Desculpa, estou a tirar 5 minutos do meu período laboral para escrever aqui... Bem sei que não está correcto, mas ou isto, ou explodir e dizer ou fazer algumas coisas feias.
Hoje, ou melhor, de há alguns meses para cá, desci ao mais baixo nível nas minhas qualificações profissionais, pelo menos da tua perspectiva. Hoje, não posso enviar um email, por mais simples que seja, sem passar por ti e que tu corrijas nem que seja uma vírgula; Hoje saio da cama, depois de fazer ronha e mais ronha, até ao limite de tempo que posso, porque sinto na barriga um sensação de mau estar que não gosto e que não me motiva; Hoje sou acusado por ti de falta de memória, de método de trabalho, de capacidade de concentração e de falta de autonomia; Hoje procuro carro (penso que já encontrei) porque tu me deste o prémio de me retirares o carro, quando todos os meus colegas mantêm o carro e recebem prémio monetário; Hoje não gosto do que faço, não me sinto motivado, não me sinto com paciência para te aturar por muito mais tempo; Hoje vejo que as conversas que fiz questão de ter contigo para partilhar o que sentia de pouco ou nada valeram; Hoje tenho a percepção que tu também me queres ver pelas costas; Hoje sinto-me como nunca me senti noutra empresa, ao fim de 15 anos de trabalho; Hoje, se pudesse, entregava-te uma carta... Mas não posso... Neste momento não posso...

Não podemos passar todos os anos a dizer que o Ano Novo nos traga uma vida nova, até porque a maioria das vezes não corresponde à verdade... Cá por casa, e mesmo com os nossos amigos, fala-se muitas vezes na mudança, no fugir a esta crise e ir palrear para outras paradas... E também em mudar de vida cá dentro, arriscar em algo novo, procurar alcançar objectivos e concretizar sonhos... E na teoria tudo é lindo e bonito mas na verdade as coisas não são assim... Eu sou um tipo que não me sinto concretizado com a minha actividade profissional, cada vez menos, e 2012 serviu (penso eu) para começar a preparar o caminho para que um dia no futuro possa levantar-me e pensar "Que bom, vou trabalhar no que sempre quis fazer!"... E 2012 ficará na minha vida com um ano de concretização de mais projectos, tanto a nível profissional como noutras áreas, o teatro por exemplo. Houve (como há sempre) viagens com o lindo, a Paris, a Viena e a Budapeste! Houve muitas saídas com amigos e com o lindo, muitos jantares com amigos, e houve mais uns "sobrinhos" que nasceram, e mais importante que tudo, houve saúde! Houve manifestações em que participei (nunca tinha participado tanto), houve muito stress no trabalho, houve algumas discussões com o lindo, houve separações, não houve o dinheiro que esperava, houve crise, e fiquei sem a minha "avó" Pires... Mesmo assim o saldo é positivo, e como sou um tipo que preza muito a vida e a oportunidade de andarmos por aqui, tudo o que vem é bem vindo!

 

2013 promete ser complicado para o País, mas felizmente aqui por casa até temos boas perspectivas: nova "barraquinha" a caminho, viagens (Istambul e mais?), aumento dos negócios, mudança profissional positiva para o lindo, um prémio no trabalho e a oportunidade de continuar a partilhar a vida com o lindo, com os amigos e com a família.
Para os descrentes (por serem naturalmente pessimistas, ou porque a realidade não lhes dá margem para ser de outra forma) acreditem que o facto de estarmos vivos já é bom. Ter saúde será o principal e tudo o resto vem por acréscimo. Faço votos para que eu e todos, tenhamos perante cada dia a postura de agradecer o que temos, e ao invés de pormos as culpas a mil e uma pessoas pela situação em que nos encontramos, procurarmos alcançar pelos nossos meios e com as ferramentas que temos (às vezes, muitas vezes, não é preciso muito e a solução está diante dos nossos olhos) aquilo que ambicionamos... É preciso bater às portas (às certas), é preciso informarmo-nos, estudarmos e planear o que devemos fazer, é preciso sermos ambiciosos (mesmo que pareça loucura!), é preciso sermos audazes, sermos activos (e menos reactivos!), sermos respeitadores do outro, sermos persistentes e não desistir! Bom, esses são os meus votos, para mim e para todos!

 

UM BOM ANO!!!

