Tive ontem a oportunidade de ver "The Help", ou em português "As serviçais" num dos poucos cinemas em que ele está disponível (devia ter qualidade a mais para não passar na Lusomundo), e vim maravilhado. Pelas história, ou a forma como ela é a apresentada; Pelas interpretações fantásticas desde os actores principais aos mais secundários e pela forma como me tocou. Vermos um filme que fala de racismo, e de como é sofrer na pele as atrocidades de outros seres humanos que se julgam superiores é qualquer coisa que me deixa indisposto e enraivecido. Ontem não pude deixar de pensar que aquilo que estava a ver retratado num filme é (ainda) provavelmente (talvez de formas mais subtis) o dia a dia de pessoas que vivem neste planeta... E é arrepiante pensar isso! Incito todos os que possam e queiram, a ver este filme que ao que parece promete ser um forte candidato aos óscares... Depois nãoo digam que não avisei! :)) Fica o trailer para abrir o apetite!
Partilho hoje uma curta metragem que o leitor Belzebu partilhou aqui no blog e que depois de visionar o filme, não pude deixar de partilhar. A curta chama-se "Eu não quero voltar sozinho" e conta a história de vida de Leonardo, um adolescente cego, que muda completamente com a chegada de um novo aluno à sua escola. Ao mesmo tempo, tem que lidar com os ciúmes da amiga Giovana e entender os sentimentos despertados pelo novo amigo Gabriel.
Fica a partilha e espero que gostem.
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Aconselho vivamente este filme... Fomos vê-lo hoje (cinema, teatro e livros não têm abundado por estes lados, por falta de tempo!!!), a um dos dois sítios onde se encontra em exibição na zona de Lisboa: El Corte Inglês e Centro Comercial Fonte Nova. Um filme italiano, que conta a história de uma família típica, abastada, com negócio de família, e em que os dois descendentes machos não são bem aquilo que o pai (e mãe) esperavam deles. Com grandes momentos de humor e momentos tocantes, penso ser um filme que não se vão arrepender de ir ver!
Partilho o trailler... :)
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Quem "me lê" sabe que por vezes critico de forma positiva ou menos positiva os filmes que vou vendo. Desta vez fomos levados, pela publicidade na televisão e também pela mensagem de António Feio, ao cinema para ver o filme "CONTRALUZ", gravado nos EUA, com um misto de actores portugueses e americanos, realizado por Fernando Fragata. Lá fui mais uma vez, com uma moderada expectativa, para não voltar a desiludir-me... Mesmo assim não me valeu de muito.
Não sou dos que diz mal do cinema português apenas por dizer, mas também não é por ser português que me leva a dizer bem. Vou apenas partilhar o que senti ao ver o filme: não senti nada! É triste mas é verdade... É verdade que é um filme com muito boa fotografia, com boa imagem, gostei da banda sonora, mas desde os actores ao argumento... Sinceramente não percebi como é que as pessoas (e vi muitas críticas nesse sentido) conseguiram apreender alguma mensagem daquele filme. Até poderia ser um bom filme, mas a forma como foi escrito é hilariante. Há de facto cenas hilariantes próprias de filmes de paródia (relembro-me da cena do telemóvel a ser lançado no prédio, as anedotas despropositadas, o rapaz preso com algemas, os enlaces finais, etc etc etc). Aceitaria muito melhor como uma comédia do que como o filme que supostamente passa uma lição de vida... Vão ver, pois vale sempre a pena ir ao cinema, e depois digam-me a vossa opinião!
;)
Os oscares deste ano, que se realizarão no próximo dia 7 de Março, terão poucos filmes nomeados que abordam a temática gay. Mesmo assim estão na corrida:
- O filme "A Single Man" (Um Homem Solteiro) alvo das atenções depois de aclamado pelo público no Festival de Veneza. Foi indicado ao Globo de Ouro e agora recebeu a indicação na categoria Melhor Filme para o Oscar. A direcção é do estilista gay Tom Ford que, pela primeira vez, conduziu um filme. "A Single Man" conta a história de um professor de Los Angeles que perde o namorado em um acidente de trânsito;
- Colin Firth, que concorre a melhor actor interpretando um gay em “A Single Man”.
