualidade é algo tão importante na sua relação com as pessoas que a rodeiam? Ou apenas diz respeito àqueles com quem a partilha intimamente? Não lhe parece a sua sexualidade é apenas m pormenor da sua vida? Não a define como ser humano. 

Quanto à sua familia, aconselho-a de facto a não o fazer antes dos 18 anos, pois os pais não estão preparados para receber essa informação e nunca sabem como lidar com ela. Com o tempo acabam por aceitar e perceber que a sexualidade não define a filha deles como pessoa, mas até lá o percurso pode ser algo perturbador para si, nomeadamente nas atitudes que podem tomar, como impedi-la de sair de casa com os amigos/as para se divertir, por exemplo. 

Dou-lhe os parabens por se sentir orgulhosa da pessoa que é. Não se sinta egoista por não querer viver na mentira. Afinal de contas, os heterossexuais também não vivem na mentira e não se sentem egoístas por isso. E se pensa que pode magoar alguém, reflita numa coisa: magoar porque? vai bater em alguém? vai roubar? vai agredir alguém? como pode magoar alguém com uma coisa que é unica e exclusivamente sua e que não diz respeito a mais ninguém?

E, tal como diz, se nunca se assumir, vai ser injusto para consigo e para com todos os que ama, pois afinal a viverá sempre mentindo-lhes, "escondendo-se" como se algum crime estivesse comentendo.

Sempre ao dispôr

O psi

 

 

LEITOR:

 

Olá!

 

Primeiro gostava de dar-lhe os Parabéns pelo maravilhoso BLOGUE. Sou visitante assíduo pq identifico-me com o conteúdo. E, como tal, gostava de partilhar a minha história k não é diferente das mitas que por aqui passam, mas que diferente dos outros, eu já tenho resposta para as minhas perguntas e vou fazer aquilo que a minha cabeça diz.

 

Sou jovem, fiz a pouco tempo 33 anos e sou solteiro. Sou formado, com um emprego firme e bem remunerado. Profissionalmente considero-me realizado. Fisicamente sou alto(1.82), 82 kilos bem distribuidos e sou bonito. Sei bem disso porque raramente passo despercebido em qualquer local. Sinto claramente o assédio(mais das mulheres do que dos homens, mas sei que eles são muito discretos!). Sempre senti-me atraído por homens, desde a minha infância que foi assim e hoje, aprendi a viver com esse meu sentimento secreto. Quem olha para mim dificilmente vê um gay, pois nunca o demonstrei. Desde a adolescência que tive namoradas e até hoje relaciono-me com mulheres. Tenho e sempre tive relações sexuais com elas e sempre as satisfiz e satisfiz-me. Só não me casei para completar essa minha capa porque o meu maior receio é perder a minha privacidade, lá onde me encontro com o meu EU. Lá onde sou aquilo que realmente sou: UM HOMEM QUE GOSTA DE HOMENS!

 

A pergunta é: ATÉ QUANDO IREI ESCONDER A MINHA OPÇÃO SEXUAL? ATÉ QUANDO IREI VIVER COM ESSE SENTIMENTO ESCONDIDO? SOU FELIZ?

A resposta: ATÉ SEMPRE! SOU FELIZ DO MEU JEITO TORTO.

 

A explicação é a seguinte: 

Viví todos estes anos escondendo isso que acabou por tornar-se tão pessoal como o facto sentar-me numa sanita a fazer necessidades maiores! Toda gente faz necessidades maiores e ninguém vai a rua fazer ou dizer k fez. Não há necessidade!  Então, o meu sentimento da porta para fora é aquele que as pessoas esperam ver e não faço nenhum esforço para isso porque eduquei-me assim. É como se fosse uma realização pessoal ir para a rua, local de trabalho, noitadas e as pessoas olharem-me com admiração como tem sido até hoje. Porque eu perderia essa admiração que sempre almejei?!

 

Quanto a minha parte pessoal, a realização sexual com um homem, tenho tido relações homossexuais e gosto de praticar sexo com outros homens mas também percebi que nesse aspecto não pretendo unir-me a nenhum homem para o resto dos meus dias porque dá uma espécie de vazio.

A verdade é que adoro aqueles olhares furtivos, aquela troca de olhares, aqueles flashes típicos de quem quer, que fazem permanecer num local mesmo quando já nada mais há. Adoro seguir por um local só para cruzar-me com aquele homem que faz o coração palpitar e o sexo inchar. Posso ir até a cama, mas daí a namorar ou a viver junto, está fora de questão.

Sinto-me feliz com a minha sexualidade, as minhas relações sexuais e  não pretendo mudar. Acham que há em mim algo de errado?

 

PSI: 

Pergunta se há algo de errado consigo? 

