É incontornável o assunto que anda de boca em boca, e tão amplamente comentado e divulgado aqui na internet... A suposta homossexualidade de José Sócrates tem dado azo às mais diversas reacções... Noto hoje, que tanto comentadores como a comunicação social começam agora a abordar abertamente e sem rodeios aquilo que é hoje uma realidade, ou seja, o boato sobre suposta homossexualidade... Acho, e reforço a ideia, que ultimamente Portugal tem tido alguns pretextos, bons ou maus, para se falar mais abertamente sobre a homossexualidade... Inclusivé, ontem, num noticiário, vi uma peixeira dizer ao Francisco Louçã "O que é que tem o Pedro Santana Lopes contra os homossexuais??! Ele que fale do que importa e deixe quem não faz mal a ninguem...". Pode parecer ridiculo esta alusao a este comentário, mas achei-o bastante interessante, vindo de quem veio e mostra, quanto a mim, que o assunto começa aos poucos a ser tratado com naturalidade... Mas bem, este artigo é para falar de outra coisa... Dos comentários que vão aparecendo neste e noutros blogs acerca dos homossexuais, refere-se repetidamente que nós, gays, sofremos de uma histeria colectiva, querendo e procurando encontrar um gay em cada esquina... Não acho de todo que estes comentários sejam desprovidos de sentido... Eu próprio, por vezes, caio na tentação de apontar e tecer comentários acerca de terceiros, apontando-os (no bom sentido claro!) como sendo gays... E porquê esta tentação? Eu só acho uma explicação, querermos ser cada vez mais, para sermos cada vez mais vulgares, e podermos ser cada vez mais nós mesmos... É óbvio que o facto de José Sócrates ser ou não gay não irá ser preponderante na sua actuação como Primeiro Ministro, mas acredito, que como eu, muitos gays, assumidos e não assumidos, olham para ele como uma esperança em poder mostrar ao país que a orientação sexual de cada um é o que menos interessa, e que o valor das pessoas nada tem ver com isso...