Fica também a lista (de alguns) dos restantes nomeados deste ano:
Melhor filme
"Avatar", de James Cameron
"O lado cego", de John Lee Hancock
"Distrito 9", de Neill Blomkamp
"Uma educação", de Lone Scherfig
"Guerra ao terror", de Kathryn Bigleow
"Bastardos inglórios", de Quentin Tarantino
"Preciosa", de Lee Daniels
"Um homem sério", de Ethan e Joel Coen
"Up – Altas aventuras", de Pete Docter e Bob Peterson
"Amor sem escalas", de Jason Reitman
Melhor ator
Jeff Bridges, “Crazy heart”
George Clooney, “Amor sem escalas”
Colin Firth, “A single man”
Morgan Freeman, “Invictus”
Jeremy Renner, “Guerra ao terror”
Melhor actor secundário
Matt Damon, “Invictus”
Woody Harrelson, “The messenger”
Christopher Plummer, “The last station”
Stanley Tucci, “Um olhar do paraíso”
Christoph Waltz, “Bastardos inglórios”
Melhor actriz
Sandra Bullock, “O lado cego”
Helen Mirren, “The last station”
Carey Mulligan, “Uma educação”
Gabourey Sidibe, “Preciosa”
Meryl Streep, “Julie & Julia"
Melhor actriz secundária
Penélope Cruz, “Nine”
Vera Farmiga, “Amor sem escalas”
Maggie Myllenhaal, “Crazy heart”
Anna Kendrick, “Amor sem escalas”
Mo’Nique, “Preciosa”
Melhor animação
“Coraline”
“O fantástico Sr. Raposo”
“A princesa e o sapo”
“O segredo de Kells”
“Up – Altas aventuras”
'Morrer como um Homem', a terceira longa-metragem do realizador português João Pedro Rodrigues, venceu recentemente o Prémio de Melhor Filme no Festival Gay e Lésbico 'Mezipatra', na República Checa.
O filme faz o retrato realista, sensível e até provocador de um travesti que se debate com um dilema interior: submeter-se a uma cirurgia e transformar-se, definitivamente, na mulher que veste todas as noites e quer ser todos os dias ou permanecer o homem que nasceu e morrer assim, segundo os desígnios de Deus?
'Morrer como um Homem' segue o trajecto de Tonia, personagem livremente inspirada na falecida Ruth Bryden e interpretada pelo actor estreante Fernando Santos, transformista de profissão, que comove no realismo e crueza da sua drag queen.
O filme teve honras de abertura do Queer Lisboa, Festival de Cinema Gay e Lésbico, em Setembro último, e chegou aos cinemas a 15 de Outubro. Segundo dados do Instituto do Cinema e Audiovisual foi visto por pouco mais de cinco mil pessoas.
Trailer do filme:
Bom, depois de ouvir uma amiga e a minha sobrinha de onze anos, a falarem do "Crepúsculo" com um brilhozinho nos olhos e ao ler esta notícia, achei interessante (ou não!) a teoria de uma conhecida colunista da revista americana Esquire. Ela acha que o sucesso de Crepúsculo se deve ao facto de as meninas quererem estar com um homem gay, sendo que os vampiros são uma metáfora dos homossexuais da vida real. Ele há com cada teoria...
Stephen Marche, colunista da revista americana “Esquire”, tem uma teoria interessante sobre a razão do sucesso de “Crepúsculo” e “True Blood” entre as adolescentes. Para ele, os vampiros são tão populares porque as meninas têm vontade de fazer sexo com homens gays.
O autor explica. “Bella se sente atraída por Edward porque ele é estranho, bonito e sente repulsa por ela. Essa mesma situação acontece muitas vezes no colégio entre meninas heterossexuais e garotos gays. A fantasia de ‘Crepúsculo’ é que aquele cara gay maravilhoso pode ser seu namorado”, afirma Marche em seu artigo.