Em primeiro lugar, nada está errado desde que se sinta feliz assim. Se está a viver a sua vida como pretende e isso o faz feliz, nada pode estar errado.

no entanto e, em segundo lugar, parece-me que se estivesse feliz e se sentisse bem consigo, porque estaria a questioar terceiros se há algo de rrado consigo? Porque razão se questiona? Será que essa dúvida pode ser interpretada com alguma insatisfação ou desejo de mudança?

Cabe-lhe a si responder e ponderar os aspectos integrantes da sua felicidade.

 

Abraço

O Psi

 

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sinto-me: Fora do armário!
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Sábado, 8 de Novembro de 2008

O PSI RESPONDE VIII - Questões...

Um leitor do blog colocou uma série de questões ao PSI que partilho agora com vocês. O "canal" continua aberto para as questões que quiserem colocar ao nosso PSIcólogo amigo, que não sou eu (o autor deste blog). Basta enviarem em email para blogsergay@hotmail.com com a vossa questão. O anonimato é garantido assim como a resposta. Se quiseres ler todos os posts de O PSI RESPONDE clica AQUI.

 

 

Leitor: Sou gay, tenho 27 anos e sou virgem. Tenho muitas dúvidas a respeito de sexo. Vou ser breve. Ei-las:

 

Leitor: Se eu beijar um homem, cujo historial clínico e sexual seja desconhecido para mim, num beijo com troca de saliva e contacto de línguas, estarei correndo algum risco de saúde para mim? Um beijo de língua pode transmitir DST, como a SIDA?

 

PSI: Caro leitor, a sida não se transmite pelo beijo, a não ser que um dos elementos tenha feridas na boca e sangre aquando do beijo e seja, obviamente, portador. MAs um beijo de lingua pode transmitir DST, quer seja com um homem ou com uma mulher.

 

Leitor: Em filmes pornográficos, que consumo, é comum ver-se dois homens parceiros chupando os pénis, um do outro, sem a protecção do preservativo. Depois praticam sexo anal com preservativo. Não é isto um contrasenso? Ao chupar, lamber um pénis, não pode ocorrer a libertação de fluídos prostáticos, e até mesmo algum sémen ainda antes da ejaculação? Fluídos libertados pelo pénis, como o sémen, em contacto com a minha boca podem transmitir-me DST, caso sejam portadores de doença?

 

PSI: Não é um contrasenso pois é mais facil o contagio pela penetração que pela saliva, uma vez que a saliva tem uma consistência pouco segura para a proliferação de virus. Esses fluidos so o contaminarão se você tiver alguma ferida e/ou sangramento.

 

Leitor: Sendo o ânus um orgão cuja função primeira é a libertação de fezes, se eu penetrar, com ou sem preservativo, um parceiro, o meu pénis (ou preservativo) ficará sujo e malcheiroso? E mesmo com a estimulação antecipada, lubrificação e experiência regular, pode o sexo anal ser totalmente livre de dor para quem é penetrado? E é verdade que sexo anal regular pode provocar, num futuro a longo prazo, algum tipo de incontinência de fezes, sobretudo quando atingida a 3ª idade? E que acontece ao sémen libertado no ânus, aquando da ejaculação? Fica retido no ânus até próxima expulsão de fezes, ou "escorre" logo a seguir para o exterior?

 

PSI: Analisando cruamente a sua questão, é claro que o penis ou preservativo poderá ficr sujo e com cheiro, pois estarão em cntacto com fezes. Mas se pensar de uma forma fria, se racionalizar todo o comportamento sexual é pouco higiénico seja ele gay ou hetero. Talvez seja por isso que nos excita... Quanto à penetração sem dor, quanto mais experiência tiver o penetrado, menos dor terá. Poedrá até sentir sempre dor no inicio, mas rapidamente esta desaparece e fica apenas o prazer. Não há incontinencia de fezes descrita em toda a literatura medica provocada pela penetração. A incontinência é provocada pela dificuldade de controle de esfincteres, que se trata de um musculo e, como sabe, a exercitação dos musculos mantem-nos firmes por muito mais tempo, daí recomendarem ginsasio para que o corpo se mantenha firme por mais tempo. Quanto Ao semén, este poderá nem ser ejaculado dentro do anus, mas se for sairá com as fezes seguintes, mas não tem de se preocuapr, pois não causam qualquer tipo de prejuizo na sua saude.

 

Leitor: Antes de me envolver sexualmente com alguém, neste caso com um homem como eu, deverei exigir um historial sexual e teste clínicos que provem o seu estado saudável de saúde?

 

PSI: Parte de cada um viver a sexualidade como entende. Parece-me que todos os seres humanos deviam ter as mesmas preocupações com a suade sexual que o sr tem, mas não faça disso um cavalo de batalha, pois isso pode levá-lo a racionalizar demasiado o sexo e a por o prazer em segundo plano. Disfrute do sexo com o prazer que este tem e oferece. Repare que todas as campanhas contra as DST referem fortemente o uso do preservativo, não referem condições de higiene, pois supõe-se que cada um tem as suas e sabe quais são. Focam o que é de facto mais importante.

