A propósito de um livro que leio agora, e que numa outra oportunidade falarei mas aprofundadamente, li uma tese interessante e sobre a qual nunca tinha pensado... A quem será mais complicado saber sobre a homossexualidade dos seus filhos, aos pais de um gay ou aos pais de uma lésbica? Dirão muitos que o choque, ou impacto, será o mesmo, mas pelos vistos as coisas não são bem assim...
Diz no livro, que os pais de uma lésbica têm mais dificuldade em reintegrar-se no seio familiar... Ora e isto porquê? Porque, como sabemos, a ideia concebida desde novos pela sociedade é ver na mulher como uma pessoa que irá casar, ter filhos e saberá cuidar do lar deixando para segundo plano a carreira profissional... Já dos homens, a sociedade em geral espera que venha a ser um bom chefe familiar, que prospere na carreira familiar e consiga dar estabilidade economica ao lar...
A partir do momento em que a filha ou o filho assumem a sua homossexualidade, é fácil deduzir que todas estas ideias pré concebidas deixam de fazer sentido deixando os pais confusos, desiludidos e muitas vezes com um sentimento de culpa. Mas analisando mais ao promenor, na realidade (e segundo o livro) quando um homem se assume como gay, embora os pais abandonem o sonho de vir um dia a ter netos, na verdade poderá mesmo assim, através de um suposto sucesso profissional, uma posição de destaque, colmatar a perca e amenizar mais as emoções... Já no caso das mulheres, tudo aquilo que os pais esperavam da família passa a ser uma miragem, aumentando o sentimento de revolta e repúdio dos pais para com a sua filha. Este sentimento é ainda mais forte do lado do pai, que julga que a sua filha está indirectamente a abdicar da sua figura (como marido) levando-o a pensar que está ele próprio a ser posto de lado...
Acho não ser preciso dizer que isto foi estudado para a generalidade dos casos, vindo as excepções (que esperemos venham a ser o caso geral) confirmar esta regra...
:)
De Anónimo a 1 de Agosto de 2005 às 03:54
Bem eu a verdade éq ue não percebo muito bem disso... Mas já passei pelo trauma de assumir-me perate os meus pais, aliás mãe que o meu pai nunca viveu comigo. 1ª vez... Era dia, quase a uma da tarde ela estava a engomar e eu: mãe queria contar-te uma coisa... (a meio me arrependi, mas não havia volta atrás). Ela: o que foi filho?, eu: mãe tipo... Eu sou gay (di mais luta, fiquei muito nervoso mas ao final conteilhe). Resultado ela pensou que eu estava brincar não ligou, portanto dizer ou não dizer foi a mesma coisa. Mas em Janeiro, finais, ou principios de Fevereiro.. Sei que o bar formula 2000 em faro, um bar gay, tinha acabado de inaugurar, foi num sábado. No final conteilhe tudo... Foi dificil ela afinal compreendeu que o era, passamos uns dias dificeis, ela chorava eu chorava porque ela chorava... Um mar de lágrimas... Foram alturas dificeis, mas um dia ela disse-me que: "Se algum dia um homem te fizer mal sempre terei as portas abertas". Portanto ela poderia não gostar da ideia, dava-lhe alguma tristeza, mas ela continuava a querer-me ao seu lado como filho, com a sexualidade que tivesse. Portanto a minha experiência a contar o que era foi no mínimo curiosa, mas fiz o que devia de ter feito naquela altura. parabens pelo blog, gostei adorei, voltarei ;) abraçoHenag
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De ZECA a 16 de Agosto de 2012 às 14:03
GANDA PANELEIRÃO....!!!
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