O mesmo valeria para outras histórias de vampiro, incluindo o seriado “True Blood”. O colunista acredita que na série, que também mostra o romance de uma mulher mortal e um vampiro, a referência homossexual é ainda mais explícita. No primeiro episódio da série, por exemplo, há um talk show fictício em que o pessoal conversa sobre vampiros, perguntando quando eles vão “sair do caixão” – impossível não pensar nos gays saindo do armário.
Fica o trailler do filme "Lua Nova" a estrear em Portugal no próximo dia 26 de Novembro:
O Queer Lisboa (festival de cinema gay e lésbico) já está a decorrer desde dia 18 e prolonga-se até dia 26 de Setembro.
Consultem o site para ver todas as informações e programação.
A não perder!!!
Ontem fomos ver "Bruno" ao cinema. Gostei do filme, dei umas boas gargalhadas no entanto não será um filme que agrade a todos, aliás, e como exemplo, foi proibida a sua visualização na Ucrânia (http://www.athosgls.com.br/noticias_visualiza.php?contcod=27087). O tipo de humor usado é bastante ousado, e é engraçado ver como um personagem gay consegue mostrar os "podres" da sociedade que se revelam bastante piores que a sua excentricidade e bichanice!
Mas transcrevo as palavras de Clara Ferreira Alves publicadas acerca do filme com as quais estou de acordo.
"A subtileza e a inteligência deste humor não são perceptíveis para audiências convencionais.
Consideremos Brüno. Brüno é um austríaco homossexual que apresenta um programa de televisão sobre moda, Funkyzeit. Brüno é um fashionista gay. Vive com um diminuto parceiro, Diesel. Têm uma vida de casal "simples e aborrecida". Vemos Brüno e Diesel lançados em lúridas coreografias do sexo entre homens. As pessoas começam a ficar chocadas. Ao cabo de meia hora, o cinema divide-se entre os espectadores que riem e os que não riem, a maioria. Outros abandonam a sala. Brüno, a personagem de Sacha Baron Cohen, conseguiu o que queria, dar cabo da passividade e da indiferença da audiência. Ninguém vai ver Brüno à espera de dar umas gargalhadas brancas no conforto da poltrona. Brüno deixa-nos lívidos.
A subtileza e a inteligência deste humor não são perceptíveis para audiências convencionais que se sentem atingidas com a pornografia da estupidez. A ignorância, o sexismo, o racismo, a homofobia, a misoginia, o oportunismo, a ganância, o nacionalismo, a violência, o terrorismo, a xenofobia. Ou os admirados vícios das celebridades, como o de adoptar crianças africanas ou cantar Live Aid. Brüno deita abaixo todas as bolas deste bowling moral. Nem um preconceito fica de pé. A audiência, mesmo a mais couraçada, descobre que afinal não é tão politicamente correcta como quer nem tão politicamente incorrecta como quer ser. Brüno não falha um cliché.
Brüno vai para a América para ser famoso depois de cair em desgraça em Viena. Acaba por conseguir. E acaba por gravar o seu videoclipe de ajuda ao Terceiro Mundo, ao lado de Bono, Sting, Elton John, Slash e Snoop Doggy Dog, nada incomodados por serem ridicularizados. Menos incomodados do que os espectadores que abandonam a sala.
Na perseguição da fama Brüno não nos poupa a infâmias. Num dos momentos mais alucinados do filme reaparece em Israel para recomeçar as conversações de paz. Numa mesa com israelitas e palestinianos, Brüno confunde o Hamas com húmus e dedica uma canção às partes desavindas, concluindo que existe pelo menos uma coisa em que ambos estão de acordo, que o húmus é bom para a saúde. Partamos daqui, diz ele. Na verdade, este é o mais perfeito acordo entre partes que até hoje se conseguiu na região, e Sacha Baron Cohen, um judeu ortodoxo, é o homem ideal para o revelar. Por que diabo Borat é anti-semita e Brüno é um austríaco que cita Hitler? Por que diabo Cohen conseguiu convencer palestinianos e israelitas a fazer figuração? E filmar o sketch em Israel? Porque é judeu e um judeu muito famoso. E porque é, apenas, um cómico. E um cómico judeu não mata ninguém.
