Ao ler este artigo no Público sobre o "The Pansy Project" lembrei-me inevitavelmente de outro projecto, este português, e criado por alguém que respeito muito, o Sinal de Alarme (que o José recomeçou este ano)... Ambos falam de Amor e ambos usam as flores como veículo para dar e espalhar Amor.
Por partes, o The Pansy Project foi criado por Paul Harfleet em 2005, e a ideia surgiu na sequência de ele e o seu companheiro terem no mesmo dia sido três vezes vítimas de homofobia. O Paul lembrou-se então de plantar um amor perfeito - ["perfeito" para os seus objectivos: "pansy" é, em calão inglês, um homem efeminado] - em cada local onde alguém tenha sido vítima de homofobia, por actos verbais ou físicos. Poderão ler todos os pormenores deste projecto no link acima. E assim como aderi ao Sinal de Alarme fiquei com uma vontade enorme de ir plantar um amor perfeito ao único local em Lisboa onde fui e me senti vítima de discriminação: no IPS (Instituto Português do Sangue). Foi aqui que me foi negada a possibilidade de dar sangue a pretexto de uma operação da minha mãe, por causa da minha orientação sexual. E acho que vou fazê-lo mesmo, seguindo as instruções do autor do projecto (que podem ler aqui). Penso aliás que não devo ter sido o único e portanto se alguém se quiser juntar a mim, teria todo o gosto em combinar uma ida ao IPS plantar um amor perfeito para sinalizar o local onde se pratica a homofobia de forma deliberada e consentida.