Andava há muito tempo com dúvidas se o meu boss saberia que sou homossexual ou não. O assunto nunca surgiu, nunca senti necessidade de lhe contar, e portanto, nem sequer era um assunto. Com a história do casamento, pensei que eventualmente ele pudesse perguntar algo ou pelo menos tornar-se um assunto (porque tem algum impacto no trabalho) mas não... Pacífico! Até que aqui o je, há pouco mais de uma semana, mandou imprimir um contrato que por acaso fala do casamento, e a impressora na altura estava disponível e não fez a impressão. Esqueci-me de apagar o documento da fila de espera da impressora, e eis que, no dia seguinte, de manhã, a impressora ficou disponível e imprimiu o contrato. Também não haveria problema nenhum, não fosse o facto de naquela hora, naquele instante, eu não estava na sala e entrou o boss, que achando estranho haver uma folha na impressora, perguntou ao meu colega se era dele. Ele respondeu que não e o boss decide então pegar na folha e dizer ao meu colega (no fim de ler) que aquilo era para mim. Pois bem, estava bem explícito a palavra "Casamento" e também o meu nome e o nome do lindo... Conclusão: o meu boss já sabe! Até ao momento não notei qualquer diferença (nem teria que notar!) porém houve uma conversa ontem que me deixou intrigado, mas que dela falarei noutro post...

 

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No outro dia, numa conversa ao jantar, falava-se sobre as empregadas domésticas. Nós cá em casa temos uma que vem fazer a limpeza e passar a ferro. Já não prescindimos dela, mas se a vida der uma volta não morreremos se tivermos de voltar às (pouco interessantes) tarefas domésticas. Depois veio à baila a possibilidade de empregados domésticos... Até que ponto seria aceite em casa de um casal gay um empregado doméstico, e quem diz um casal pode também dizer-se um solteiro gay... Bom, eu disse logo "Eu nunca poria um homem em casa a limpar a casa!". Bem sei que é uma atitude discriminatória, mas o facto de pensar que o meu lindo poderia estar em casa no horário de uma eventual limpeza, deixar-me-ia logo de é atrás... Ok, sou inseguro? Sim sou! Não confio no lindo? Sim confio, mas... A ocasião faz o ladrão, e prefiro não correr riscos desnecessários... Já se fosse solteiro... Hummm... Se me apresentassem um rapaz todo interessante (sendo ou não gay, não importaria!) se calhar não me importaria de experimentar os seus serviços... De limpeza, claro! Mas ao mesmo tempo que eu disse isto, um membro de outro casal que estava connosco, disse que não se importaria... E eu por momentos, pensei que se calhar não estava a ter uma atitude correcta... E vocês, aceitariam um empregado doméstico em vossa casa? :P

"Não é preciso apenas perspicácia para olhar para uma miúda na rua, aqui também é preciso!"*

 

*Hoje na reunião de avaliação com o boss

Chegada a altura de marcar as férias, vou ter que obrigatoriamente incluir os dias relacionados com a licença de casamento (11 dias úteis). Tudo seria pacífico e tranquilo se trabalhasse numa grande multinacional e nem sequer conhecesse os big boss's, mas não é assim. Na minha empresa somos 5 pessoas, ou seja, eu e mais 3 colegas e o administrador. Não faço ideia se o administrador já desconfia ou não, mas presumo que não até porque quando viajo com ele vem sempre com a tradicional conversa das gajas que a mim não me interessa nada. E há poucos dias viajou com uma amiga/colega e numa conversa disse que o Cavaco fez mal em aprovar certas coisas. A Susana ficou desconfiada e perguntou ao que se referia concretamente ao que ele respondeu: "Ao casamento entre homossexuais. Foi um erro. O casamento é católico". Pois agora terá na sua própria empresa um homossexual que vai casar. Ele não é muito de se meter nos assuntos pessoais de cada e só espero que neste assunto continue da mesma forma, ou seja, ver que vou casar, e não perguntar nada! A ver vamos...

Numa das conversas de msn com um amigo, no dia após a promulgação do casamento entre pessoas do mesmo sexo pelo PR, comentava comigo aquilo que muitos sentimos no nosso local de trabalho, no dia-a-dia por aí... O facto de ficarmos agora no G8 no que toca a liberdade relativamente ao casamento, não significa que não continuemos a ser um país homofóbico.