No Líbano, num campo de refugiados, em princípio de conversa com um chefe das Brigadas Al-Aqsa, Brüno chama feiticeiro sujo e espécie de Pai Natal sem-abrigo ao "vosso rei Osama" e diz que a Al-Qaeda está fora de moda, é demasiado 2001. É posto fora, para variar. Com esta sequência, Cohen conseguiu infiltrar o derradeiro tabu no filme, o 11 de Setembro. O que só pode ser feito por um descendente de sobreviventes do Holocausto, com uma mãe israelita. Ou melhor, por um judeu britânico, educado numa public school e em Cambridge, onde cursou História (e teve Niall Ferguson como professor). Cohen sabe do que fala e sabe do que ri. Ri do que é ofensivo. Muitas coisas que nos ofendem são inofensivas, incluindo o sexo gay, enquanto as verdadeiras ofensas à humanidade passam despercebidas. O extermínio deixa-nos menos ofendidos do que dois homens na cama. A violência deixa-nos mais indiferentes do que um beijo entre dois homens.
A sociedade americana, na sua mais elementar estupidez e na sua candura mais conformista, acaba por ser o bombo da festa, como em Borat. É provável que Cohen não possa prosseguir este registo em filmes posteriores; é como se ele esgotasse a capacidade de cada personagem, Ali G, Borat e Brüno, extrair da audiência e dos figurantes o máximo de realismo perverso e cupidez. Não parecem existir sequelas possíveis para Brüno, em particular. Porque Brüno, de todos eles, é o mais chocante, mais "in your face". O mais explícito e o mais cómico. O que mostra tudo e o sexo não é o pior de tudo. Uma audiência americana do interior terá dificuldade em rir com Brüno e a sua linguagem, apesar de rir dos reality shows cheios de abjecções, rir dos filmes para adolescentes cheios de sexo e piadas sexuais e rir da boçalidade dos zelotas. A audiência consegue rir disto. Não conseguirá rir de si mesma. E muitos homossexuais também não, achando-se mais ridicularizados do que os heterossexuais que começaram a praticar swing, a troca de casais, na sua lua-de-mel. Sacha Baron Cohen é o mais original e talentoso humorista dos últimos anos. Das mãos dele ninguém sai vivo. Esperemos que os detractores o deixem sair vivo a ele."
in Expresso 20 de Jul de 2009
Pois é, para quem como nós deixou escapar algum filme interessante dos cinemas Medeia (onde não só, mas também, passam filmes mais "alternativos" ou num circuito menos comercial), pode agora, até 2 de Setembro revê-los. Para além de ser uma boa oportunidade para ver ou rever algum filme, os preços também são promocionais, sendo de 3,5 euros. Vejam o programa AQUI
:))
A rede ex aequo - associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes, irá editar este ano o seu 6.º Ciclo de Cinema LGBT.
O objectivo primordial deste evento é o de sensibilizar os jovens portugueses em geral para questões relacionadas com a homossexualidade, bissexualidade e transgenerismo, especialmente no que diz respeito à fase do "assumir-se para si próprio" pois, como sabemos, o período desta consciencialização e aceitação de si próprio é especial, delicado e por vezes difícil na vida da maioria dos jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros), ainda incompreendidos e vítimas de preconceito e discriminação.
Assim, através dos vários filmes exibidos, os jovens LGBT, ou com dúvidas, poderão contactar com histórias ligadas à questão da orientação sexual e/ou identidade de género e reflectir acerca de temas pertinentes e inerentes à sua realidade, num ambiente de convívio.