 

Sabia que o cheiro é o maior e principal estimulante sexual? E se pensar nele, se racionalizar, da-se conta que é até algo pouco agradável, mas que nos estimula a líbido e nos leva a ter prazer.

 

Leitor: O meu isolamento geográfico ainda não me permitiu conhecer um companheiro. Contudo, é de minha natureza ser reservado, relativamente tímido, discreto, mas sincero, razão pela qual todas as minhas relações de proximidade física implicam um conhecimento profundo e demorado prévio. É de maior probabilidade eu construir um relacionamento íntimo e sexual sobre uma relação de amizade estabelecida, de grande confiança mútua. Por esta razão, nunca me preocupei muito sobre estas questões sexuais, visto que provavelmente numa relação de confiança e de sexo não-ocasional, que espero vir a desenvolver, estas questões dissipar-se-ão com naturalidade. Mesmo assim, aproveitei a oportunidade que este blogue oferece para as esclarecer.

 

 

sinto-me: a aprender!
publicado por cristms às 02:39
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Domingo, 12 de Outubro de 2008

O PSI RESPONDE VIII :: O meu namorado é gay?

Tenho recebido alguns emails de raparigas, senhoras, que por um ou outro motivo desconfiam que o seu namorado/marido é gay. Bom, sendo que cada caso é um caso, deixo-vos a pergunta e a resposta do nosso PSIcólogo, a uma leitora que me escreveu... Já sabem, qualquer dúvida sobre (homo)sexualidade pode ser respondida pelo nosso PSI, basta para isso enviarem um email para blogsergay@hotmail.com . A confidencialidade é garantida!

 

LEITORA : 

Olá.

não sei se serei respondida ou se minhas duvidas são plausíveis, ou talvez seja uma grande bobagem o que eu esteja pensando.
Mas eu tenho desconfiado que meu namorado possui tendencias homossexuais, não sei como posso confirmar, ou ajudá-lo a realmente descobrir sua opção sexual. Faço psicologia e não tenho problemas em lidar com isso.
Ele tem umas coisas bem femininas, o jeito de falar, andar e no sexo ele pede para eu fazer coisas diferentes. Onde ele vai, atrai olhares de homossexuais, até me assustei uma vez com o assedio que ele recebe do publico masculino.
Queria saber se o homem ele pode ser hetero, e ter e querer fazer coisas femininas, ou se ele simplesmente está com medo de assumir para a sociedade e principalmte para a familia dele.

Enfim. Não sei o que posso fazer. Pq eu sei que cada um tem seu tempo, jeito, e não adianta eu ficar forçando nada. Eu gosto muito dele e nao sei o que fazer.


Atenciosamente

 

 

O PSI RESPONDE:

 

 

Olá
 
Não querendo parecer presunçoso, parece-me que o seu namorado de facto tem algumas coisas que indiciam ser gay. Ninguém melhor que uma mulher para saber se um homem é gay ou não: na cama, sexualmente, é o melhor sitio para saber. Ele atinge o orgasmo muito rapidamente? Ele demonstra muita pressa em atingir esse orgasmo? Ele acaricia os seus seios com naturalidade e prazer? Ele gosta e demonstra prazer quando lhe faz sexo oral? Ele gosta de olhar para o seu corpo quando faz sexo consigo? São algumas das questões que a podem ajudar a pensar. Talvez um dia ele consiga sair do armário e ser feliz, caso seja isso que ele quer. Obviamente que a família e a sociedade têm um peso grande nessa decisão dele.
 
Devo dar-lhe os parabéns por saber lidar com isso com a naturalidade com que demonstra fazê-lo no mail que envia, mas não se esqueça de proteger os seus sentimentos nessa relação.
 
Encontro-me ao dispôr
 
O Psi
 
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sinto-me: de fds!
publicado por cristms às 00:31
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Segunda-feira, 22 de Setembro de 2008

O PSI RESPONDE VII - A sogra...

 Hoje, e porque as sogras não estão presentes apenas na vida dos casais heterossexuais, a questão do nosso leitor prende-se precisamente com a sua sogra e forma de lidar com a sua presença:

 

Leitor - Olá. Falo do Rio de Janeiro, Brasil. Sempre leio seu blog porque acho interessante e ponderado. Estou casado com "meu lindo" há 4 anos. Temos uma boa relação familiar e nenhum conflito com nossas famílias por sermos gays. Ao contrário, minha sogra é permanetemente presente. Isso às vezes tangencia perigosamente a fronteira da intromissão dela em nosso relacionamento. Sempre que é preciso eu me posiciono de forma a afastar a excessiva interferência. Mas, ela sempre encontra espaço entre nós por ser ela cativante, simpática, honesta, consumista, disposta a passeios, um amor. Eu a tenho como uma mãe querida, com quem, às vezes, duramente, sou rebelde e grosseiro. E quando percebo é tarde, já disse algo cruel que se amplia pela crueldade mesma da mensagem e pelo drama que ela acrescenta. Como lidar rotineiramente com essa pessoa maravilhosa tão presente e tão espaçosa. É minha indagação. Um abraço. Parabéns pelo blog.

