É verdade, para os mais cépticos relativamente a relacionamentos gay e a sua durabilidade, nós somos a prova de que é possível haver relacionamentos estáveis e longos mesmo sendo um casal gay. Foi há oito anos que conheci o lindo... Nasceu, naquela noite, um sentimento que viria a transformar-se num Amor que eu não imaginava poder ser possível. A paixão já se foi é certo, une-nos agora uma sentimento maior, o Amor, maduro, cúmplice e uma amizade única. Qual o segredo? Nenhum... Respeitar-mo-nos um ao outro, aceitarmo-nos como somos, e ter projectos em conjunto, ajudam e muito a que gostemos de estar um com o outro. Hoje não houve lugar a comemoração, fomos fazer umas compras, coisa que o lindo queria há muito fazer... Se bem que o início deste dia, às 0 horas, estávamos no Arraial Pride, onde havia muita gente (e anunciava-se já ontem como o arraial mais concorrido de sempre em Portugal) e onde estivemos algum tempo. Não muito, pois a animação não era muito ao nosso gosto, ou melhor, quase não dei pela animação em palco! Mas pronto, muitas barraquinhas com quase todos os bares gay de Portugal representados, bem como muitas associações e (novidade) algumas empresas, nomeadamente a Lufthansa e outras companhias aéreas. E pronto,começou assim e há-de acabar com o lindo a chegar do trabalho, mais tarde... É a vida!
Parabéns a nós!
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Há muito que vimos falando do tema e sempre dissemos que queríamos uma festa diferente! Ponto assente: Não vai ser numa Quinta! Temos algumas ideias, mas pensamos que o melhor mesmo é entregar a organização a uma empresa...
Aceitam-se sugestões, principalmente de pessoas dinâmicas, com originalidade e com vontade de fazer algo especial!
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A pergunta que fica, depois do veto, é se o anúncio foi vetado por ser demasiado gay, demasiado zoófilo ou demasiado estúpido... Aceitam-se palpites!
Realizou-se ontem, em Lisboa, a 11ª Marcha do Orgulho Gay, a mais participada de sempre, com mais de 5000 pessoas. Este facto, suponho que não está alheio aos recentes avanços relativamente ao casamento gay. Mais uma vez não fui, estive fora de Lisboa, mas quero estar no próximo dia 26 no arraial pride, no Terreiro do Paço, em Lisboa.
Fica a notícia retirada do DN Online:
E uma marcha saiu do armário. Assim se poderia traduzir a 11ª Marcha do Orgulho LGBT, ontem, sábado, em Lisboa, que conseguiu mobilizar mais de cinco mil pessoas. Se o recente casamento gay se festejou, a parentalidade foi uma das exigências que mais se fizeram ouvir.
Quando a marcha LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros) parou por breves minutos junto à Igreja de São Roque, no Largo Trindade Coelho, no Bairro Alto (Lisboa), ontem, sábado, pelas 17.30 horas, já as autoridades tinham uma certeza maior que os organizadores do próprio evento: mais de cinco mil pessoas estavam nas ruas contra a vergonha e pelos direitos da diversidade sexual.
Muitas delas estrangeiras que, por relações afectivas ou em passagem por Lisboa, se associaram à marcha criada em 2000, como Wolfang Kraus.
“Os portugueses estão de parabéns, porque não só conseguiram o casamento gay, mas também porque têm uma marcha muito mais organizada e calma”, referiu. Porquê mais calma? “É que na Alemanha é tudo festivaleiro e perdeu-se a ideia da luta pelos direitos. Aqui não”, respondeu aquele psicoterapeuta alemão, de 45 anos, acompanhado pelo namorado português.
Para perceber a importância de números basta regressar à edição de 2008, quando – segundo a PSP – menos de 300 pessoas deram a cara na Baixa Chiado. Mas se o casamento gay não deixou de ser motivo dos sorrisos estampados na cara de muita gente, a verdade é que foram mais as reivindicações ao poder político – e este esteve lá, pelo menos PS, PCP e BE –, do que mensagens de agradecimento.
“Pelo casamento mas também pelo orgulho inerente a este evento, é claro que se trata de um momento de festejos. Só que não podemos esquecer que é premente a resolução de questões como a parentalidade, e aí falamos da adopção e da PMA (procriação medicamente assistida), ou de legislação para as pessoas transgénero”, disse, ao JN, Salomé Coelho, dirigente da União de Mulheres Alternativa e Resposta, um dos 18 colectivos organizadores da marcha, em que pela primeira vez participaram polícias homossexuais.
Uma semana após agressões de gays, no local de partida da marcha, no Príncipe Real, incidentes ontem não houve. Só mesmo a voz dissonante de uma utente da Carris, na Praça da Figueira: “raios partam esta ‘gaitagem’ que me atrasa o autocarro”. A resposta chegou, já em pleno Martim Moniz, pela voz de Daniel Cardoso, do colectivo Poliamor, debitada de uma carrinha de caixa aberta: “amor não empata amor”.