Serão apresentadas 6 sessões de filmes de temática LGBT nos dias 15, 16 e 17 de Maio, durante o período da tarde e noite, com vista a possibilitar uma maior flexibilidade no horário da projecção de filmes. O ciclo irá realizar-se em Lisboa, no Instituto Português da Juventude do Parque das Nações.
Programa:
Sexta-feira, 15 de Maio de 2009, 18h00
Dorian Blues (2004) - IMDB 6.9 / RT 68% / TRAILER
Género: Comédia, Romance
Interesse: Gay
País: EUA / Tennyson Bardwell / 88 mins / Idioma: inglês / Legendas em português
Sinopse: Dorian Blues é a brilhante história de um jovem de uma cidade do interior que não entende o porquê de ser “diferente” – ele é gay. A adolescência é motivo de grande sofrimento por que todos o fazem sentir-se como se fosse uma “aberração” e parte dos seus colegas de escola fazem piadas de gays para o provocar. E tudo se complica ainda mais quando ele decide sair do armário… Antes que o seu pai o expulse de casa, ele parte para a Universidade onde o nosso herói encontra um mundo novo de homens elegantes e sofisticados.
Sexta-feira, 15 de Maio de 2009, 21h30
Saving Face (2004) - IMDB 7.5 / RT 86% / TRAILER
Género: Comédia, Drama, Romance
Interesse: Lésbico, Chinês-Americano
País: EUA / Alice Wu / 93 mins / Idiomas: inglês, mandarim, língua wu / Legendas em português
Sinopse: Will é uma cirurgiã de 28 anos que vive em Manhattan e não tem vida social. A sua mãe viúva, Ma, não consegue compreender porque é que a sua filha atraente passa todo o seu tempo a trabalhar.
Num evento social na vizinhança da família, em que a sua mãe insiste que a Will vá para procurar um marido, Will repara numa jovem mulher bonita chamada Vivian, que também repara nela. Vivian rapidamente se sente encantada pela Will e quer ajudá-la a relaxar e a apreciar melhor a vida. Will sente-se igualmente encantada e começa a passar todos os momentos que tem, fora do hospital, com a Vivian.
Uma noite, a Will regressa a casa e encontra a Ma à sua porta. Habituada a uma certa independência inerente ao viver de fora da comunidade chinesa-americana, Will tem agora de lidar com a inserção de Vivian no mundo da sua mãe.
Sábado, 16 de Maio de 2009, 18h00
Freedom To Marry (2005) - IMDB / TRAILER
Género: Documentário
Interesse: LGBT
País: EUA / Carmen Goodyear, Laurie York / 56 mins / Idioma: inglês / Legendas em português
Sinopse: Este documentário enriquecedor e intenso, destaca um evento importante na história dos EUA, quando o Presidente da Câmara de São Francisco, Gavin Newsom, iniciou uma desobediência civil nunca antes vista ao permitir que casais do mesmo sexo pudessem casar-se na Câmara Municipal de São Francisco.
Sábado, 16 de Maio de 2009, 21h30
Shelter (2007) - IMDB 8.0 / RT 53% / TRAILER
Género: Drama, Romance
Interesse: Gay, Arte, Surf
País: EUA / Jonah Markowitz / 89 mins / Idioma: inglês / Legendas em português
Sinopse: Quando os seus sonhos de faculdade são postos de lado devido a obrigações familiares, um jovem encontra conforto em surfar com o irmão do seu melhor amigo.
Domingo, 17 de Maio de 2009, 16h00
Red Without Blue (2007) - IMDB 6.7 / RT / TRAILER
Género: Documentário
Interesse: Transgénero, Transsexual, Gay
País: EUA / Brooke Sebold, Benita Sills / 74 mins / Idioma: inglês / Legendas em português
Sinopse: O laço íntimo entre dois irmãos gémeos idênticos é desafiado quando um deles decide fazer a transição de homem para mulher. Esta é a história do evoluir da sua relação e da ressurreição da sua família de um passado obscuro.