Transcrevo a conversa:

 

ELE diz:
e hoje ja ouvi aqui os meus superiores falarem mal do cavaco por ter aprovado "tal lei"
EU diz:
sério?
ELE diz:
sim, eles aqui são homofóbicos
ELE diz:
não sabem que o sou
ELE diz:
assumiram, sem eu falar e pq viram uma aliança, ue sou casado com uma mulher
EU diz:
sim eu sei
ELE diz:
o que ja me fez pensar que quando casar nem licença de casamento vou poder meter
EU diz:
raio de mundo hipocrita
EU diz:
as pessoas são más
ELE diz:
pois são
ELE diz:
o que mais me causa impressão, é que me adoram aqui e hoje ao almoço falaram tão mal dos gays e do presidente que eu só pensava "meu deus se esta gente soubesse, caía-lhes tudo, pois eles acham-me o maximo como pessoa"
EU diz:
nessas situacoes da vontade de revelar.... so p os fazer pensar!
ELE diz:
pois é
ELE diz:
mas as represálias iriam surgir e eu ficaria sem emprego na certa
EU diz:
pois
EU diz:
nao vale a pena
EU diz:
um dia, que por algum motivo decidas sair, será a hora apropriada
ELE diz:
concluí o pensamento com isto "pobres de espirito"

Ontem, no trabalho, dois dos meus colegas não trabalharam devido a problemas com as filhas... A situação acontece muitas vezes, e sendo nós cinco pessoas (incluindo o boss) e estando a minha amiga S., também colega de trabalho, grávida, o meu chefe começa a ficar preocupado com o futuro... E dessa preocupação, ontem, saiu-se com esta para mim "________, espero que quando tiveres filhos, não sejas igual a eles...". Por vezes fico a pensar se estas frases não serão para me testar ou se ele é (mesmo) tapadinho e ainda não viu que eu sou gay. Mas esta questão fez-me pensar que de facto, nós gays, e do ponto de vista do patrão supostamente não teremos filhos, ou pelo menos a probabilidade é (por enquanto) infíma, e isso só os beneficia: não há saídas repentinas para ir buscar os filhos, não há (por enquanto) licença de paternidade, não há licença de casamento, não há obrigatoriedade de tirar férias no período de férias dos putos,  e mais uma série de coisas normalmente associadas a direitos de um casal com filhos. Se juntarmos a isto sermos bons profissionais (válido para gays e não gays) no que respeita a produtividade estamos em clara vantagem, certo? Se calhar, deveria ser motivo para também ganharmos um pouco melhor, não?!?

 

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Chega-nos de Inglaterra, mais propriamente do exército britânico, e a sua revista oficial, a primeira capa feita com um militar assumidamente gay e com o título "PRIDE" (orgulho). É difícil de pensar quando por cá chegaremos a este ponto, mas se pensarmos que por lá, os direitos dos militares homossexuais apenas foram assumidos pelo exército depois de um processo no ano 2000 que envolvia uma lésbica e três gays, que foram afastados do exército depois de assumirem a sua homossexualidade. É verdade que já lá vão quase 10 anos (como o tempo passa rápido!!!!), mas vale a pena acreditar que por cá chegaremos a esse nível, aliás, nesse sentido tem contribuido a recente criação da "associação" de defesa dos militares homossexuais (que já referi num post mais antigo!).

Fica então a boa notícia, inspiradora...

Toda a notícia AQUI  

 

 

O DN mostrou no fim de semana passado o rosto do polícia com mais tomates da polícia portuguesa! De seu nome Belmiro Pimentel (na foto), tomou a iniciativa de criar e coodernar o Grupo de Trabalho de Identidade XY, o primeiro movimento de defesa dos polícias homossexuais portugueses. 

LIGADO ao Sindicato Unificado da Polícia (SUP), o IXY (o X é do cromossoma que determina o sexo feminino e o Y o masculino) emergiu após um trabalho de investigação de Ricardo Gouveia, agente do Comando da PSP do Porto, no âmbito da licenciatura em Sociologia que está a terminar na Universidade do Minho.
 

 

Cabe a João Paulo, activista da causa LGBT e editor do site Portugalgay, a ponte entre a sociedade civil e o IXY.

«Como estava a pensar na apresentação do meu trabalho e desconfiava que Pimentel era homossexual, decidi convidá-lo a estar presente. E ele aceitou.» O agente/estudante universitário obteve 17 valores e o coordenador do IXY o aplauso dos trezentos alunos que assistiam à apresentação.
 