 

O PSI RESPONDE - Parece-me que a indagação da sogra é comum em qualquer casal, seja hetero seja gay. Já tentaram conversar com ela e mostrar-lhe que está a ocupar demasiado lugar? Já o fizeram de forma directa? Parece-me que a pessoa mais indicada para fazer isso será o filho, que é o unico que apesar de correr o risco de ser mal interpretado, não sofrerá represálias por parte da mãe. Se for o senhor a fazer, os riscos são aumentados.

De qualquer forma, em primeiro lugar vocês devem chegar a um consenso na forma de actuar com a senhora e depois o filho tomar uma posição em conversa com a mãe.

Obrigado e espero ter dado alguma dica.

 

*************************************

 

Nunca é demais dizer que o PSIcólogo do blog, que não é o autor deste blog, está disponível para responder às questões/dúvidas dos leitores, relacionadas com a (homo)sexualidade. Para isso basta escreverem um email para blogsergay@hotmail.com sendo a confidencialidade garantida.

 

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sinto-me: a ver cinema!
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Sexta-feira, 29 de Agosto de 2008

O PSI RESPONDE VI - Casado e gay

 

 

É o drama de muitos homens, que por um motivo ou outro não conseguiram assumir a sua homossexualidade ou apenas se deram conta desta depois do seu casamento... É fácil adivinhar que a revelação da homossexualidade ou a sua repressão podem tornar-se um verdadeiro drama para o homem, e indirectamente para a sua esposa e filhos (quando existem). Chegou ao email (blogsergay@hotmail.com) do blog, dirigida ao nosso PSIcológo (que não sou eu) precisamente um drama vivido por um leitor do Brasil. Fica o testemunho e a resposta do PSI. Mandem as vossas dúvidas/questões para o nosso PSI que ele prontamente vos responderá.O anonimato é garantido.

 

PERGUNTA:

 

Oi, estou passando por uma situação complicada, e gostaria de, alem de receber uma opinião, desabafar...

Tenho 27 anos, e desde de criança tinha atração por outros garotos, voz e jeito afeminado e etc., e quando fui crescendo isso me incomodou muito por que percebi que não era como os outros, fui motivo de zombaria e coisa e tal. Então eu queria ser o que eu achava ser normal, me policiava em falar com voz firme, elogiar as garotas, aprendi a jogar futebol, e fui crescendo ate me torna um adolescente triste por que todos achavam que era o garanhão, que pegava todas, o melhor amigo de todos, mas não estava bem, então entrei em crise e acabei entrando para uma igreja evangélica para Deus me curar, e esse desejo de aceitação era tão grande que acabei me relacionado com uma amiga e casei com ela aos 22 anos, e nesse mesmo ano fui trabalhar em outra cidade, e por ficar sozinho fui me descobrindo, pensei em suicídio algumas vezes, mas era um fato que não poderia mudar, eu era gay, por mais que eu lutasse contra isso.

Eu morava numa republica com outros funcionários, conheci um rapaz, me apaixonei por ele, (...), acabamos tendo um relacionamento que já dura um ano. 

Meu casamento começou a desmanchar, (...), estava decidido a terminar com o casamento quando comecei a namorar meu amigo, foi a primeira vez que fiquei apaixonado por alguém, mas ele não sentia o mesmo por mim, me enganou, mentiu, e por gostar, me submeti a situações constrangedoras, mas enfim ... depois de 3 meses juntos meio tempo minha esposa viu que terminaríamos e engravidou.

 

(...)Hoje, meu filho nasceu tem 6 meses, contei a minha mulher que sou gay, ela diz que é coisa da minha cabeça, mas estou disposto a me separar de vez, só que fico muito triste pelo meu filho, fico tentado a negar minha vontade por ele, mas minha família vai ficar decepcionada comigo, meu relacionamento com meu namorado esta ruim porque não confio nele, ele não gosta de sexo, e eu estou descobrindo tudo agora, sei lá, estou confuso demais, choro muito, não tenho com quem conversar, quero terminar com ele mas tenho medo de ficar só . (...)    

 

 

O PSI RESPONDE:

 

 

 O teu caso é como muito que infelizmente tenho vindo a ajudar. Devido a toda uma sociedade castradora, assim como a uma familia algo moralista, existem pessoas que têm muitas dificuldades em aceitar-se como gay. No teu caso, levou mais tempo que outros. Mas parece-me que o mais importante é teres conseguido assumir para ti esse facto.
 