Domingo, 17 de Maio de 2009, 18h00
Itty Bitty Titty Committee (2007) - IMDB 5.2 / RT 38% / TRAILER
Género: Comédia, Drama, Romance
Interesse: Lésbico, Feminismo
País: EUA / Jamie Babbit / 87 mins / Idioma: inglês / Legendas em português
Sinopse: A namorada deu-lhe com os pés, rejeitada pela única universidade a que se candidatou e a usar uma copa B num mundo de copas D, Anna lamenta a sua vida. Ao sair do trabalho ela encontra Sadie, a sexy líder de um grupo punk-feminista radical chamado C(i)A (Clits in Action/Clits em Acção). Anna entra neste mundo secreto de erradicar imagens falocêntricas e misóginas, embarcando na sua primeira missão radical, sentindo-se viva pela primeira vez sendo o alvo dos avanços amorosos da Sadie.
No final de cada filme haverá um debate de 30 minutos.
A entrada é livre. Aparece! =)
Numa época em que existem muitos e bons filmes para ir ver, depois de dois intensos dramas, "A Troca" e "O rapaz do pijama às riscas", ambos (na minha opinião) muito bons filmes, fomos finalmente ver o "MILK"! Sean Penn brinda-nos com uma interpretação brilhante do personagem Harvey Milk, um reconhecido activista gay. Para quem (ainda) não sabe, Harvey Milk foi o primeiro político homossexual americano a ser eleito para um cargo público no EUA. Acabou por ser vítima de assassinato em 1978 tendo deixado um legado enorme no que respeita à luta pelos direitos da comunidade LGBT.
Já Sean Penn, aparece-nos neste filme, de uma forma tão naturalmente gay que dificilmente não se acredita que ele é gay. Todos os promenores, os olhares, as acções, a naturalidade, fazem dele um dos nomeados para o óscar (agora já posso dizer que muito justamente!).
É um filme a não perder, e sendo homossexual penso ser quase imprescindível, não só pela qualidade e pelo que é retratado, mas também, e se calhar o mais importante, pela mensagem que passa à própria comunidade, e que mesmo passados trinta anos continua (pelo menos aqui neste canto chamado Portugal) a fazer tanto sentido: "Mostrem-se!", "Temos de dar esperança àqueles que sofrem devido à sua sexualidade e que ainda se encontram enclausurados nos seus armários!". E é isso, devemos ter esperança e para isso, se calhar, ou de certeza mesmo, deviamos todos ter um Milk dentro de nós e aposto, que relativamente à comunidade LGBT, aqui e por toda a parte provavelmente a discriminação já estaria praticamente extinta... Ou não...
Façam o favor de ir ver o filme!
:)
E este ano foi a nossa primeira vez no Festival de Cinema Gay e Lésbico, Queer. Fomos a três sessões distintas: uma de longa metragem ("Clandestinos"), outra sessão de curtas metragens e uma sessão do ciclo Obsceno ("20cm -1ª parte") estas duas últimas acompanhados do amigo J. . Este último filme acabou por revelar-se também como a minha primeira experiência de cinema a ver um filme pornográfico. Talvez ingénuamente, eu e o lindo pensamos que poderia não ser um filme pornográfico que habitualmente vemos, sem história, onde tudo se resume a sexo, com interpretações na maioria das vezes medíocres... Mas estávamos redondamente enganados, pois o filme revelou-se pornográfico e com tudo isto que acabei de enumerar: sem história, muito sexo (chegou a tornar-se aborrecido mesmo pelas fracas imagens) e nenhuma qualidade na interpretação dos papéis. Quanto à experiência em si achei um pouco estranho uma sala inteira estar num mesmo local a ver um filme porno, pois como é fácil imaginar, este tipo de filme "puxa" por nós e dá-nos vontade de passar à acção. Estar ali, como se estivessemos a ver um outro filme qualquer foi estranho para mim, mesmo tendo-se a meio verificado uma salva de palmas por uma penetração dupla... Interessante é que o próprio filme em exibição mostrava imagens recolhidas por uma câmara oculta num cinema brasileiro onde passam filmes porno (hetero) e onde o público (gay) dá ele próprio asas à sua imaginação e prazer e faz da sala de cinema um verdadeiro palco de sexo gay. Mesmo sendo para mim impensável isso (eu fazê-lo) de facto é o que apetece... :)
E pronto, o Queer termina hoje e o saldo para nós, este ano, foi bastante positivo, embora não tenhamos forma de comparar com edições anteriores...
