A nova campanha da Fundação UnHate, a qual pertence à Benetton, e que foi criada com o intuito de lutar contra o ódio... E nada melhor, que com a ajuda da tecnologia juntar numa foto beijos de pessoas que publicamente nutrem ódios entre si. Embora já retirada pela campanha, no seu site oficial (http://unhate.benetton.com/campaign/), não resisto a publicar esta foto e a convidar-vos a dar uma olhadela por todas as fotos. Já agora, o Vaticano já anunciou ir interpôr uma acção judicial contra a Benetton... Ódio?!
Esta semana ficará lembrada no Brasil como a aprovação da união entre homossexuais, por parte do Tribunal Supremo. Está aberto o caminho para o casamento, mas é um passo muito importante. Partilho a notícia (em vídeo) e partilho um outro vídeo de um padre que fala (a propósito desta aprovação) sobre a homossexualidade e a ideologia gay. Vale a pena ver. :))
Todos os vídeos do blog podem ser vistos AQUI
No próximo Domingo, um grupo de 500 pessoas irá juntar-se para receber com um grande beijo o actual Papa, que estará de visita àquela cidade. Acredito que o beijo venha a ser recusado, pois trata-se de um grande beijo gay! Bela iniciativa! Há gestos que valem mais que mil palavras.
Podem ler toda a notícia AQUI
Ah pois é! Uma revista italiana, a "PANORAMA" andou um mês atrás de padres gays com câmaras ocultas, para ver (e filmar) as noitadas dos padres. Mais uma polémica a rebentar mesmo pertinho do Vaticano... A capa é sugestiva...
Ser Gay é hoje será amanhã menos diferente que ser heterossexual. A Lei hoje promulgada pelo nosso Presidente da República, abre caminho à realização de muitos (como eu) sonham em poder casar com quem partilhamos a vida, como qualquer casal heterossexual. Amanhã cada um de nós poderá escolher de livre vontade se quer casar ou não, sem beliscar o actual casamento heterossexual.
Portugal fica assim no grupo restrito que teve a coragem de abrir o casamento, a duas pessoas que se amem!
Estamos todos de parabéns!
Em jeito de comemoração, e ainda embuido no espírito da visita Papal ao nosso país, tomei a liberdade de aproveitar a campanha publicitária feita em homenagem ao Papa para homenagear todos aqueles que ao longo dos anos têm vindo de uma ou outra forma a lutar para que chegassemos aonde nos encontramos hoje.
A Páscoa nunca significou nada para mim, senão mais um período de férias (quando estudava) e agora um pretexto para um fim de semana prolongado ou um encontro de família. Tudo o que ela simboliza, no que respeita à religião católica, não me diz absolutamente nada! E esta Páscoa, é - no contexto da Igreja Católica - muito conturbada com histórias sucessivas em vários pontos do globo, de padres que molestam/abusam de crianças... É óbvio que isto acontece um pouco por todo um mundo, a diferença é que nalguns sítios a comunicação social ou a própria sociedade é mais fechada e as histórias são abafadas! Mas é muito triste ver que o Papa, mesmo envolvido em algumas histórias, prefere não falar abertamente do assunto e criticar o aborto! Como se o aborto fosse pior do que aquilo que os seus próprios pastores andam por aí a fazer! Assim reina a hipocrisia numa comunidade cada vez mais exposta e que dão cada vez mais origem ao conhecimento de histórias macabras. Mas o que se espera quando numa comunidade onde reinam os homens e estes não podem manter uma relação sexual, quando o sexo faz parte do ser humano? Obviamente que as crianças são um alvo fácil, mas eu próprio tenho conhecimento de muitos casos por este país fora de padres que têm os seus encontros sexuais pela calada da noite, e que até fazem questão de praticar sexo na própria igreja e vestidos de batina, e que no dia seguinte se apresentam às suas ovelhas com príncipios e valores que revelam uma hipocrisia repugnante! Tudo isto para dizer que mais uma vez a Igreja e muitos dos que todos os dizem andam a pregar a palavra de Deus não sabem acompanhar a evolução da sociedade... Ouvia no outro dia na televisão, uma freira, em Roma, à espera de ver o Papa, quando questionada pelo jornalista sobre o que pensava sobre as últimas notícias e ela respondeu "Confio cegamente no Papa!". Este é a raíz do mal... Confiar cegamente, não questionar, não pensar e não querer saber... Viver na ignorância para sermos todos felizes enquanto outros provam amargamente o Mal...
Enfim!
Tenham um óptimo fim de semana!!! :)
Não é muito de admirar, e ao que parece existem muitos casos semelhantes, mas agora, surge um vídeo onde se é mostrado uma igreja "Connecticut's Manifested Glory Ministries Church" a praticar um exorcismo gay, para supostamente tirar o espírito mau do corpo de um jovem... Vale a pena ver o vídeo, já que este conta também com uma entrevista a uma das envolvidas no exorcismo.