Parabens por isso. Pois meio caminho para ser feliz já foi percorrido. Mas os pormenores que conta, são apenas pormenores, que podem até dar alguma dor de cabeça, mas que devem ser tidos em conta. NO entanto, nenhum eles terá de ser definitivo nem coordenar as suas decisões. Se raciocinar um pouco: filho não é motivo para ninguem estar casado. Filho cresce e se houve amor na sua educação, ele vai fazer a vida dele e vocês a sua.  E fará uma vida saudável e aquilibrada. Quanto ao seu namorado não gostar de sexo, é um sinal de algo não estar bem. Talvez conversar (é sempre o primiro passo e a melhor forma de encontrar a solução) possa ajudar em algo, pelo menos a perceber a situação.

Penso que o assumir para a sociedade não é o mais importante. Mas sim assumir para aqueles que ama. E com o tempo e o amor que supostamente sentem por si, vão acabar por aceitá-lo. Lembre-se que você não teve de fazer enhum percurso para os amar a eles. Porque tem de esperar para eles o amarem como é? Não é um problema seu, mas da cabeça deles, que está formada pelas normas e regras sociais e familiares.
 
Espero que seja muito feliz. Porque a felicidade não está dependente do sexo de uma pessoa, mas da pessoa em si.
 

 

sinto-me: de fim de semana!!!
publicado por cristms às 20:43
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Domingo, 10 de Agosto de 2008

O PSI RESPONDE V - Próstata...

Na rubrica "O PSI responde",  feita  por quem escreve para o email blogsergay@hotmail.com com dúvidas/questões para colocar ao nosso PSI, traz-nos hoje uma dúvida de muitos homens...
 
Leitor- Tenho 55 anos, sou casado e tenho vontade de experimentar sexo anal (como passivo), esta vontade surge por causa da idade ?? ou já não tem importancia os tabús e o conservadorismo ?? e esta prática é saudável para a Próstata ??
Me oriente por favor .
 
O PSI RESPONDE:
Talvez essa vontade não seja pela idade, mas antes pela capacidade de ultrapassar os tabús e o conservadorismo com que foi educado. Se a práctica é saudável à próstata? É muito saudável, pois estimula-a e retarda o aparecimento da incontinência, assim como prolonga a manutenção da erecção.
Mas não se esqueça: deve ser feito pelo prazer que lhe oferece e não por razões médicas.
Parabéns pela coragem. Força!
 
 
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sinto-me: no final do fds!!!
publicado por cristms às 22:42
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Domingo, 20 de Julho de 2008

O PSI RESPONDE IV - Serei gay?

Tantos são os que têm esta dúvida... Publico hoje, na rubrica "O PSI RESPONDE" (que pretende precisamente tentar dar respostas a dúvidas de quem escreve ao "nosso" PSIcólogo de serviço através do email blogsergay@hotmail.com), o caso de um leitor que nos escreveu com dúvidas sobre a sua sexualidade.  Deixo-vos o excerto do email e a resposta do PSI:

 

Leitor -  Eu sou rapaz, tenho 24 anos e neste momento da minha vida começo a questionar a minha sexualidade. Sempre sofri de falta de confiança, tanto por uma educação rígida e controladora por parte do meu pai como pelo desconforto por não me sentir aceite por parte dos meus colegas de escola. Ao longo dos 13 até aos 16 anos fui chamado de gay, entre outras formas de me humilharem e me mostrarem que eu não era bem vindo junto deles(os meus colegas rapazes). Por esses constantes ataques a mim e à minha sexualidade eu sempre senti dúvidas se realmente seria ou não gay...Acrescido a isso, nunca fui abordado por raparigas que se interessassem por mim, salvo 1 rapariga, neste periodo de tempo, dos 13 aos 16 anos. Nunca namorei até aos 21 anos, apesar de me ter apaixonado por 4 raparigas dos 17 aos 21. Sempre fui rejeitado porque essas raparigas não se sentiam ataidas por mim à excepção de duas delas, a última delas foi minha namorada até há muito pouco tempo. À 2 meses, porque me sentia triste com a minha namorada, muito desiludido, senti uma atração irresistível de abrir um site de pornografia gay e eu gostei do que vi. Fiquei excitado... Ao longo desse tempo, não consigo resistir à tentação de consultar esse tipo de sites, porque esses começaram a excitar-me enquanto tanto o sexo com a minha parceira como pelo visionamento de sites de pornografia hetero deixaram de me excitar tanto ou da mesma forma...(...) eu continuei a sentir-me confuso com tudo isso e pelo meio iamos fazendo amor, a maioria das quais eu nao me sentia bem com o acto em si, porque já não sentia o mesmo desejo por ela nem com o seu corpo as suas formas femininas ao ponto de não conseguir ejacular...Devo dizer que ao longo destes 2 meses, esta dúvida me fez lembrar coisas que eu quando era adolescente, deveria ter 14/15 anos sentia mas nunca cheguei a definir esses sentimentos. Acho que posso dizer que sentia algo como se fosse errado ficar a olhar para rapazes mais velhos duma forma que eu nao sabia definir, mas que hoje acho que era atração...Tou muito confuso e espero que a sua resposta possa ser esclarecedora porque se por lado penso que posso ser gay porque actualmente sinto atração por homens e cada vez mais, por outro durante vários anos gostei e apaixonei-me por raparigas...não sei que passos tomar para desfazer esta imensa dúvida existencial.