APESAR de os polícias homossexuais optarem por se manter na sombra, a verdade é que ao endereço de e-mail do movimento têm chegado relatos de histórias dramáticas e diversos pedidos de ajuda, até mesmo de profissionais de outras forças de segurança e militarizadas.

«Há uma semana recebi no meu local de trabalho a visita de uma mãe que desconfiava de que o filho de 17 anos era gay, devido a uma série de comportamentos que ele adoptava nos últimos tempos, entre eles falar de um “amigo” com o qual queria ir viver», descreve Belmiro Pimentel. Mãe e filho conversaram com o agente. «Tentei mostrar ao jovem que apesar da informação que nos chega diariamente, no que toca à homossexualidade, temos de ser capazes de dar tempo às pessoas que amamos para se adaptarem. Penso que consegui resolver o problema», conta, satisfeito.

«É este tipo de preparação dos agentes que defendemos. Profissionais que, além de não serem discriminados e de terem uma posição de respeito entre camaradas, possam ser bem formados para atender a sociedade civil homossexual. E que não pensem que ser gay é algo que está na moda», diz  João Paulo.
 

 

Quanto a mim, parece-me óptimo e felicito este rapaz pela coragem! Tanto por assumir publicamente a sua orientação, mas por fazer parte de uma classe que suponho (e penso que não há dúvidas disso) deverá estar muito latente os espíritos homofóbicos...

 

Viva ao Belmiro! 

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Toda a notícia AQUI

Dei aqui eco dos meus receios relativamente à minha estadia em Cabo Verde, acompanhado do meu chefe... A pessoa com quem eu iria tomar o pequeno-almoço, almoçar e jantar e trabalhar lado a lado iria com certeza fazer surgir alguns assuntos! Não estava enganado, assim foi!

Sempre respeitando a minha vida pessoal, e não a questionando, lá foi dando dicas para falarmos sobre mulheres... Começou logo no aeroporto com a aquisição da revista T3, uma revista que alia a tecnologia com mulheres semi nuas! A pergunta veio logo de seguida: "Costumas ler esta revista?". A resposta foi a óbvia: "Não". E pronto, ao longo de algumas conversas, os olhares sobre exemplares femininos que se passeavam pela Praia  a pedir o meu comentário, ou umas bocas sobre as mamas daquela, o rabo da outra, etc... Até pensei que ele próprio pudesse ser gay, pois tem alguns tiques um pouco  denunciadores, mas não, quando o vi com os sapatinhos de vela, brancos de lado da humidade, os mesmos que usou ha quase dois anos quando estivemos em Luanda, e o mesmo casaco, concluí que gay não é! Gay com dinheiro, não se permitia àquela figura! A pergunta mais embaraçadora, acabou por não surgir, aquela "Então e como se chama a tua mulher?", ou outra do género! Felizmente para mim pois não faço ideia como iria reagir... Assim, passaram os 15 dias e penso que o meu chefe continua sem saber que o seu empregado é gay!

 

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Pois é! Voltei, ontem, da cidade da Praia, capital de Cabo Verde, onde o sol brilhava ao contrário do tempo que temos aqui pelo nosso cantinho!

Foram longos 14 dias longe do meu lindo, que passaram a voar, no que toca ao lado profissional da coisa, mas que no que toca a saudades do lindo eaqui de casa pareceram uma eternidade! Por um lado, estes afastamentos fortalecem os laços e dão-nos a clarividência dos nossos sentimentos... E o lindo diz coisas tão lindas que por vezes dá vontade de não regressar! Eehehehe! 

Mas o regresso é sempre um momento inesquecível!!!

 

Enfim, tudo regressa ao normal...

 

E o blog volta também ao estado "activo"!

 

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Ontem tive a confirmação da minha ida a Cabo Verde (cidade da Praia), a trabalho, e acompanhado (apenas) pelo meu chefe! Como se isto não bastasse, vou,muito provavelmente ficar por lá 15 dias! Muitos quereriam estar no meu lugar e acreditem que eu daria o meu lugar a qualquer um, mas calhou-me a mim, e é um trabalho que me compete a mim, portanto não tenho forma de escapar! Na última experiência do género, foi um grande sofrimento para o lindo, visto que embora tamém me tivesse custado fora, estava acompanhado de amigos o que dá outro gozo à coisa. Mas desta vez vou com o meu chefe, que não fala doutra coisa senão do trabalho, ou de jogos da playstation ou de filmes... Ele não sabe que sou gay, e isso obriga-me a estar sempre atento às palavras, coisa que eu detesto! É que queiramos ou não, tomando o pequeno almoço, o almoço e o jantar com sua excelência terá que haver algo para conversar... Espero que não venham de lá perguntas (inocentes) sobre a vida pessoal, pois eu já não consigo mentir...! Enfim, desta vez penso que vou sofrer mais eu do que o lindo que vai ficar por cá, com muitos amigos por perto!