Nas minhas deambulações pela net, deparei-me com um artigo de opinião de um jornal regional, o "Reconquista", de Castelo Branco, onde o sr. Fabião Baptista expressa na edição de 7 de Maio deste ano a sua opinião sobre os "casamentos" (as aspas não são minhas, são dele!)... O sr. obviamente tem direito à sua opinião, não é isso que está em causa, mas sendo ao que parece um jornalista no activo, choca-me um pouco o tratamento dado ao assunto pelo senhor... Vou realçar algumas partes do artigo mas deixo o link para quem tiver interesse ler o artigo por inteiro (ver AQUI).
O sr. Fabião começa por falar no facto de que "a informação veiculada pela Direcção-Geral da Saúde, através da Internet, de que durante o ano de 2008, voltaram a decrescer os nascimentos em Portugal, nomeadamente no Interior do País".
Até aqui tudo bem...
Depois fala do que se tem feito: "Muitos dos presidentes de Câmaras, numa desesperada, mas louvável, tentativa de inverterem esta situação, já criaram incentivos, não só para se processar o aumento da natalidade, como para a fixação de jovens nos seus concelhos, oferecendo-lhes terrenos, a preços simbólicos e facultando-lhes projectos de construção de casas e até crédito e auxílios vários para poderem edificar as suas próprias habitações. Mas até agora, tudo tem resultado em vão. E, para agravar a situação, surgiu a ideia luminosa, do Ministério da Saúde, de encerrar grande número de maternidade, obrigando a que muitos portugueses nasçam em reduzidos e incómodos espaços de ambulâncias de bombeiros voluntários e outros tivessem de, pela primeira vez, ver a luz do dia, em Badajoz."
Continuamos bem...
E eis que de repente introduz-se o mal fadado tema dos casamentos: "E mais deve inquietar ainda, quando vemos parte da Juventude Socialista, o Bloco de Esquerda e seus afins, a lutarem, desesperadamente, para que sejam legalizados os chamados “casamentos dos homossexuais”.
E logo de seguida diz: "Estaremos na raia da loucura, em auto-gestão? Será deste modo que se incentivarão os jovens a terem mais rebentos biológicos?"?!?!?!?!?!?!
Depois vêm os males que afectam o país: "Como é possível, havendo problemas tão graves, a resolver n a nossa sociedade, como seja o desemprego, onde 70 mil jovens licenciados procuram ocupação; onde todas as semanas há fábricas e encerrarem os seus portões e espaços comerciais a ficarem insolventes; onde a fome já é uma triste realidade; onde os leques salariais são uma verdadeira afronta e um desolador ultraje a quem trabalha: onde os assaltos, à mão armada, são o pão nosso de cada dia: onde a Justiça perdeu toda a credibilidade; onde se faz para destruir a Família e diluir os alicerces fundamentais do matrimónio; onde o empobrecimento do erário público é já uma preocupante realidade, à vista de quem quer que seja: o sistema bancário está periclitando(...)".
E agora, a tirada de mestre: "(...)onde tudo isto acontece, a Juventude Socialista abstrai-se de todas estas “bagatelas” e concentra toda a sua estuante força e sinergia partidária, no “casamento dos homossexuais”. Até parece que oficializando a união pelo “casamento”, de dois homens ou de duas mulheres, conhecidos em linguagem popular por “larilas” e por “lésbicas”, todos os problemas ficam resolvidos. Será esta, a preocupação mais premente da Juventude Socialista? Eu não acredito. Até porque, a grande maioria da mocidade socialista, não defende tão aberrantes e mesmo dentro do PS, há, felizmente, uma grande corrente que repudia esta forma de pensar, à frente dos quais se situa a deputada Maria do Rosário Carneiro."
E para concluir em beleza: "Se já há poucos nascimentos, com os chamados “casamentos homossexuais”, então o número de nasciturnos desceria drasticamente. Será assim que a JS deseja contribuir para atenuar a desertificação do Interior do País? Será que a JS vai organizar manifestações, colóquios e comícios para pederastas e lésbicas? Será que vamos assistir a marchas de GAY’s, integrados nas campanhas eleitorais e na propaganda socialista, nos próximos actos eleitorais?"
É de bater palmas não acham?
Mesmo sendo jornalista de um jornal tutelado pela Igreja Católica, tratar os supostos "irmãos" que penso Jesus ter um dia defendido que nós todos somos, como "larilas" é qualquer coisa que me incomoda à séria... Ao nível do "bufo" que a Manuela Moura Guedes chamou ao Bastonário da Ordem dos Advogados...
É triste ver como estas opiniões podem ferir tanta e boa gente... Ainda por cima no interior do país onde sei por experiência própria que abordar o tema da homossexualidade é algo muito raro e complicado, ler este tipo de opinião (legítima é certo) de um jornalista, uma pessoa supostamente formada, deixa-me triste e desapontado... Mas como é que alguém pode pensar que a legalização dos casamentos entre homossexuais pode favorecer a desertificação do interior do país, ou não deve ser discutida porque há outros problemas mais graves a tratar...?! Caramba, na Assembleia da Répública são discutidos semanalmente assuntos com um interesse muitas vezes duvidoso, e um assunto que trata da Igualdade e igual oportunidade de todos às mesmas coisas nas mesmas condições não pode ser discutido?