 

O PSI RESPONDE:

A situação que está a viver é uma situação de terrivel angústia e sofrimento. Mas é importante saber que não está sozinho neste percurso. Exitem muitos jovens que vivem da mesma forma o "coming out" (o sair do armário), se disso se tratar. Cabe-lhe a si perceber na realidade o que está a acontecer. Parece-me que sempre se sentiu atraído e apaixonado por raparigas durante a adolescência; isto não faz de si um heterossexual, mas sim estará relacionado com a sua imaturidade afectiva que tinha naquela altura. Quando começa a amadurecer começa a sentir/entrar em conflitos internos sobre o que realmente gosta/atrai e parece-lhe estar a descobrir algo de novo em si. Mas se observar um pouco mais o seu passado e os seus sentimentos e afectos daquele tempo, poderá dar-se conta que talvez já era gay naquela altura. Mas muitos eram os factores que o impediam de viver a sua homossexualidade: desde a sociedade potencialmente castradora, à educação que parece ter tido, como sendo demasiado rígida e controladora, levando-o inclusivé a negar qualquer processo mental que se relacionasse com homossexualidade, pois teria mais um "problema/trabalho" a resolver com o seu pai; o meio socio-educacional que também na adolescência tem um enorme peso na forma de estar; e, não menos importante e como já referi toda uma imaturidade que não lhe permitia nunca sentir-se bem consigo se fosse contra todas as normas e regras que lhe eram impostas e ainda hoje fazem parte de si.
 
Tal como refere, por volta dos 14/15 anos já sentia "algo de errado ao olhar para os outros rapazes". Não me quer parecer que algo estivesse errado consigo, mas algo estava já definido em si. Parece-me também muito normal que não tenha prazer sexual com a sua namorada nem que as formas femininas o atraiam, pois não se trata de o objecto de prazer adequado para si, como bem sabe. Deve também pensar numa coisa que é de grande importância: você não escolheu ser homossexual, assim como o seu pai, a sua mãe ou todos os heterossexuais que conhece também não escolheram ser heterossexuais. O processo de identificação sexual que eles fizeram aquando do desenvolvimento levou-os a atrairem-se por pessoas do sexo oposto, enquanto que no seu desenvolvimento o seu processo de identificação sexual leva-o a sentir atração por pessoas do mesmo sexo. Sugiro e peço que não se sinta nunca nem permita que alguem se atreva a fazê-lo sentir-se culpado por ser quem é. NINGUÉM tem culpa de nada.
 
Aconselho-o a ser feliz com o que tem na vida e com o que é como ser humano/pessoa e a dar-se conta que a sua sexualidade não faz de si a pessoa que é, mas é apenas um pormenor que só a si diz respeito. Nunca, até aos dias de hoje, houve conhecimento de personalidades formadas a partir da sexualidade. Como lhe disse e volto a repetir, esta não passa de um pequeno pormenor da vida de cada um.
 

 

Todos os posts de O PSI RESPONDE podem ser lidos AQUI

sinto-me: a aprender!
publicado por cristms às 18:42
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Terça-feira, 1 de Julho de 2008

O PSI RESPONDE III - Assumir ou não assumir, eis a questão?

(...)Trabalho em contexto rural, e moro no centro de portugal, numa aldeia coesa constituída por parentes entre si. Provenho de uma família rural, alargada, simples, conservadora, e moralmente afecta ao catolicismo do qual, eu próprio, também fui fiel e membro activo durante muitos anos.

(...)Previsivelmente, posso dizer que o meu local de trabalho e colegas são extraordinariamente homofóbicos, bem como todo o contexto social em que vivo, e com a família próxima mantenho um relacionamento mais ou menos afectuoso, como é normal para quem nos viu nascer e crescer. Com os meus pais, o relacionamento é distante e, não raras vezes, conflituoso, não a um nível de agressão expressa, mas a um nível canceroso de silêncio e vazio relacional. 
A minha pergunta, Doutor, é bastante simples. No seu entender, assumirmo-nos «gay», como de facto sou, pode ser contraproducente? 