 

Mas a vida é mesmo assim... Domingo lá vou eu!

Esta semana foi má, é daquelas que quero apagar da minha memória, pois o trabalho, a história do cheque e aqui por casa foram coisas que não correram bem... Há dias/semanas assim na vida de  toda a gente, e eu acredito piamente que depois da tempestade vem sempre a bonança. Ontem o meu lindão preparou uma jantarzinho especial aqui em casa... Um jantar à luz de velas, confeccionado por ele...Uma lasanha sem queijo (coisa que nem eu nem ele gostamos). 

As coisas entre nós arrefeceram, tenho (tinhamos) noção disso, tem-nos faltado tempo para nós... E ontem tivemos um jantar como já não tinhamos há muito, daqueles de se verbalizar muito pouco, mas de falar muito com o olhar... Os primeiros encontros que tive com o lindo (geralmente eram almoços) era assim, ficavamos ali a olhar olhos nos olhos e não era preciso verbalizar nada, pois o olhar dizia tudo... Ontem foi assim, olhar, chorar, sentir, gostar, amar...

 

Não podia ter terminado esta semana de melhor forma que esta... E isso se deve ao meu lindo!!!

 

OBRIGADOOOOO!!!!

 

AMO-TE!!!!

Para muitos gays, uma das maiores preocupações é o facto de na empresa alguém que não queremos ou que por alguma razão possa por a nossa posição em risco, venha a saber sobre a nossa (homo)sexualidade. E já o disse, na minha opinião, deve-se ainda de facto ter cuidado a quem se revela e saber de ante-mão quais os riscos que corremos na empresa. Infelizmente ainda há por aí muita gente parvinha e atrasada que não sabe distinguir o desempenho profissional da vida pessoal de cada um...

 

Mas este post é essencialmente para partilhar a minha experiência no novo emprego. Senti o mesmo receio que descrevi antes, e como somos poucos na empresa, pode(rá) ser ainda mais complicado, ou não. No primeiro dia os meus novos colegas tiveram a gentileza de ao contrário dos outros dias, ficarem para almoçar com o "novo" colega. Os assuntos sobre a vida pessoal vêm sempre à baila: "És casado?", "Onde moras?"... Os filhos e tudo o que já todos sabem... Senti naquele almoço sempre um receio de as perguntas me serem feitas, porque acho que já não consigo mentir e dizer que tenho namoradA, e também seria complicado não responder... As perguntas não surgiram, e durante a tarde perguntei a uma amiga que agora é também minha colega se eles saberiam algo sobre mim. A resposta foi imediata: "Sim, eles sabem!". Muitos não gostariam da novidade, mas para mim foi um alívio. Segundo ela, quando souberam aceitaram com muita naturalidade, e eu senti isso, ao ponto de não pensar que soubessem algo. Fiquei feliz por saber que não terei que estar preocupado com as palavras nas conversas que (suponho), não serão poucas, com certeza.

 

:)

 

 

De facto, hoje, e já regressado de Tenerife, completei mais um aniversário... Embora já comecem a ser bastantes aninhos para contar, conto ainda com mais o dobro de anos dos que já conto!!! Tenho esperança!!!

 

E pronto, as férias foram excelentes, e embora não tendo muito para contar, mesmo assim num próximo post irei falar sobre alguns acontecimentos...

 

E amanhã, depois da bonita comemoração de hoje, espero entrar com o pé direito na minha nova etapa profissional... Vai portanto ser, o meu 1º dia de escola! Ehehehe!!!

 

Não tem porque correr mal portanto acredito que inicio amanhã mais um bom ciclo na minha vida!

 

O futuro o dirá!

 

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Hoje entro de férias... E deixo também de ser colaborador da empresa que me tem pago o ordenado estes últimos dois anos e meio. Mais uma vez, completa-se um ciclo que coincide com o início de outro no início do próximo mês...

 

Hoje apetece-me agradecer aos que me deram carinho incondicional dentro da empresa, nomeadamente a a Z, a T e a E que sempre me apoiaram e me respeitaram, antes e depois de saberem da minha homossexualidade!