Conto com a JS e com o Bloco de Esquerda e todos quantos queiram participar (eu vou dar a minha modesta contribuição) para se discutir os casamentos entre homossexuais e todos os outros assuntos que sendo ou não mais importantes podem e devem sempre ser discutidos e debatidos!
Sr. Fabião Baptista, sendo obviamente livre de expressar a sua opinião, pense sempre, quando o fizer, que pode estar a magoar e a "condenar" ao sofrimento um "irmão" seu, que pode ser um familiar seu, um amigo, um conhecido ou até um colega de trabalho. Todos temos direitos e deveres, e todos merecemos ser felizes, casando ou estando solteiro, tendo ou não filhos!
Pense nisso!
Mas será que agora todos os dias tenho que ouvir que sou anormal?!
Desta vez, o ignorante foi o Cardeal Saraiva Martins, um dos dois cardeais portugueses que escolheram o actual Papa, que disse ontem:
"(...) a homossexualidade não é normal!"
Como se não bastasse, continuou dizendo:
"não é normal no sentido de que a Bíblia diz que, quando Deus criou o ser humano, criou o homem e a mulher"
Bom, então impõe-se a questão: se não sou homem nem mulher, sou o quê?
Já sobre as adopções o senhor diz:
"Quando se juntam dois homossexuais, eles ou elas, se há crianças, evidentemente, aquela união, aquele casamento, não pode providenciar a formação das crianças"
E pronto, assim vai este país... Agradeço a Deus (?) já não ser católico, pois custar-me-ia muito ver um meu pastor chamar-me de anormal...
E acho até que Jesus, se ele existe mesmo e se fez e disse o que se diz por aí, estará também ele lá em cima estupefacto com o seu rebanho, onde o próprio pastor discrimina as suas próprias ovelhas!
Por fim, e porque nem tudo é mau, o senhor, disse e muito bem:
"Quando se fala de direitos civis não tem de se interrogar a Igreja, tem de se interrogar o Estado. Quem elabora as leis do Estado não é a Igreja. Seria uma intromissão, evidentemente"
Cada vez mais frequente, o assunto "casamentos gay" volta a estar na ordem do dia. Vejamos o que disse o nosso Primeiro Ministro:
Entretanto a igreja, os mesmos que acham que não se deve usar preservativo e portanto, a sua opinião vale o que vale disse relativamente a essas "aventuras" (leia-se casamentos gay):
E depois temos alguns dinossauros da nossa política a darem a sua opinião sobre os casamentos gay, tratando como "radicais" áqueles que defendem o casamento (radical) gay. Quem é ele,ora veja-se:
Interessante não é? A uns, décadas (para não dizer séculos) não chegam para conseguirem respeitar as opões individuais de cada um, ou o amor entre dois seres do mesmo sexo. Já para outros, leia-se José Sócrates, ninguém diria que votou contra há três meses atrás contra precisamente o que vem agora defender!
Ás vezes... Dá vontade de....
Há notícias que me deixam indignado, e esta que transcrevo de seguida é uma delas, mas consegue indignar-me duplamente... Pela posição do Vaticano e pela hipocrisia de ver o meu país apoiar a iniciativa, mas cá dentro, não abolir a discriminação de que actualmente somos alvo. Fica então a notícia e que cada um tire as suas conclusões:
A posição do Vaticano foi hoje divulgada pela Ecclesia - Agência de Notícias da Igreja Católica em Portugal, segundo a qual a Santa Sé manifestou o seu apreço em relação ao apelo deixado por 66 países pedindo a despenalização universal da homossexualidade, posição assumida num comunicado, publicado pelo sítio oficial do Vaticano.
Na quinta-feira, 66 países, incluindo Portugal, apelaram a que as Nações Unidas (ONU) aprovem a despenalização universal da homossexualidade.
O apelo tem como base o princípio da universalidade dos Direitos Humanos, consagrados na Declaração Universal que este ano completa sessenta anos e que estabelece, no seu primeiro artigo, que «todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos».
Para o Vaticano, «não obstante a justa condenação da declaração sobre todas as formas de violência» feita no apelo, o documento «quando considerado na sua totalidade, vai para além desse objectivo e dá azo a incertezas legais e desafia normas existentes em matéria de direitos humanos».
Segundo a Agência Ecclesia, a Santa Sé não subscreve o apelo porque inclui categorias como «orientação sexual» e «identidade de género» que «não encontram reconhecimento ou uma definição comum na lei internacional».
O Vaticano considera que, se estes conceitos «fossem tomados em consideração na proclamação e implementação de direitos fundamentais, criariam uma séria incerteza jurídica e minariam também a capacidade dos Estado de aderirem ou reforçarem convenções e práticas sobre direitos humanos, novas ou já existentes», escreve a Agência de Notícias da Igreja Católica em Portugal .