(...)Relembro a personagem interpretada pela actriz Julianne Moore (Laura Brown) no filme «As Horas», baseado no romance homónimo de Michael Cunningham. Laura Brown é uma mulher lésbica que vive o sonho americano dos anos 50, uma dona-de-casa casada com um ex-combatente, e mãe de dois miúdos (um dos quais ainda no seu ventre). Cansada da mentira mortífera que vive, o desespero leva-a a um quarto de hotel que aluga para se suicidar. No último momento, lendo "Mrs Dalloway", de Virginia Woolf, decide abortar o suicídio, levar a adiante a gravidez, e, depois, abandonar marido e filhos e casa para ela programados, e recomeçar uma vida nova - a vida - longe, no país vizinho, o Canadá. Anos mais tarde, regressa para o funeral do filho, prematuramente arrebatado pelo suicídio, e alguém lhe pergunta porque abandonou a família. Sem hesitações, mas sempre penosamente, afirma: "Eu escolhi a vida"..."Aquilo era a morte para mim".
Diga-me, Doutor, devo "escolher a vida", abandonando pessoas e lugares incapazes de me aceitar incondicionalmente, ou "viver a morte" junto deles?
(...)No passado, recorri a 2 psicoterapeutas, uma da área da Psicologia, e um outro da área da Psiquiatria, para me ajudarem a romper com o fosso entre "quem eu sou" e o "quem eu devia ser". Curioso facto foi que, em 3 anos de consultas, nunca foi abordada a minha homosexualidade e, pior, nos breves momentos em que a abordei por iniciativa própria, não deixei de ficar surpreendido com o desconforto daqueles profissionais de saúde mental. Mas não fiquei muito surpreendido pois, enquanto estudante de uma faculdade de Psicologia, (...), tive a oportunidade de assistir, na mesa do café, a interessantes e explícitas conversas homofóbicas entre estagiários e estagiárias psicólogos, alguns dos quais, responsáveis por consultas psicoterapeuticas a pessoas em luta com a sua sexualidade.
Por coerência filosófica, há muito que deixei de considerar a humanidade como espécie racional. Compreendo que o medo é o verdadeiro inimigo de quem é diferente, e não quem reage por ele. Mas, que ideia é esta de que somos todos iguais, de que gostamos todos do mesmo?

********************

 

O PSI Responde:

Parece-lhe que em qualquer que seja a sociedade portuguesa, seja de meio rural ou urbano, as reacções serão assim tão diferentes do que imagina no seu meio e na sua família? Um dos aspectos que mais valorizam as familias na questão de terem um filho gay é "o que os outros vão pensar e dizer". A minha experiência profissional neste campo permite-me dizer-lhe que tal acontece em qualquer tipo de sociedade portuguesa, seja qual for o extracto socio-económico. Isto porque nenhum pai/mãe está à espera de ter um filho gay. As diferentes formas de o aceitarem estão relacionadas com as experiências de vida familiar e social que os pais tiveram. Mas o medo e a dificuldade de aceitação é precisamente a mesma.

Tal como refere no filme «As Horas», cabe-lhe a si escolher a vida ou a morte para si.
Posso garantir-lhe que apesar de lhe parecer algo impossível e doloroso, será um processo menos doloroso do que imagina. Sentir-se-á mais feliz e melhor consigo próprio. Não senirá necessidade de "fugir" mas sim de se manter no meio em que vive.
Torna-se importante que reflicta no quão importante é para si a sua felicidade e bem estar. Assim com na segurança que tem de si mesmo e no orgulho que tem de ser o ser humano em que se tornou. Pergunto-lhe se a sua sexualidade o define como ser humano? Se a sua sexualidade lhe define o caracter, a forma de estar, a forma como se relaciona com os seus amigos? Não lhe parece que a sexualidade é apenas um pequeno pormenor da sua vida e que apenas a si e aqueles que na sua cama dormem diz respeito?
Segundo refere, parece-me também que o facto de encontrar alguém facilita o processo, pois há algo por quem lutar e enfrentar o mundo. De facto estar apaixonado/ter alguém ajuda, pelo apoio que sentimos na luta. Mas tenho observado ao longo dos anos que não é assim tão necessário quanto lhe possa parecer.
Sugiro que procure apoio especializado nesta problemática na sua área de residência. Tenho conhecimento da existência de psicólogos especialistas nesta problemática (...).
Lamentavelmente os psicoterapeutas que frequentou ou não eram especialistas ou não tinham conhecimentos ou de alguma forma (permita-me o atrevimento) mexeu com a sexualidade deles. felizmente não somos todos assim.
Para finalizar, não me parece que seja necessário viver a morte junto deles, mas sim que é muito possível escolher a vida junto deles. Pois quem o ama, ama a pessoa que há em si e não ao seu sexo.