 

Beijo grande grande grande para as minhas meninas lindas, que agora ficam mais longe da vista mas que têm um lugar muito especial no meu coração!

 

E pronto, agora são FÉRIAS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

 

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Mais uma sondagem que termina, com um total de 235 votos recebidos. É uma questão pertinente "Acha importante/útil o papel das várias associações de apoio à comunidade homossexual?", e que muitas vezes eu ponho a mim próprio... Sabemos que elas existem, mas será que são úteis? Será que cumprem os objectivos? Eu tenho dúvidas sobre isso!

Mas pelos vistos, mais de 50% dos votantes não tem dúvidas do papel bastante importante que as associações de apoio à comunidade homossexual! Sinceramente, pensei que esta percentagem se viesse a revelar significativamente mais baixa, o que me leva a querer que se calhar eu não estou muito por dentro da realidade destas associações. Outros 28% acham importante, mas com menos entusiasmo. Do lado do não, quase 12% acham que as associações não são úteis, ou por não fazerem nada de útil (2.98%), ou por não se fazerem ouvir (1.7%) ou então por não se organizarem (2.55%) e os restantes (4.68%) sem razão aparente. Dez pessoas dizem que não conhecem nenhuma (espero vir a contribuir que isto não aconteça com a rubrica "Associações LGBT em Portugal"),  e por fim 5.53% não têm opinião!

 

Da minha parte, digo muito sinceramente, que não tenho visto grandes iniciativas por parte destas associações, embora compreenda, que por vezes ou por estarmos desatentos ou por falta de dinheiro/apoios  as iniciativas estão logo à partida condenadas. Eu, de facto, não sou por enquanto sócio de nenhuma delas... Ando a tentar conhecê-las melhor e só depois decidirei se vale ou não a pena a filiação. Mas tenho recebido comentários e email de experiências positivas de alguns leitores do blog, que conseguiram a ajuda que procuravam em alguma das associações gays portuguesas. Podem consultar a lista de todas elas e respectivos endereços: Lisboa / Porto / Centro.

 

 

A nova sondagem já está no ar, e será interessante ver as profissões que cada um acha estarem mais "gaysificadas", ou seja, uma profissão que aches ou conheças um número considerável de gays... Podem escolher três! Butes votar!

 

Todas as sondagens  do blog AQUI

Quem "me" costuma visitar deve ter reparado que estes últimos dias o blog tem estado parado... Pois bem, um dos factores que provocaram isso foi o meu regresso a Lisboa, na passada Segunda-Feira... Após alguns anos, voltei a trabalhar em Lisboa, bem no centro, num escritório novo e lindo... Será por pouco tempo que vou estar ali, mas mesmo após a mudança de empresa continuarei em Lisboa, na zona do Saldanha... Antes dava para vir almoçar a casa, agora já não dá... Antes tinha mar em frente ao escritório agora tenho prédios... Mas tudo o resto é positivo! Voltei a andar de transportes públicos e tem sido um descanso (estou com sorte porque é Agosto). Isso obriga-me a andar mais, o que para mim é óptimo... Voltei a poder ver caras novas, muitas, bonitas e feias, discretas e extravagantes... Eu gosto disso! Leitor de MP3 nos ouvidos e pronto, lá vou eu para mais um dia de labuta...

 

Isto tudo faz-me chegar um pouco mais cansado a casa... E nem sempre a vontade de escrever surge... E para complicar um pouco mais, a merda do meu portátil não liga! :(

 

Mas tudo se resolve!

 

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Haverá frase mais constrangedora (não sei se é a palavra mais correcta, mas pronto!) para um gay que gostaria de um dia ser pai biológico de um ser humano, que esta? Hoje aconteceu quando um colega de trabalho irrompeu pela sala de reuniões adentro e anunciou "Pessoal, acho por bem partilhar com vocês que vou ser pai novamente!!!". A felicidade estampada tanto na sua cara como na cara de todos os que estavam na sala foi algo que naquele momento me deixou a pensar... Sempre quis e quero ser pai, pelas mais diversas razões, mas cada vez que penso no assunto depressa tenho que mudar de pensamento pois pelo menos por ora é uma realidade quase (digo quase, porque nada é impossível) impossível... Quiçá se depois de termos a nossa nova casita não voltará o sonho de ser pai? A ver vamos... Enquanto isso as minhas sobrinhas é que têm de me aturar e a princesa cá da casa! Ehehehe!!!