A saga do Instituto Português do Sangue e proibição explícita e assumida de dadores homossexuais conta com um novo episódio, desta feita protagonizado pelo próprio Presidente desse Intituto em entrevista ao Jornal I. Não transcrevo toda a entrevista, que podem ler AQUI, mas vou citar algumas afirmações do senhor:
"Por isso, fico estarrecido com afirmações de líderes de movimentos activistas que vêm dizer que vão passar a esconder o facto de serem homossexuais. E ninguém se revolta? Isto é deliberadamente querer introduzir no circuito sangue contaminado. Ética, moral e criminalmente pode ser processado."
"Quando uma pessoa se apresenta assumidamente como homossexual e quer dar sangue, eu interpreto como uma provocação. Quem quer vir dar sangue não vem com esta atitude."
Relativamente à alteração em 2006,
"O que fez foi retirar a palavra homossexual e substituir por comportamento de risco. Politicamente correcto. Na prática, manteve-se o mesmo."
À pergunta: "Um casal homossexual com uma relação estável e sem outros parceiros tem mais risco que um casal heterossexual na mesma condição?" responde:
Essa é uma pergunta difícil. A verdade é que não temos ainda, apesar das tentativas, um questionário que nos permita fazer a divisão. O comportamento de risco é analisado e avaliado, não sabemos qual é o resultado. Pode ser aceite ou não ser. Se a pessoa diz que não teve outro parceiro e o parceiro também garante que não teve outro, a decisão pode ser a de aceitar. Mas a experiência também nos diz que relações que em princípio eram totalmente monogâmicas não são tão monogâmicas assim.
Alguém consegue entender isto?
Conclusão: O MEU SANGUE ESTÁ CONTAMINADO!!!!
Medooooo!!!!