Bem, quando vi este anúncio pela primeira vez na TV pensei que o Colégio Militar estava na mira dos cortes do Estado e que iriam fechar a instituição por algum motivo que eu desconhecia... Assim até me fazia algum sentido a publicidade, muito idêntica às que temos visto devido a outras situações, a MAC é um exemplo...
Comentei o assunto com um colega de trabalho que me esclareceu dizendo que o Colégio Militar não iria fechar, mas sim que querem extinguir o Instituto de Odivelas (de meninas) e integrar as suas alunas no Colégio Militar... O "matar" do anúncio (que podem ver neste link, pois não encontrei apenas o anuncio: http://youtu.be/X_qqSUsTwh8), defendido pelo movimento Em Defesa do Colégio Militar (http://emdefesadocolegiomilitar.pt/) quer na realidade dizer "matar os príncipios da instituição"! É a meu ver uma campanha que induz deliberadamente as pessoas em erro, mas é uma opção (e penso que deu o resultado que se pretendia, ou seja, muitas pessoas a pesquisar sobre a coisa).
Eu também fiz uma pesquisa rápida, li alguns comentários e percebe-se que os defensores do Colégio Militar apregoam que nada têm contra as meninas mas sim contra o aniquilar dos princípios que sempre regeram o Colégio Militar... As meninas de Odivelas (ups! isto fez-me lembrar uma canção que eu cantei bastantes vezes na minha adolescência... Adiante!) por seu lado são contra o encerramento da instituião por ser única no país, blá bá blá blá... Do lado contrário da barricada, apregoa-se discriminação, complexos, mentes retrógadas, etc etc etc...
Na minha opinião, não sei (nem me interessa!) o que é melhor e o que deve ser feito, mas admito que instituições sexistas (como é o Colégio Militar) que optam por um dos géneros não é bom... Não pode ser bom!!! Vivemos em sociedade, onde há homens e mulheres, e crescer num ambiente restrito pode e concerteza levará a uma falta de maturidade e abertura para aceitarmos, respeitarmos e compreendermos os outros que são diferentes de nós. A propósito disto, li um artigo do blog Jugular (http://jugular.blogs.sapo.pt/2832934.html) onde Pedro Lérias, antigo aluno do Colégio Militar conta a sua experiência como homossexual que integrou esta instituição durante oito anos... Por lá se diz que a homossexualidade é coisa do demónio, é o pior que existe, etc etc etc...
Sou a favor da pluralidade, da igualdade nas diferenças e portanto sou contra a separação ou isolamento de realidades que nos fazem ser diferentes uns dos outros, porque temos mais ou menos dinheiro, porque temos mais ou menos saúde, porque temos um ou dois pais, porque temos uma ou duas mãe, porque somos mulheres ou homens, porque somos heteros ou homo... A diferença que nos torna únicos, é o mais interessante que podemos procurar nos outros... E é essa diferença que nos ajuda a compreender as diferentes realidades, a respeitar isso, e inclusivamente a valorizarmos na pessoa essa diferença!
Por mim, meninos e meninas devem andar juntos e de mãos dadas e portanto o Colégio Militar não vai "morrer" mas sim renascer para uma realidade nova...
:)
Não é cá... Mas achei curioso ter-se criado no Brasil a primeira escola Gay. Será boa ideia? Não sei... Deixo a notícia e que cada um retire as suas próprias conclusões:
A partir de janeiro de 2010, a primeira escola brasileira voltada ao público homossexual estará funcionando. Trata-se da Escola Jovem LGTB (Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais), com sede em Campinas, São Paulo, a 93 km da capital paulista, fruto do convênio firmado entre a ONG E-Jovem, o Ministério da Cultura e o Governo do Estado de São Paulo. O projeto da Escola Jovem LGTB foi um dos 300 vencedores do edital “Pontos de Cultura”.
Serão oferecidos cursos técnicos gratuitos com duração de 3 anos. Cursos para formação de drag queens, criação de revistas, cinema, TV, teatro, música e dança.
Os alunos homossexuais entre 12 e 18 anos também terão aulas de Expressão Artística, Expressão Cênica e Expressão Literária. E, todo o material que for produzido pelos alunos durante o curso, será divulgado no Estado de São Paulo, sejam DVDs, CDs, livros, peças teatrais, revistas e shows de drag queens.
A direção da Escola Jovem LGTB não exclui os alunos heterossexuais, como também não exclui alunos acima da faixa dos 18 anos. A prioridade será para os jovens entre 12 e 18 anos, mas havendo vagas, serão disponibilizadas, independentes da opção sexual e idade.
Inicialmente a Escola Jovem LGTB vai trabalhar a formação de três turmas de no mínimo 20 alunos, cada turma, iniciando o ano letivo no mês de março de 2010. Mas as inscrições iniciam-se em janeiro, logo. Fique atento se você tem interesse. Para estudantes de fora de Campinas, haverá uma seleção para bolsistas, com custeio de alimentação e passagens. Procure saber mais informações pelo e-mail da escola: escola@e-jovem.com.
O convênio da Escola Jovem LGTB com o Governo de São Paulo e o Ministério da Cultura vai durar o tempo de três anos, o mesmo tempo da duração dos cursos técnicos oferecidos. O contrato já foi assinado desde 16 de dezembro.