Esta nova rubrica a que dei o nome original de "O CASAMENTO DOS LINDOS" será a rubrica onde irei postando sobre tudo o que estiver relacionado com o nosso casamento, que há-de - se tudo correr como o previsto - se realizar no próximo ano.
Já informei a minha mãe... Que obviamente falou como meu pai... No fim de semana passado foi a vez do meu irmão que ao dizer-lhe ficou calado... Passado alguns segundos disse "Eu já tinha dito à mãe, que quem te conhece sabia que tu irias querer casar!". Não foi portanto para ele grande novidade, nem tão pouco para a minha cunhada que entre sorrisos tentava perceber se iria ser uma cerimónia normal ou se algum de nós ia vestido de noiva!!! Ehehehe! Isto porque - para quem não viu - o Correio da Manhã fez um artigo sobre um casal gay que irá casar e na foto aparece um vestido de noivo e outro de noiva (quem tiver coragem pode ler AQUI), e o meu irmão leu (e não sei se mostrou à minha cunhada), e portanto ficaram com uma expressão de alívio quando esclarecemos que obviamente iremos vestidos de homem e muito giros! Ehehehe!
Depois disto, hoje, em conversa com uma tia minha do lado da minha mãe no msn, ela dizia-me que a minha mãe já tinha falado com ela sobre o nosso casamento, mostrando-se preocupada principalmente com o facto de o meu pai não querer saber da festa. Também lhe disse que tinha receio que aparecessem fotógrafos e televisões... Enfim, muitos filmes na cabeça!
E pronto, na verdade tem sido bastante pacífico e natural até ao momento...
A saga continua!
:)
Foi noticiado ontem pelo DN que apenas 3 casais (2 de lésbicas e um de gays) casaram na primeira semana desde que em Portugal é possível fazê-lo. O "apenas" é de facto irrelevante, bem como o número de casais que irão optar por fazê-lo no futuro. Importante mesmo é que quem o queira fazer, o possa fazer!
Toda a notícia em http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1593423
Hoje, sem mais nem menos, puxei o assunto com a minha mãe, quando falava com ela no msn. Sinal dos tempos, em que para além do assunto ter que se tratado pessoalmente e quase com um ritual de pedido de benção para casar, foi mesmo através do msn que falei sobre a possibilidade cada vez mais real de para o ano o seu filhote se casar. Não é algo que a tenha surpreendido, pois obviamente, sendo ela uma mulher inteligente e conhecendo-me, sabia que mais tarde ou mais cedo iriamos falar e fazer isso. Transcrevo a conversa que tive com ela há pouco tempo atrás...
Não sendo a reacção ideal, é uma reacção que me enche de orgulho... :) E espero que sirva para muitos não abandonarem o sonho de um dia lhes acontecer o mesmo, caso seja essa a vossa vontade!
EU says (22:15):
é muito provável que para o ano
haja casório
vão-se preparando psicologicamente
MÃE says (22:18):
eu vou tentar embora nesse dia possa nao ser fácil não e por mal mas vou tentar melhorar até lá
EU says (22:18):
vais ver que nao vai custar nada
MÃE says (22:18):
o pai diz que nem lhe falem nisso que façam se ele saber
EU says (22:19):
terá que ser uma festa bem bonita
EU says (22:20):
pronto, só estou a falar no assunto, mesmo que ainda nao esteja decidido, para voces não serem apanhados de surpresa
MÃE says (22:20):
já tinha sondado o pai e ele disse-me isso
EU says (22:21):
o pai ja deu provas que com tempo e paciencia vai lá
MÃE says (22:21):
eu compreendo a vossa situaçao vai melhorar bastante desde que se entendam bem
MÃE says (22:22):
vamos com calma e logo se ve
EU says (22:22):
nao vai mudar grande coisa
nos estamos bem como estamos
EU says (22:23):
mas queremos fazer uma festa para juntar quem nos é querido
para celebrar!
tambem temos direito!
MÃE says (22:23):
claro que sim
EU says (22:24):
enfim
ainda falta mto
mas nos ja comecamos a pensar nisso
EU says (22:25):
e obviamente que gostavamos mto de ter o vosso apoio
MÃE says (22:26):
com o meu podem contar mas sabes que se o pai nao mudar de ideias o que me parece dificil e muito chato para todos
EU says (22:27):
isso é algo que ele tem que resolver na cabeça dele
e eu acho que vai conseguir
MÃE says (22:27):
vamos devagarinho
EU says (22:27):
sim
sem pressas
Depois do fim do teatro (desta temporada), eis que passados quase oito meses temos os primeiro fim de semana prolongado de férias! Estava mesmo a precisar, mas o lindo ainda precisava mais que eu! Fomos pela primeira vez à praia, na Fonte da Telha, e levamos também pela primeira vez a nossa Tita que, agora com mais de dois anos, já se porta (quase sempre) bem! Fica o registo dela na praia! Já agora, não sei quem controla isto, mas será muito pedir uns dias sem vento, tipo o próximo fim de semana?! hein? É pedir muito? Ok, menos vento mas com Sol! :))