O vencedor do concurso organizado na Noruega, vive em Barcelona, tem 26 anos e é licenciado em Psicologia.
O novo Mister Gay Europa foi eleito no concurso realizado em Oslo, Noruega, e chama-se Sergio Lara. Nasceu em Valência e vive em Barcelona, tem 26 anos e é licenciado em Psicologia. Trabalha para uma ONG (organização não governamental) orientada para a comunidade gay, onde alerta os jovens para os riscos das doenças sexualmente transmitidas. O espanhol vencedor do concurso irá por certo aproveitar esta experiência quando realizar as campanhas de consciencialização a que o vencedor tem de atender, onde irá contactar com jovens e discursar acerca dos perigos do HIV, da sífilis e da hepatite.
Para convencer o júri, Lara trajou de fato de banho, casualmente, a tocar guitarra e ainda vestido de viking. Num concurso orientado para a diversidade estética, é a segunda vez que um espanhol vence o certame. Lara será agora a nova imagem da luta contra a homofobia e agradece a oportunidade. "São precisas novas abordagens à educação sexual dos jovens e para melhorarmos a saúde das novas gerações" afirma. "Necessitam de educação de prevenção e de aconselhamento. Muitos são marginalizados e acabam na prostituição, é preciso acabar com isto."
Sergio Lara é um apaixonado por futebol, gosta de Elton John, de perfumes e diz que também tem altos e baixos como qualquer pessoa normal. Conta que se revelou à família depois de uma relação mal sucedida. "Saí do armário depois de uma má relação. Cheguei triste a casa e contei que estava apaixonado por um rapaz, mas que não era correspondido. Fui tudo muito natural."
Questionado sobre o modelo de beleza da comunidade gay, Sergio Lara responde: "Não é generalizado. Basta ver pelo vencedor do Mr. Gay World do ano passado. Não era muito bonito e até era bem gordinho. Aqui procura-se alguém que dê a cara, que represente a comunidade gay contra a homofobia." Sergio Lara destaca a imagem genérica atribuída à comunidade gay nos anos 80, onde a depilação era vista como obrigatória e os músculos definidos essenciais. "Criou-se essa imagem estereotipada dos homossexuais, e talvez por isso, procuremos alternativas", diz. No entanto, essa é uma imagem que Sergio Lara cultiva. "Sim, vou ao ginásio cinco vezes por semana e tenho uma alimentação equilibrada, mas apenas porque sou diabético." Sergio Lara espera agora puder contribuir para, segundo o próprio, "quebrar barreiras e ajudar a comunidade gay de todo o mundo.