 

 

Não é demais lembrar que esta rubrica surgiu para responder a questões (como as que estão neste post) enviadas para o email blogsergay@hotmail.com para serem respondidas pelo nosso PSI (psicólogo vasta experiência em sexologia e homossexualidade). O anonimato dos autores das perguntas é sempre mantida e o que é apresentado no blog é, ou poderá ser apenas um excerto da pergunta e/ou resposta, embora seja enviada a resposta na íntegra para o autor das perguntas.

 

 

Para ver todos os posts da rubrica O PSI RESPONDE clique AQUI

 

sinto-me: Pensativo!
publicado por cristms às 00:06
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Terça-feira, 17 de Junho de 2008

O PSI RESPONDE II - Activo/Passivo, eis a questão!

Como prometido, a nova rubrica do blog "O PSI RESPONDE" tem hoje a sua primeira edição, já com respostas a alguns leitores que enviaram um email para o blogsergay@hotmail.com com as suas questões. O PSI, é, como já disse, um psicólogo com vasta experiência em sexologia e homossexualidade, podendo ser uma oportunidade de quem tem alguma questão relacionada com o tema de a ver respondida. As respostas são enviadas por email e caso achemos interessante, publicamos aqui excertos do email mantendo SEMPRE o anonimato dos autores. Posto isto, cá vão as perguntas/respostas do primeiro "O PSI RESPONDE":

 

P-  (...)vivemos juntos há seis meses .(..) Ele diz-se exclusivamente activo, diz que já experimentou uma vez a sodomia mas não gostou, e por isso estamos numa relação activo/passivo que, a mim, não me satisfaz, porque acho que não deve existir limites na sexualidade de um casal. Cada vez que a minha mão se aproxima do seu anus, ofende-se logo, dizendo que esta zona é "privada". Eu não consigo perceber isso, até porque se ele gosta de me sodomisar, deveria aceitar o recíproco, por amor/respeito/etc... 

 

PSI - Quanto aos papeis sexuais, sabe-se que cada ser humano tem o seu papel sexual definido. No caso dos homossexuais, temos os exclusivamente activos, assim como os passivos, os versáteis (sendo que podem ser mais activos ou mais passivos, ainda que versáteis) e os totalmente versáteis (em que não se define qual dos papeis preferem, mas ambos por igual). Parece que na vossa relação há um versátil e um activo puro. O sexo no homens não é igual ao das mulheres. No homossexuais também o não é. Por amor/respeito/etc não me parece que se passe a desempenhar determinado papel sexual, a não ser que o mesmo dê prazer. Pois no sexo tudo o que se faz, traduz-se no prazer que dá. Não pretendamos que alguém que não gosta de algo o passe a fazer apenas por amor, sem sentir qualquer tipo de prazer. Pretende-se e pensa-se que o sexo faz-se para nos proporcionar prazer.

 


P - Ele brinca de vez em quando dizendo que não é gay; mesmo sendo na brincadeira, porque ele É gay, acho que isto mostra o real problema: ele não assume por inteiro a sua identidade sexual e, por isso, acho eu, tem este bloqueio.

 

PSI - No que diz respeito à identidade sexual dele, seria importante questionar-se se essa brincadeira que ele faz, a faz em público, se ele é um gay assumido (pois o assumido faz este tipo de brincadeiras com muita segurança), se ele demonstra prazer quando faz sexo consigo, se ele é feliz e se sente bem na relação a dois.

 

P -Não sei qual atitude tenho de tomar, porque a frustração não pára de aumentar. Claro que isso não vai fazer que o deixe, porque amo-o, mas também não consigo continuar assim (...)

 

PSI - Aconselho que continue a brincar/acariciar com o anús dele, informando-o que não pretende nada, mas apenas acariciá-lo, pergunte-lhe se não sente prazer nas caricias, reforçando sempre a ideia de não pretender mais que acariciá-lo. Como já referi anteriormente, esta frustação tem tendência a aumentar. Existem algumas sugestões que se poderiam colocar para poder atenuar esta situação.

 

 

sinto-me: atento!!!
publicado por cristms às 22:57
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Quinta-feira, 12 de Junho de 2008

O PSI RESPONDE I - Ponto zero.

Pois é, este é o lançamento oficial de uma nova rubrica do blog, em que teremos um amigo psicólogo, com vasta experiência em sexologia e homossexualidade, e que nos trará respostas e temas que sejam interessantes para quem lê o blog. O objectivo é a rubrica ser o mais interactiva e esclarecedora possível. Para isso contamos com as vossas perguntas, que deverão endereçar para o email do blog blogsergay@hotmail.com, às quais tentaremos responder, se não a todas a uma grande maioria. A identidade dos autores das perguntas será sempre ocultada.

 

Venham daí essas perguntas!!!

 

:))

sinto-me: cinco estrelas!
publicado por cristms às 19:43
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