O Ministério da Cultura e o Governo de São Paulo lançaram o edital com o objetivo de apoiar iniciativas de fomento, difusão, produção e formação cultural. Concorreram mais de 1.100 projetos de 249 cidades de São Paulo. 300 venceram e receberão 180 mil em três anos. Um dos projetos vencedores foi o projeto da escola do Grupo E-jovem de Adolescentes Gays, Lésbicas e Aliados, que desde 2001 desenvolve cursos livres e atividades voltadas à juventude gay de Campinas.
A Escola Jovem LGTB, segundo o seu diretor Deco Ribeiro (foto), dará o apoio necessário para o fortalecimento da auto-estima e auto-aceitação através de cursos voltados às artes. Existe a intenção de combater a homofobia e abrir discussão sobre a educação voltada ao adolescente homossexual, que nas escolas tradicionais sofrem preconceito.
“Queremos dar ferramentas para o jovem gay poder se expressar para a sociedade. Vai ser um espaço aberto para o jovem expressar sua sexualidade”, declara Deco Ribeiro, 37 anos, diretor da escola, jornalista e educador.
Toda a notícia em : blogdovaldikim.com.br/
Para a eterna pergunta de se já nascemos gays, existem ainda muitas respostas, que apontam para as mais diversas direcções.
Eu acredito que nascemos gays, assim como os heterossexuais nascem também eles já nascem heteros...
Há alguns dias mostrava os meus trabalhos escolares da primária a uns amigos que nos visitaram, e à semelhança do que já tinha acontecido antes com outras pessoas, fartaram-se de rir com os enfeites que estão patentes na maioria das folhas... O espanto é geral e o que toda a gente pensa de imediato é "Isto é coisa de gay mesmo!". Hehehehe! Também acho! Não sei se de gay, mas para um rapaz denota algo diferente relativamente aos outros rapazes... Fiquei aliás com a vontade de comparar este meu dossier com outros colegas da primária (rapazes) para ver as diferenças...!
Partilho portanto hoje dois trabalhos feitos na 4ªclasse, devia portanto ter perto dos 10 anos e tirem as vossas próprias conclusões! :))
Tenho a certeza, e se calhar estou enganado, que um psicólogo ao ver isto a ser feito por um rapazolas, teria aqui matéria suficiente para achar que o rapazolas poderia eventualmente ser gay... Será mesmo assim?
:))
Vem a propósito... tinha pensado falar sobre a jornada de lutra contra a homofobia, mas fui "abordado" por um contacto do msn, de uma jovem rapariga com quem já tinha falado há algum tempo, e que hoje veio falar de um obstáculo que lhe apareceu na escola dela... Será homofobia? Será que ainda existe esse medo dos homossexuais? Ou de falar da homossexualidade? Um dia depois da repressão da polícia russa ao manifestantes que alertavam junto ao espectáculo Eurovisão 2009 em Moscovo, para os direitos dos homossexuais, deixo-vos a conversa do msn (devidamente autorizada obviamente) e cada um que responda às perguntas que fiz anteriormente....
ELA says says (22:38):
não me leve a mal... mas o senhor e' alvo de discriminação por parte de muitas pessoas?
EU says (22:38):
???
ELA says says (22:41):
eu passo a explicar. quero fazer uma palestra sobre direitos homossexuais, e não me foi concedido espaço por parte da direcçao, por ser uma palestra de "foror intimo, que pode levar a interpretações abusivas" e depois compararam o meu trabalho ao uso de drogas e comunismo. o que foi sempre bom
tava agora a pensar nisso, e lembrei-me de perguntar
EU says (22:42):
pois.. é portanto (ainda) um assunto tabu
ELA says says (22:44):
que estupidez sinceramente
EU says (22:44):
pois
felizmente so fui uma vez discriminado
ELA says says (22:44):
ha' alguem a quem eu me possa dirigir?
como reagiu?
EU says (22:45):
eu?
reclamei a meio mundo!
ELA says says (22:46):
tou a pensar fazer isso. Vou tentar fazer o pedido mais uma vez, se me vier recusado, vou falar com alguem superior a mim...
EU says (22:47):
mas quem recusou foi a direcção da escola?
ELA says says (22:47):
yes...
EU says (22:47):
posso saber que escola é?
ELA says says (22:48):
Escola Secundária (...) - Leiria
EU says (22:49):
e tu tas em q ano?
ELA says says (22:50):
12º ano.
ELA says says (22:51):
ha' alguem a quem eu me possa dirigir?
EU says (22:51):
e a palestra era para alunos do 12ºano?
ELA says says (22:52):
nao, era para toda a comunidade escolar.
alias seriam dois oradores especializados a falar (rede ex aquo - nao sei se conhece)
ELA says says (22:53):
a direcção pediu o programa da palestra, e nos fornecemos, tudo pormenorizado, e disseram que teria que ser ainda mais promenorizado (deduzo que queiram palavra a palavra o que for dito)
EU says (22:55):
lol
é pena
ELA says says (22:55):
" Tratando-se de assunto, comportamento sexual, de foro íntimo, estas abordagens podem conduzir a interpretações abusivas. Para o conselho executivo poder autorizar teria que ter um conhecimento mais exaustivo do conteúdo da actividade. "
EU says (22:56):
olha que tal contactares com um destes numeros http://www.rea.pt/numapoio.html
ELA says says (22:58):
antes ou depois de falar com a senhora que recusou o nosso pedido?
EU says (22:58):
antes
para te dizerem como deves proceder
ELA says says (23:00):
tem razao... é isso mesmo que vou fazer. Obrigada!