Venha o próximo!
;)
Está a decorrer o 12º Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa , de 19 a 27 de Setembro, no cinema São Jorge! Nós desta vez não queremos deixar passar em branco!!!
Fica a sugestão e um link com a programação do festival: http://www.lisbonfilmfest.com/
Fomos no Domingo passado, até ao cinema Nimas em Lisboa, ver o filme "La vie en Rose" (título português), que relata a vida da cantora francesa Edith Piaf e que tem como protagonista principal a actriz Marion Cotillard. A actriz arrecadou o Óscar para melhor actriz e de facto na minha opinião é um papel notável e marcante, acho que tanto para ela como para quem vê o filme. O filme está em exibição no cinema Nimas e aconselho vivamente.
Para quem ainda não viu aqui deixo o trailler:
Hoje fomos assistir a uma das muitas sessões programadas para mais esta semana do Queer, que começou no passado dia 14 e se prolonga até ao próximo dia 22 no cinema São Jorge em Lisboa. O dia foi escolhido por acaso bem como a sessão e então acabamos por assistir ao RABALLDER – HULLABALOO de Kenneth Elvebakk , um documentário rodado em Oslo, e que para nossa surpresa estava legendado em inglês. Foi a primeira vez que vi um filme em inglês mas até consegui acompanhar normalmente... Quanto ao documentário, esse acompanhava vários jogadores de uma equipa de andebol, em que a única diferença é que todos os seus jogadores eram gays. Foi muito giro ver os pais e os próprios a falarem sobre as suas experiências e sobre a forma como os pais ecararam a sexualidade dos seus filhos... E depois, obviamente, aborda o preconceito dentro das equipas... As alterações de comportamento dos colegas de equipa quando alguém fica a saber que um ou mais de entre eles é gay... E também foi muito giro os papás a recordarem em conjunto com os filhos algumas passagens da infância que na altura poderiam (ou não) denunciar que o seu filho era "diferente"...
Gostei...
E pelo preço vale mesmo a pena aproveitar... Cada entrada fica por 3 euros!
Aproveitem!
Todas as informações sobre o festival AQUI
Acabo de vir do cinema Monumental, em Lisboa, onde assisti ao filme "Shortbus" que nos tinha sido sugerido por um conhecido nosso... Com uma descrição e uma capa apelativa, resolvemos no mesmo instante ir ver, e de facto valeu muito a pena...!!!
Um filme bastante ousado, com uns primeiros minutos no limiar entre o erótico e o pornográfico, leva-nos durante uma hora e meia numa viagem ao labirinto das (complicadas) relações humanas e sexuais... Tendo como referência um casal gay que se quer "abrir", uma terapeuta sexual que nunca teve um orgasmo e uma mulher que adora dominar sexualmente, é bastante interessante perceber a complexidade que envolve a intimidade de cada um, no que respeita à sua sexualidade... Com grande incidência sobre a parte sexual da coisa, os bloqueios que cada um de nós tem e a dificuldade que sentimos para os ultrapassar,é de facto um filme muito à frente, que desenrola a maioria das suas cenas num bar chamado "Shortbus" onde tudo, ou quase tudo, é possível!!!
O filme está em exibição no cinema King e no Monumental, embora seja distruibuído pela Lusomundo, que não o pôs em exibição nos seus cinemas (estranho, não?!).
Acho ser uma boa sugestão para uma ida ao cinema, para um filme alternativo, sem preconceitos, ousado e com sexo qb.
Fica o trailler completo do filme: